sexta-feira

Eles falam, falam, falam

Os jogos tácticos a que assistimos nos ultimos dias (semanas ? meses? anos ?) no PSD e no CDS deviam envergonhar quem ainda tem um bocadinho de respeito pela política. As oposições internas dizem e fazem do pior por trás, mas na hora de avançar, é o está quieto. Aguardam por 2009 e vão deixando o líder em lume brando pois agarrar agora um dos partidos da oposição não dá saude a ninguém. Entretanto, vão moendo, moendo...Não há paciência ! Não era tempo de serem consequentes ?

P.S. Estão a ver por que a política não motiva as mulheres ?!

Homens, mulheres, preto, branco

Seria tudo tão simples se homens e mulheres se pudessem definir através dos quadros publicados em revistas ou livros de cientistas sociais. A verdade, é que os seres humanos (homens e mulheres) são bastantes mais complexos do que o que se pode concluir mesmo depois de ler atentamente os ditos estudos.
A opressão e discriminação das mulheres, pelo facto puro e simples de serem mulheres existe, continua a existir, mas tenho as maiores dúvidas de que hoje em dia, na sociedade em que vivemos, deva constituir o nosso principal motivo de preocupação.
As mulheres (e os homens) são discriminada(o)s, prejudicada(o)s nas suas vidas profissonais, tratada(o)s de forma injusta por motivos outros que, em minha opinião, são bem mais sérios. Eu - e por muito cerebrais que tentemos ser, as nossas posições relativamente ao mundo que os rodeia são sempre muito marcadas pela nossa própria experiência - já me senti discriminada por não ter nome de família, por não ter estatuto social, até por motivos religiosos - nunca me senti discriminada por ser mulher.

E mais: já vi, não raras vezes, esse motivo ser usado como uma boa desculpa.

Além disso, não vejo em que é que o mundo seria melhor se houvesse a tal paridade. Já fui chefiada por homens e por mulheres. Actualmente, tenho mesmo uma direcção formada por um homem e duas mulheres. Não noto nenhuma marca feminina na forma de dirigir, como também não conheço uma forma feminina de fazer política ou de dirigir empresas.

São precisas mais mulheres no topo das grandes empresas, na governação, na diplomacia....? Não sei. O que tenho a certeza é que todos devem ter exactamente as mesmas oportunidades e as mesmas opções, sejam pobres ou ricos, vivam na cidade ou no campo, sejam homens ou mulheres. Não acho que nada disso se consiga por decreto. Foi essa "miraculosa" solução legislativa que eu critiquei no início desta polémica.

O exemplo do Ruanda, era um dado insólito, talvez uma coincidência triste. Curiosamente, uma sociedade matriarcal...

PS: Quanto à forma como me sinto relativamente às ideias que tenho sobre as relações de poder entre homens e mulheres, sinto-me confortável sim. Até porque quando me relaciono com os outros (homens ou mulheres) não é para medir de forças, disputar, conquistar o que quer que seja. Não vivo numa corrida e, sobretudo, não estou preocupada em saber que é o primeiro(a) a cortar a meta.

Alfaces light


Eu juro que já tentei ler a Margarida Rebelo Pinto (MRP) mas não consegui passar da segunda página. Era tanto gaja-e-f.-e- gajo que me chateei. E até conheço um [gajo] que leu o primeiro livro dela e gostou mas pegou no segundo e achou que estava a ler o primeiro, mas isso não interessa...(Dentro do género, cheguei a comprar "As mulheres não choram" da Rita Ferro por gostar do título e acabei a chorar o meu dinheiro...) Vem isto a propósito da polémica de que a Dina falava lá em baixo. A providência cautelar só demonstra o respeito da intelectualidade livresca pela liberdade de expressão. E eu, se fosse a MRP, até ficava vaidosa por, ainda viva, já ter alguem a analisar a minha escrita ! Não interessa que falem mal, o que interessa é que falem...Vende mais

quinta-feira

Quotas, outra vez

Algumas conclusões de um estudo sociológico apresentado no III congresso de ciência política por Conceição Pequito Teixeira do ISCSP:
1.O modelo de recrutamento nos partidos é patrocinato e não meritocrático. Os jogos de influência masculinos reproduzem-se de modo a que os homens não percam o poder.
2.São as mulheres com menos recursos que mais defendem as quotas
3.A preocupação dos partidos em recrutar mulheres é oportunista, serve para captar o voto feminino
4.Os partidos incluem as mulheres nas listas mas tendem a pô-las em lugares não elegíveis.
5.A taxa de sobrevivência das mulheres de uma legislatura para outra é menor do que a dos homens.
6.Há uma clivagem esquerda/direita: é nos partidos de direita que há mais mulheres filiadas mas é nos de esquerda que elas conseguem atingir o topo da hierarquia.
7.Há literatura internacional que diz que mais mulheres no parlamento não é sinónimo de uma agenda política feminina devido à disciplina de voto.
Mas pior que a política é a economia. Graça Frias e Ana Roque, da Nova, avaliaram 50 grandes empresas e concluiram que há 8,7% de mulheres nas direcções, e 4,7% nas administrações...

Carta à Dina

Obrigada pelo link com os dados da União Inter-Parlamentar, o Ruanda and so on... Li os dados, tentei 'pescar' dois quadros muito interessantes, mas as limitações tecnológicas ainda não mo permitem.
Tenho, porém, a impressão de que não viste o conteúdo do link.
1. afinal, a Suécia sempre tem mais mulheres parlamentares que o Ruanda, sendo que em nenhum dos dois países há paridade.
2. os países nórdicos sempre são onde há mais mulheres deputadas, seguindo-se as Américas, o resto da Europa, e só depois vem a Africa sub-sahariana.
(...)
Achas mesmo que o poder, num sentido amplo, ou a paridade política, se medem pelo número de eleitos para o parlamento??
Se releres o que escrevi neste e noutro blog nunca encontras peremptoriamente SOU PELAS QUOTAS, nem o inverso - o que revela um pressuposto de equívoco da tua parte em relação ao que defendo (isso daria, porventura, um outro post mais 'didático').
Antes de chegarmos ao eloquente exemplo do Ruanda (usado para ridicularizar, e daí ter respondido a brincar sobre o pobre país...) teríamos de debater muitíssimas outras realidades. Ora, o melhor, é documentarmo-nos bem, regra que aliás é suposto seguirmos no jornalismo.
Este debate é sério e muito nteressante, mas tem de ser ponderado e fundamentado.
Por mim, estou muitíssimo confortável com o que defendo quanto às relações de poder entre homens e mulheres. E tu poderás dizer o mesmo?

PS - Espero que tenhas tempo para ler o capítulo sobre feminismos de "O Poder da Identidade" de Manuel Castells, presumo que um cientista social respeitável...
[Ah! O' Estamos conversadas?' soou-me muito à Vitorino, um estilo muito masculino de político... E não havia necessidade.]

tragam as quotas tambem para o Governo

Já houve quem dissesse que bastava substituir cada homem incompetente por uma mulher competente para que o problema da paridade fosse resolvido. Assino por baixo. Mas até lá venham as quotas!

Má memória

Três semanas depois de ter tomado posse, Cavaco Silva reapareceu. E eu que já me tinha esquecido dele...

Cuidado Isabel

João Pedro George fez um estudo sobre a obra de Margarida Rebelo Pinto. Um estudo exaustivo, ao que parece, sobre os vários livros assinados pela referida autora. Depois dos «pessoanos» e dos «queirosianos» (e de muitos outros "anos") eis que surge o primeiro "rebelo pintiano". A Ministra da Cultura que se cuide... ou nem as quotas lhe valem!

Há links ao lado...


...com imagens destas, lindas!
sirvam-se e recomendem outros que achem interessantes.

Alcedo atthis. Le martin-pêcheur est facilement reconnaissable grâce à son plumage bleu vert, son ventre et ses joues de couleur orange. Il vit près des rivières et se cache aisément de ses proies car ses plumes se confondent avec l'eau. Photo © David Meïer
(in L'Internaute)

Viv'às maternidades!

E de repepnte, as maternidades viraram tema nacional. Não há noticiário de rádio, tv ou jornal (k7 pirata não sei) que não fale das maternidades. Com a de Elvas à cabeça, claro está. Do alto dos seus 260 partos/ano, transformou-se no grande pólo de consenso político, de Marques Mendes a Manuel Alegre.
Mais discreto, mas igualmente muito mobilizador é o caso da maternidade da Guarda, também ela uma espécie ameaçada. Infelizmente para a Guarda, Mendes não foi lá e Alegre não tomou boa nota da ameaça, mas a governadora civil - precisamente a pessoa nomeada pelo Governo para defender os seus interesses no distrito - não se poupou a esforços para defender a sua maternidade. Até pôs uma fralda à janela. E depois ainda gozam com o ex-ministro Gomes da Silva que se juntou a uma manifestação de agicultores contra a sua pessoa. Então e esta, ninguém diz nada? Ou será politicamente incorrecto defender o fecho de maternidades?

quarta-feira

"tragam as espalholas!"

"Tragam as espanholas! Clama o novo partido sexy". A frase pertence ao primeiro ministro no debate mensal de hoje sobre a Ciência e surgiu em resposta a uma frase de Pires de Lima sobre a polémica das maternidades. Afinal o debate não era sobre Ciência? Será que as espanholas poderão ajudar a concretizar o Plano tecnológico? E porque não os espanhóis. Para quê estes comentários. São os soundbytes que animam a política e desviam a atenção dos assuntos que realmente interessam. Mas mais uma vez Sócrates passou sem mácula no debate parlamentar.

Em regresso de viagem depois de assistir à apresentação do prémio Champalimaud de Ciência em Bruxelas tudo parece tão pequenino na política portuguesa. Anos depois do escândalo, Leonor Beleza parece ter recuperado e força e o que não falta é dinheiro e vontade para ajudar a ciência portuguesas. Sócrates agradece! Só o investimento da fundação vai duplicar a percentagem de investimento privado em ciência no PIB português. A meta de triplicar o investimento anunciada pelo Governo assim fica bem mais perto!

EX inventário







A propósito do Simplex das 333 medidas - é isso, não é? - resolvi fazer um inventário.
Primeiro pensei nos meus Ex, mas não conviria tornar isso público. Porque um blog, apesar de cool, sempre é público.
Assim, sem ir ao Carrefour de cartão na mão, fui à procura de outros ex.

Proponho um exercício de advinhação:
Qual a melhor utilidade que o nosso governo daria a cada um destes ....EX

[Já repararam que são todos cor-de-rosa?]

Contágio

Tenho uma amiga que tem o vício de comprar revistas por causa dos brindes. Não resiste. Onde há brinde, ela compra. De tanto conviver com esta febre brindo-consumista, fui contagiada. Não em estado tão grave, mas mesmo assim contagiada. E até já dou dicas: a revista Grazie traz umas t-shirts fantásticas. Por 1.95! Uma pechincha... Corre S., antes que esgote.

A ciência e o Ruanda

Hoje lá tivémos mais uma pazada de medidas do Governo. Sete, depois da indigestão provocada pelas 333 de segunda-feira. Desta vez, a "vítima" foi a ciência: dinheiro (pró ano), reestruturações, avaliações, reorganizações e bolsas, muitas bolsas. A oposição garante que bolseiros é o que não falta por aí, pelos cantos, a fazerem trabalhos pouco próprios de um bolseiro. Não faço ideia. Só sei que tudo aquilo me pareceu muito pouco científico.

PS: amanhã vai ser o grande dia para as defensoras das quotas (e elas estão por toda a parte, até neste blogue). Deixo um dado para reflexão: sabiam que o país onde a participação das mulheres na vida política tem maior expressão é o Ruanda? É isso mesmo. Qual Noruega, qual quê? O Ruanda.... Estamos conversadas?

De tanto olhar...

Era uma vez um homem que gostava muito de uma aparelhagem que não podia comprar. Não interessa a marca, mas a aparelhagem era uma daquelas muito, muito caras... Todos os dias, o homem passava por uma loja só para olhar para aquele produto de alta fidelidade. Namorou a aparelhagem durante um mês, até que um dia nunca mais lá passou. Contaram-me que se fartou da aparelhagem e, assim, ficou com o problema resolvido. Esta história é verdadeira e eu pensei que se fossemos todos assim seria tudo mais fácil. Imaginem, por exemplo, uma pessoa que está a fazer dieta.... apenas tinha de olhar para o bolo vezes sem conta até ficar mal disposta. Ou quando vimos numa revista a casa dos nossos sonhos, apenas temos de rasgar esse pedaço de papel e olhá-la sempre que nos lembrarmos. E voilá... como que, por artes mágicas, a casa deixa de ser a dos nossos sonhos para ser a coisa mais detestável ao cima da terra! Aqui fica esta dica para todos aqueles que queiram adoptar esta táctica!!!

Já um cão não pode dar as suas voltas...

O Gaspar não sabe ler, nem escrever, nem falar. Não faz mal... este post é para ele na mesma. O Gaspar é um cão solitário. Um fox terrier que anda sempre a dar as suas voltas sozinho. No Domingo, uma senhora levou-o para casa, pensando que estava abandonado. Espalhou papéis por todo o lado, com foto e descrição do bicho e contacto telefónico. Hoje, quando fui comprar pão, antes de regressar a casa, dou de caras com um desses papéis. Lá estava o Gaspar, de ar muito infeliz. Lembrei-me que ele tem por hábito ir beber água à peixaria. Acabei por passar por lá... bem, e o que se seguiu foi quase um episódio de telenovela que não importa agora relatar. O certo é que, nesta mesma tarde, o Gaspar voltou a encontrar o dono. O cão tem 12 anos, já não vê muito bem, mas adora dar os seus passeios sozinho. Quem lhe tira isso, tira-lhe tudo. O Gaspar é encantador. E esta é uma história feliz.

Vai ao Totta


Já tinha reparado no cartão-família do Carrefour mas não liguei até chegar à caixa e uma menina dizer "Ah, se tivesse o cartão, esses Golden Grahms tinham não sei quanto de desconto", e desfiou a quantidade de descontos que eu poderia ter ao escolher um listão de família. "Ora", pensei eu, "venha de lá esse cartão!" Pediu-me o nome, a morada, o contacto...e o numero de contribuinte. "Não dou !" Por que carga de água vou dar o meu numero de contribuinte ao Carrefour ? Nem é para me passarem facturas...A menina da caixa aceitou mas avisou que me iam telefonar. Ligaram-me à tarde e pronto, não há numero de contribuinte, não há desconto...

Desabafo masculino

Regressei de umas inúteis jornadas parlamentares. O que o PSD foi fazer para o Hotel Marriot, Praia d'el Rey, podia ter feito no auditório novo da Assembleia da Republica, numa tarde, que ninguém se chateava (a não ser os que aproveitaram muito o spa, a piscina, o golfe, etc.) Mas tenho de partilhar o desabafo de Ribeiro Cristovão, no final da sessão aberta aos jornalistas, quando passa pela bancada de imprensa:"Não há um homem, chiça !"
Pois...entre 50 deputados, 5 eram mulheres. Entre 7 jornalistas, todas eram mulheres.

terça-feira

Palavra de coolhunting

'Ter um blog é imprescindível para ser cool".
Quem o diz é Mari Carmen Afán.
Ela tem um blog chamado coolhunting.
Que é o trabalho dela - pesquisar tendências futuras.
Tomem nota:
"Ter um blog é imprescindível para ser cool"

Descarada tentativa...

... para convencer uma popular rapariga a ingressar na escola e juntar-se ao grupo das admiradoras de David Strathairn (somos, não somos?)

(post colocado de manhã, para evitar que a resposta seja: "boa noite e boa sorte!")

... e se servir para seduzir outra, à qual foi deixado um desafio, nos comentários, uns posts atrás, tanto melhor...

segunda-feira

Há dias assim...

Há dias assim... que começam mal antes de sair de casa. Hoje foi um desses dias. Cheguei mais tarde do que o habitual, o que me desorientou por completo o esquema de trabalho que tinha idealizado. A partir daí foi o desenrolar de acontecimentos, uns atrás dos outros... mas o que mais me irrita é reconhecer os meus próprios erros e ter de lidar com eles. Se fosse como algumas pessoas que conheço podia dar cabeçadas na parede, dizer mil palavrões. Opto por ficar calada e com a certeza de que a pressa é inimiga da perfeição.

Profissionais

Não sei se depois de tudo espremido isto vai ficar melhor, mas lá que a coisa está bem montada, isso está. Profissionais de mão cheia é o isso que são estes senhores do Governo. Ainda a malta não conseguiu digerir uma banquete de medidas e logo nos servem outro, e mais outro. Aliás, basta ligar as rádios de manhã para perceber isso. Não há dia em que as duas primeiras palavras dos noticiários não sejam «o Governo....».
Hoje, aliás, aconteceu uma coisa que me deixou de boca aberta. Então não é que em pleno caso do tráfico de armas, «o Governo» aparece com um plano precisamente para tentar acabar com as armas em mãos indevidas??? Um plano «muito bem planeado» e com um timing fantástico. Não querem lá ver que «o Governo» até a agenda do crime controla???? Não! Podia lá ser! Não podia, pois não....? Quer dizer....

Teatrices


Hoje é dia do teatro. Por que é que no dia da mulher se fala tanto se vale a pena que ele exista e nos outros dias não há discussões tão aguerridas?

Tinha muito mais piada se, por exemplo, no dia da água os produtores de vinho, enólogos e escansões de todo o mundo reivindicassem o dia da pinga. Ou se no dia de hoje, palhaços, actores e demais artistas saissem às ruas, quais franceses, lutando pelos seus respectivos dias. Haveria o dia do malabarista, do instalador (artista plástico que cria instalações pós-modernas), etc. etc.

Não façam misturas

As mães têm sempre razão. Talvez as empresas de bebidas devessem dar ouvidos às suas. Lançam tanta bebida da treta (e gastam tantos milhões nisso) que não tarda nada vão parar à retrete.

Nota: Hoje tive duas péssimas experiências. Experimentar Sidra e experimentar Super Bock Tango (que por acaso tem uma embalagem de cor bem gira, muito millennnium).

A Primavera começa hoje, dia 27 de Março

Hoje foi o primeiro dia grande útil. Para celebrar saí a horas decentes, cheguei a casa (às 19.40h - ainda de dia!) e catrapumba! Plantei florzinhas no canteiro da casa nova, que estava cheio de terra há cinco meses à espera de vida. Para mim hoje foi o primeiro dia de Primavera.

Burocracias do demo

Eu cá não gosto de ser desmancha prazeres, mas não acham que tanta medida é meio caminho andado para tudo ficar na mesma?

Esta coisa do Simplex 2006 que o Governo apresentou hoje... Isto traz algo de diabólico no bico. 333 medidas (metade de 666)... Simplex.... Codex... Hum...

domingo

Mais uma contra

Ainda tentei convencer-me da bondade da iniciativa com aquele argumento de que as quotas podem ser "uma maneira de", mas ao olhar para o parlamento não há boa vontade que resista. Elas até entram pela quota mas depois eles não lhes abrem caminho lá dentro. Se calhar podia-se começar por mudar os horários da política. Porque é que não há reuniões de manhã ? Porque é que a política só começa a funcionar à tarde prolongando-se pela noite fora ?
As mulheres conseguiram nos ultimos anos, sem quotas, ir impondo a sua presença noutros espaços sociais (nesta escola, por ex !) Por que não na política ? Se a política portuguesa conseguisse demonstrar que a concretização do bem publico está à frente dos jogos/tácticas que a dominam, talvez as coisas pudessem mudar mais um bocadinho.

Este é o ponto

Uma liderança no feminino pode fazer a diferença?
Pessoalmente, acho que faria toda a diferença.

Mas leiam o que diz ela (notícia do insuspeito dê éne...) . Ela é Barbara Bodine, também insuspeita de feminismo: "As mulheres não devem chegar à liderança por serem melhores, mas sim para representarem a metade da população que constituem".

Quereis falar de quotas...

Lá está uma coisa de que não percebo nada... Serei contra, por princípio, pois não aprecio coisas que parecem ser de 'mão-beijada'; mas, por que não a favor, depois de conhecer o impulso, a aceleração, que deu noutros países à paridade? Além disso, quando se trata de incompetência, tanto se me dá um homem como uma mulher! Defendo mesmo o direito a haver tantas incompetentes em lugares de poder, como os incompetentes que estão por aí, e desde sempre. Pelo menos mudávamos a paisagem - embora eu pense que não há tantas incompetentes como... Deles incompetentes, confesso, 'tou um bocadinho farta; e delas tenho tido boas surpresas.

[mas não puxem por este assunto: porque eu teria de voltar a falar do jornalismo, onde a maioria da mão-de-obra são mulheres e dos jornais que têm sub-,adjuntas, etc., para preencher quotas informais com que as mui competentes direcções masculinas 'aliviam' as consciências...]

sábado

Sorry

Desculpem o discurso. Tenho uma atenuante. Acabo de chegar das Jornadas Parlamentares do PS.

Nem que a quota tussa

O quadro da Exame trazido pela Marisa dá-me pretexto para escrever sobre as quotas.
Começo por dizer que sou visceralmente contra as quotas. É verdade que no Parlamento (meio que conheço bem) sempre houve poucas deputadas. As que lá chegavam, porém, não deviam nada a ninguém. Sobretudo, não deviam nada ao facto de serem mulheres. Chegavam por mérito, porque se calhar abdicaram de muita coisa na sua vida pessoal, porque tiveram condições económicas, sociais, familiares que lhes permitiram mostrar que tinham mérito, porque escolheram. Em resumo: eram poucas mas boas.
As quotas - já em vigor no PS - vieram provar que é pior a emenda que o soneto. A actual bancada socialista tem muitas mulheres, um terço. E depois? Na esmagadora maioria dos casos só servem para preencher a quota e nem passa pela cabeça dos seus pares atribuir-lhes mais alguma tarefa.
Dizem-me vocês: então e os homens? São todos uns génios? Ok, está certo, mas é isso que queremos? Ou o que queremos é ter condições sociais e económicas que nos permitam, se for essa a nossa opção, entrar de pleno direito no palco político. Ou o que queremos é que a política, e a vida profissional em geral, funcione de forma racional, com horários racionais, que se trabalhe quando é para trabalhar em vez de se arrastar penosamente as tarefas?
E já agora, nunca passou pela cabeça dos "homens da quotas" que possivelmente, provavelmente, boa parte das mulheres não querem entrar para a política "nem que a quota tussa"?

Uma mãozinha

O Conselho Nacional do CDS continua reunido. Já lá vão umas seis horas, acho eu, e acordo nem vê-lo. Eu também não sei muito bem, confesso, sobre o que é que eles querem chegar a acordo. Parece que é para tornar o partido mais sexy... Como gosto de ajudar, sugiro que deitem uma olhadela ao post anterior. Proponho também que aceitem a sugestão de um programa de humor da televisão (não me lembro o canal nem o nome do programa, nunca decoro essas coisas) e comecem por mudar o nome para "Centro de Devaneios Sexuais". Sempre conservam a sigla e pode ser que ajude...

Do charme e da sedução...



... de J. L. Zapatero a George Clooney

O novo Zé


Olhem o nosso Zé...Não se sentem orgulhosas ?
Deixou-nos sózinhas mas já percebo porquê...Onde é que aqui conseguiria uma coisa destas ?
Isto é que é um político importante !

Diferenças reais

Fonte: EXAME EXECUTIVA, mais um especial Exame, numa banca perto de si

sexta-feira

O charme discreto de Zapatero

Qual Sócrates... qual Barroso... qual George Clooney... A sensação, na inauguração da exposição sobre os 20 anos da entrada de Portugal e Espanha na União Europeia em Bruxelas, foi Jose Luis Zapatero. Um discurso feito em permanente sedução, o único a arrancar uma salva de palmas dos portugueses, espanhóis e centenas de convidados que se acotovelavam no corredor da exposição...
Sócrates é uma pálida imagem do charme de Zapatero. Também queria um primeiro-ministro assim.

PS: Na Europa o conflito em França está a ser levado a sério. Parabéns aos nosso irmãos espanhóis pela trégua da ETA. Outra nota: vinte anos depois da integração, a rivalidade Portugal/Espanha parece ter-se desvanecido. Na inauguração da exposição senti que, afinal, somos todos ibéricos.
Uma nota final para os correspondentes dos jornais espanhóis em Portugal, que estavam na comitiva: são “cinco estrelas”, sem desprimor para a simpatia dos portugueses e dos funcionários da comitiva que nos acompanharam na visita...

“Ganda Noia”

Dizem que são os jornalistas que chegam sempre atrasados. Então, e os políticos? Na partida do grupo de jornalistas portugueses que, a convite da Comissão Europeia, foram à inauguração da exposição sobre os 20 anos da adesão, quem fez esperar o avião inteiro foi Marques Mendes. O líder do PSD telefonou para a porta de embarque a dizer que estava atrasado e o avião lá esperou partindo com trinta minutos de atraso. E houve até quem comentasse “como é que um homem tão pequeno faz esperar um avião tão grande".
Uma nota para a pontualidade de Ribeiro e Castro, que viajou em económica, quando Marques Mendes viajou em executivo. É tudo uma questão de classe....

O amor não acaba assim

Sinto-me quase "obrigada" a escrever sobre o casamento. Mas acho que vou resistir... só quero dizer que, para mim, o casamento é algo que deve agradar às duas pessoas e que, pela sua importância, não deve acabar de um dia para o outro. Não consigo conceber a ideia de uma pessoa um dia acordar e dizer: "já não te amo". Acho que o amor não acaba assim.
Bem, mas parece que estou a pressupor que em todos os casamentos há amor.

Referendos à parte

A regionalização está aí. Chegou quase em silêncio (era uma piada), com pezinhos de lã, e se o Governo e os deputados socialistas não tivessem vindo a Viseu anunciá-la ao mundo, poucos davam por isso. And yet fez-se um referendo, em 98, que disse não à regionalização. E alguém se rala com isso? Não. Então porque é que não esquecem o outro e fazem aquilo que deve ser feito? É uma dúvida minha, sei lá...

Eterno... enquanto dura

Se o casamento é um contrato, então era bom que se fixassem os direitos e deveres de cada uma das partes, claramente, em papel selado. Se é uma relação de afectos, então que seja eterna enquanto dura. Quanto a esse quê de irreversível de que a Luísa fala.... basta lembrar a Elisabeth Taylor, por exemplo. Quantas vezes casou ela com o Richard Burton? E já agora, quantos dias de férias de casamento ganhou? São onze por cada boda, não é? Nada mau

E...Viva Las Vegas !



E por que não ? (Apesar de eu achar que o trabalhão que dá tratar das papeladas é um verdadeiro teste à vontade dos noivos de irem para a frente com o casamento) Mas convém explicar-me antes que a mestre me chame à secretaria...Para mim, o casamento nasce, naturalmente, de uma "relação de afectos" mas é um acto racional ( Se fosse só uma relação de afectos não era preciso casamento). Para o Estado é um contrato mas socialmente tem outro valor( Se não fosse assim não havia tanto problema com os casamentos homossexuais). Acho que as pessoas são livres de decidirem se se querem casar ou não, muitas vezes, poucas vezes, amanhã, daqui a um mês, elas é que sabem. Se querem pensar muito nisso, se não querem, elas é que sabem. Para mim é uma coisa reflectida. Mas se para outros não é, qual é o problema, deixem-nos casar ! Quanto ao divórcio, não é ele que destrói o casamento. Com ele pôe-se fim a um casamento já destruido.

P.S. Em Las Vegas, o papel fica pronto em 20 minutos. A capela, se quiserem, está aberta todo o dia e toda a noite, ao fim-de-semana !

Felizes num instante


[A propósito do post imediatamente anterior, sobre a proposta do BE quanto ao divórcio.]

Parece-me que construir uma empresa não é a mesma coisa que destruir um casamento – ainda que este possa ser apenas um contrato. O verbo faz toda a diferença. E se as agonias não se devem prolongar, qualquer ponto final deve ser bem reflectido – ainda que custe muito fazê-lo. (Há no destruir um quê de irreversível que me faz sempre pensar muito.)
O Bloco de Esquerda vê agora o casamento como uma “associação de afectos” (que expressão linda!), o que me leva a perguntar se, pelo menos daqui a uns tempos, poderemos pensar em casar todas, aqui na Escola...

E, já agora, por que não o “casamento na hora” ? Isso sim, parece-me muito giro! Já estou a ver, no emprego, o chefe dizer à estagiária - em vez de “posso oferecer-lhe um café” - qualquer coisa como “vamos ali casar e descasar em duas horas?”. (Sempre dá um ar respeitável)

Felizes para sempre

A propósito de um projecto do BE para liberalizar o divórcio que está a causar uma polémica desgraçada por aí. Eu acho até que os três meses previstos para o Estado pôr a reflectir quem se quer divorciar é um disparate. Se eu me quiser divorciar, por que diabo é que não o posso fazer quando quero ? Será que a liberdade do meu acto vai interferir com a liberdade dos outros? (Só com a do outro que se quiser continuar casado vai ter de levar com o mau feitio de quem quer acabar com o contrato) Por que raio há-de ser o Estado a mandar no meu casamento ? Filhos e património, o que há a resolver não se deve resolver depressa em vez de prolongar uma situação insustentável ? Se acabou, acabou. Porquê atrapalhar ? Se já se pode criar empresas na hora, por que não divórcios na hora ?!!!

quinta-feira

Bombokas





Luisa, carrega aqui e não falamos mais nisso...

Toque feminino?


Norma Jean, a loira que enfeitiçou gerações de homens - acho que depois dela, em cada nova star de Hollywood procura-na ainda.
(Não há loiras neste blog, embora eu gostasse muito de de ter cá uma - tenho esperança que ela leia isto...)

Um toque feminino




...porque ontem falámos muito de bola.

quarta-feira

Era para quê....?

Acabou o jogo. O Porto ganhou. Não sei muito bem para que era este jogo. Confesso que não percebo nada de futebol e só sou do Sporting por tradição familiar... mas soube-me tão bem estar a ver o jogo e a fazer estes comentários. Parecia uma adepta, não parecia? Só não sei muito bem que competição é esta mas isso, como diz a outra, também não interessa nada.

Leonardo

A Opus Dei decidiu abrir no seu site um capítulo dedicado a "O Código da Vinci". Depois das polémicas em volta do livro e a dois meses da estreia do filme, a Opus Dei decidiu esclarecer quaisquer dúvidas que possam ser suscitadas pela obra de Dan Brown. Só há uma coisa que eu não percebo: "O Código da Vinci" é uma obra de ficção. Um romance. Inventado. Claro que não nasceu do nada mas isso não o retira da condição de ROMANCE.
Ora se ninguém anda a fazer páginas na net para explicar que as carochinhas não podem casar com ratos. Ou que os porquinhos, mesmo em grupos de três, não constroiem casas, nem de palha nem de tijolo.... e por aí fora. Então porquê esta preocupação com o Código??? Será que quem tanto se preocupa em dar explicações tem algo a esconder?

OH NÃO

Eu não disse que era melhor acabar logo com o jogo? E agora? Vá....

Goooooolo

Golo do Sporting. Estava a ver que não... Não se pode acabar já com o jogo? Porquê? Porquê?

Fonte desautorizada

Diz o DN que o Palácio de Belém tem, a partir de agora, um director de comunicação. Uma excelente ideia. A partir de agora, quem quiser informações sobre os horários o museu, visitas guiadas, descontos para grupos ou qualquer outra coisa que tenha a ver com o Palácio de Belém já tem um interlocutor.
Quanto às informações que digam respeito à actividade do Presidente da República, o titular do único cargo unipessoal directamente eleito por sufrágio universal, a coisa é mais complicada. Os assessores foram "desaconselhados" a falar com os jornalistas. O Presidente propriamente dito, pelo menos a avaliar pelo seu ainda curto reinado, só fala à comunicação social estrangeira. Resta o chefe da Casa Civil "se for caso disso", diz o jornal.
O mais curisoso é que todas estas regras foram divulgadas por uma "fonte autorizada". Autorizada por quem e a fazer o quê, enfim, podemos ter uma ideia....

PS: No que toca às alergias do Prof. Dr. Presidente (uma maleita tão incómoda, sobretudo na Primavera) conheço um alergologista óptimo. Uma vacina feita à medida e daqui a cinco anos está curado

Às gargalhadas

Hoje o dia não estava para gargalhadas. O céu estava demasiado cinzento e choveu. De regresso a casa, e presa no trânsito da Marginal, dei por mim a rir, a rir, sem parar a propósito do novo anúncio da Vodafone... aquele em que um tipo chega ao balcão de um café e pede um croissant com manteiga e uma meia de leite bem quente, se faz favor... Era a segunda vez que o ouvia. E não sei porquê mas não conseguia parar de rir. Aquilo nem tem assim tanta piada. É até um pouco estúpido. Mas a minha excelente capacidade de imaginação levou-me a esse café. Pagava tudo para estar lá a assistir... a alguém a quebrar a rotina do "olhe, é uma bica e um pastel de nata". Era lindo!

Viva a Optocentro da Augusto Aguiar!

As empresas são como os amigos, é nos maus momentos que se vê quem "está lá". Acabo de vir da Optocentro, na Av. António Augusto Aguiar. Um ano depois vão trocar-me as lentes dos meus óculos apesar de aparentemente estarem perfeitas!
Sujam-se tanto como as outras, mas só ficam limpas com água. Fartei-me da situação e eles vão resolver o problema, sem pestanejar. Comprem na Optocentro. Tem acordos com os seguros e tal e o atendimento é maravilhoso!

"Queremos mandar, dominar e ter a bola"

Ah, leão ! O senhor que assina a frase é treinador de um clube que esta noite vai jogar à bola. Confesso que nos ultimos tempos passei a ver futebol em casa porque, entre cromos e cadernetas, os jogos na televisão tambem passaram a constar dos pedidos. Lá em casa não havia bandeiras nem Sport TV. Agora já há chuteiras, equipamento, cachecol, posters...Mas tento que à hora da conferencia de imprensa já ninguem esteja na sala...pela qualidade intelectual da leitura do jogo.

Até quando ?

Li que o PSD-Madeira não quer comemorar o 25 de Abril. Por não ser oportuno. Já no ano passado Alberto João Jardim queria acabar com a sessão dada a falta de nível das intervenções da oposição, "uma cagada" no seu fino português. Até quando é que temos de aturar isto ? Porque é que ninguém pôe ordem na casa ? A democracia agradece.

Àgua e desigualdade


Na revista EP[S], de 19/3/2006, há um exemplo de bom jornalismo - o que sendo subjectivo, é a ideia que eu tenho de muitos trabalhos que o El País publica.
"O milagre da água" antecipa o Dia Mundial da água que hoje passa e é uma reportagem sobre a Etiópia, "banhada pelo Nilo, onde 62% da população não tem acesso à água. Milhões de mulheres gastam cinco horas por dia para a ir buscar, ainda que seja insalubre e perigosa. A falta de infraestruturas condena à pobreza, à doença e à incultura muitas delas. (...) Parir no caminho não é o único perigo. As hienas estão por perto.(...) A distância da água agrava os problemas de desigualdade de género."

[vale a pena ler, antes que se perca o link]

Dia da água

A pergunta impõe-se: o que é que já fez hoje por ela?

Pedido de esclarecimento

A Direcção-Geral dos Impostos 'informa' que dívidas abaixo dos 740 mil euros não estão abrangidas por caducidade... Ou serão apenas as de figuras não tão públicas como Antóno Carrapatoso?

terça-feira

Monopólio

Paulo Portas acaba de garantir, na SIC Notícias, que durante os sete anos em que presidiu ao PP (e ao CDS e ao CDS/PP)teve gente muito diferente a seu lado mas nunca se sentiu traído. Parece que nesses tempos ainda não tinham liberalizado a traição por aquelas bandas. Havia um regime de monopólio.

Há petróleo no Beato

Desde os anos 70 que, ciclicamente, alguém parte em busca de petróleo em território português. Até agora, em vão. Nem no mar nem em terra. Nada.
O Secretário de Estado da Indústria, Castro Guerra, recordou esta tarde esta epopeia para justificar esta nova aventura, agora ao largo do Algarve.
O social-democrata Mendes Bota bem tem protestado. "E as praias? E o turismo?"
Que descanse o antigo deputado-cantor. Por um lado, se até agora nem pinga do ouro negro, não parece provável que o panorama mude. Por outro, como diz uma amiga minha, venha de lá o petróleo, que nós mudamos as férias para as Caraíbas.

O tempo não perdoa

A Assembleia da República serve para fiscalizar a acção do Governo. É para isso que os deputados convocam os ministros às comissões parlamentares. Para saber os que andam eles por aí a "aprontar".
Foi para isso que o Ministro da Economia (e Inovação) foi esta tarde ao Parlamento. E os deputados, claro está, bombardearam-no com perguntas. Exaustivo, um deputado do PCP, Agostinho Lopes, presenteou Manuel Pinho com, nada mais nada menos, que 17 perguntas. 17, desde as tarifas da EDP ao petróleo no Algarve não faltava nada.
Pinho ouviu, tomou nota, e no fim fez a divisão: 14 respostas para ele, 3 para o Secretário de Estado. Só que o deputado já se estava a levantar. Não podia ficar mais tempo. Compromissos. O ministro prometeu ser breve. "10 minutos, não mais" - garantia Manuel Pinho. "fica tudo esclarecido".
O deputado não se deixou comover. Já tinha cumprido a sua missão: questionar o ministro. Agora tinha mais que fazer do que ouvir as respostas.

Ericeira


Estas vieram directamente da Ericeira para a mestre! Merece todas as flores do mundo por ter conseguido pôr tantas alunas na Escola!
A persistência é, de facto, uma coisa linda!

A propósito da Primavera



Estou a reler "O Rapaz de Bronze"* a propósito de um ser pequenino que habita cá em casa e gosta de ouvir a minha voz. Hoje entra a Primavera e é também o Dia Internacional da Poesia. Lembrei-me como estas duas coisas estão tão interligadas neste maravilhoso livro que fala de gladíolos, begónias, orquídeas e por aí fora. Na verdade, no tempo da inocência (que já lá vai) falaria apenas de flores... mas hoje é difícil ler cada parágrafo pensando somente nelas.

* Sophia de Mello Breyner Andresen

Ao Estado a que isto chegou

Observações depois de uma ronda por aí...
1.Num bloco de marcação de consultas do Hospital D. Estefânia há uma máquina de senhas. Mas os doentes não mexem. Há um diligente funcionário, sentado na sua secretária, a ler o jornal e a carregar no botão. É a sua função.
2.Os impressos para renovar a carta de condução estão esgotados na Loja do Cidadão dos Restauradores. É verdade. ESGOTADOS. A funcionária vai pedindo desculpa pelo microfone mas não diz se a polícia fará o mesmo se apanhar alguém com a carta caducada.

Mulher em choque tecnológico

Estou chocada, chocadíssima, em pleno colapso!!!!

Acabo de receber na minha mail box um mail vindo do governo, do coordenador do Plano Tecnológico... meu Deus! Apetece-me chorar! O amadorismo não podia ser maior!!!

A começar pelo endereço. O domínino é... netcabo. Até eu, reles cidadã comum, tenho um domínio pessoal.

Depois a forma como os (milhões e altamente poluidores) de logotipos foram (mal) digitalizados...

E a quantidade de texto?!

O descrédito total, qual spam.

Assim não dá para acreditar de todo neste país. E eu até estava a criar algumas esperanças...

A primeira papa


Digam lá se o nosso menino não está lindo ?! Ontem promulgou o seu primeiro diploma. Até agora as notícias da Presidência têm seguido este critério. Já se anunciou a sua primeira audiência, a sua primeira reunião com o PM, a sua primeira viagem ao estrangeiro. Confesso que o que me chocou mais foi a primeira entrada no Palácio de Belém: Cavaco, de mão dada com a neta, ao lado da mulher e dos filhos, do genro e da nora. Parecia que estavam a chegar à vivenda Mariani para passarem uma bela temporada. Se calhar foram todos eleitos e eu não percebi...


Primavera

Sandro Botticelli

E isto é...


A mim, parece-me um protesto por causa de uma lei perfeitamente 'sacana'. Que manda que só depois dos 26 anos se possa ser cidadã/o de pleno direito...
Podes explicar isto, Madalena?

[Ainda bem que está a acontecer em França, porque se fosse cá, talvez fosse 'come e cala'...]

Obrigada Luisa

Reparei agora nos press links e cliquei no penúltimo. Que alegria ! Que felicidade ! Se tivesse um login poderia entrar mas assim fiquei-me pelos títulos : "Os hábitos de Cavaco através dos amigos da sua rua" e "Primeiro-ministro levou um moleskine para a reunião com Cavaco". O que seria de nós se não existisse o 24 Horas ?

segunda-feira

Ghost...

Responsabilidade social

Só a expressão me irrita. É das maiores hipocrisias dos últimos tempos. Hoje, como jornalista, preenchi um inquérito sobre o que importa num relatório de sustentabilidade e mais uma vez tive de dedicar preciosos minutos do meu tempo a este tema que abomino. Mas foi precisamente para demonstrar a minha posição que preenchi o raio do questionário.

Como é possível uma empresa auto-intitular-se socialmente responsável quando os seus colaboradores trabalham 10-14 horas por dia e chegam ao fim do mês, invariavelmente, a contar tostões?

Pouco açúcar, sff…

Não consigo perceber esta febre dos Morangos com Açúcar… alguém é capaz de me explicar como é que esta série televisiva pode ser tão sedutora para uma criança de 4 anos??? Hoje de manhã fiquei devastada quando li que grande parte das crianças, com idades entre os 4 os 12 anos, prefere ver Morangos com Açúcar do que brincar com os amigos. E esta foi uma das conclusões do Seminário de Marketing Infantil. Já perguntei a uma miúda de 8 anos porque gosta tanto daquilo, mas ela apenas respondeu “porque é giro”. Fiquei na mesma: perplexa e assustada.

Coincidências maternais

Durante um almoço em casa da minha mãe tirei o relógio e nunca mais dei por nada. Apercebi-me da falta já em minha casa, ao final da tarde. "Não faz mal, amanhã ligo a confirmar", pensei. Cinco minutos depois telefona-me a minha mãe. Antes de desligar diz:
-Ah, deixaste cá o relógio.
-Apercebi-me disso só há cinco minutos mas não liguei - respondi-lhe
-Eu tambem só reparei nele há cinco minutos ! - exclamou a minha mãe
(Estas coincidências vão ameaçando a minha racionalidade)

domingo

Elogio ao pai

Não ao meu. Mas ao dos meus filhos.
Por ser mais galinha do que eu. Por saber brincar mais do que eu. Por fazer sopas melhores do que eu. Por não dormir quando eles estão doentes. Por...Por...Por...
Na hora da birra eles insistem em chamar a mãe mas, daqui a uns anos, vão dar valor... Obrigada, PAI !

Ei-las!

À terceira...

O líder do CDS quer ir de novo a congresso. Ribeiro e Castro pretende com isso que o partido lhe diga, pela terceira vez no espaço de um ano, que ele é "the one".
Aqueles que normalmente são identificados como seus opositores discordam. Garantem que a liderança de Ribeiro e Castro não está em causa. Nuno Melo, o presidente do Grupo Parlamentar, é, aliás, bem claro: "Um disparate!".
Castro vai em frente, tens aqui a tua gente!

Novas entradas

Para as duas mais recentes aquisições deste blog, urbanas q.b, um ramo de flores campestres... Escrevam sobre o que vos aprouver e que a tecnologia não vos traia (e me traga as flores!).

Em caso de incidente processual, contactar a helpdesk* . Dica final: dêem uso aos dicionários que temos nos links.

*(Não conheço mulheres a executar essas funções nas empresas. Será por isso que há tantos problemas informáticos, pelo menos onde trabalho?)

Meteorologias

Ontem choveu a potes. Hoje está sol. A Direita escolheu este fim de semana, de tempo incerto, para fazer as suas limpezas da Primavera. O resultado pode ser igual. Incerto.

PS: Há minutos enviei este mesmo post. Juro. Não chegou lá nada. Só o meu nome e a data. O plano tecnológico, pelo menos no que me diz respeito, ainda tem muitas falhas.

Globalization at a gunpoint

Dia da acção global contra a guerra e ocupação do Iraque.
18 de Março. O Ateneu foi o palco da contestação. Passaram um documentário. Três anos depois da invasão tudo mudou para pior no Iraque. Se estivessem mais mulheres no poder talvez esta guerra nem tivesse começado. Lembro-me de um relatório do Banco Mundial que rezava assim: se estivessem mais mulheres em cargos de decisão no mundo havia mais crescimento económico, menos corrupção, menos fome e menos guerra.

sábado

Valham-nos os assessores

Ainda o ex-assessor. Ainda a entrevista ao Correio da Manhã. Desta vez a avaliação que faz dos jornalistas.

"(...) Não se confirmam as fontes, recorre-se com demasiada frequência a estagiários, não há preparação em relação aos temas que se pretende acompanhar (...)"

Antigamente é que era, hã....
E hoje a desgraça só não é maior porque entretanto inventaram os assessores, pessoas bem preparadas relativamente aos temas que acompanham, que dão sempre informações rigorosas e confirmadas e sobretudo não andam por aí a botar opiniões. Senão nem sei...

Um pai de brinde

-Levamos duas prendas para o Dia do Pai. Não temos direito a dois brindes?
- Bom, a ideia é um brinde extra para os filhos juntarem às suas prendas...
- Mas eles não têm o mesmo pai.
- Ah! Nesse caso...
- Nem a mesma mãe.
Debaixo do balcão saiu um número razoável de ofertas. Não vá haver mais pais e mães lá por casa....

Sem pudor, sem comentários...

... a nomeação de João Gabriel, ex-assessor de Imprensa do Presidente Jorge Sampaio, para um cargo numa Embaixada portuguesa. Justificada assim, em entrevista ao Correio da Manhã:

«– O João Gabriel sempre vai para a embaixada de Portugal em Roma, como se noticiou?
– Sim, julgo que dentro de três meses. Tudo depende do tempo que demorar o processo de nomeação.

– Mas o porta-voz do MNE desmentiu a notícia?
– O porta-voz do MNE limitou-se a desmentir uma evidência. As notícias davam conta da minha nomeação como Conselheiro Cultural, quando, na verdade, a minha função será a de Conselheiro de Imprensa.

– Ao nosso jornal, Carneiro Jacinto desmentiu “qualquer nomeação”...
– Desconhecia. Tratou-se seguramente de um lapso. Durante dez anos, e vários governos, habituei-me a trabalhar, no MNE, com pessoas de palavra. Não tenho razões para deixar de pensar assim.

– Surgiram notícias de uma nomeação a pedido. Não teme que passe a ideia de um favor político?
– Favor?! Mas por que razão quem trabalha nestes lugares, Governo ou Presidência, uma vez acabada essa função, tem de ir trabalhar para a caixa de um hipermercado ou para a construção civil?! Se assim não for, ouve-se logo um ai Jesus que há um tacho! Infelizmente, algum jornalismo em Portugal ajudou a cimentar esta cultura. É um princípio tão errado quanto injusto. Uma coisa é não ter currículo ou competência para a função...»

Nem mais!... caixa num hiper? na construção civil?... Nem pensar!
E a alternativa, claro!, é a Embaixada de Roma.

P.S . - Onde devo apresentar o meu curriculo e fazer prova de competência?

Famous Grouse

Ontem, 9:30h.
Um homem entra no café e pede um Famous Grouse com Coca-Cola. Era manhã bem cedo. A empregada da caixa pergunta duas vezes: "O quê?". O homem repete baixinho. De seguida entrega o pedido ao balcão. A cena repete-se: "Um Famous Grouse com Coca-Cola". Por entre olhares de todos os empregados e de quase todos os clientes, o homem continuou junto ao balcão, de olhos postos no chão e escondido no seu fato cinzento.
Ele só queria um Famous Grouse...
Estes olhares reprovadores irritam-me.

Sim, obrigado???

Durante anos foi "Não, obrigado", em letras pretas sobre fundo amarelo, que se colava nas camisolas enormes e nos sacos verde tropa. E de tanto ser "não, obrigado" pura e simplesmente desapareceu, deixou de ser... Parecia uma questão d'outros tempos. Agora regressou. Por mim, recuperem-se os autocolantes. Estou pronta. Só espero que mudem a cor porque de facto o amarelo... enfim!

Pequenas vitórias

A ideia surgiu num almoço de duas amigas. E ficou a maturar. Pelo menos, uma delas tem a mania que é persistente. Defrontou-se com a sua própria iliteracia cibernética. E sabendo que o milagre da tecnologia não instala um blog por artes de magia, deitou-se a adivinhar como se faz. Adivinhar é algo que as mulheres fazem bem - às vezes, com consequências menos interessantes, mas... Adiante. Percebeu, então, que a mesma curiosidade por este 'novo mundo livre' agitava outras. E a ideia fez-se projecto, ganhou forma e nexo. (...)
Há uma semana inventou-se um nome e um lugar. Voltariam à escola - a mesma onde, durante anos e anos, foram colocadas para aprender os lavores com que louvariam os 'bons-partidos'. Coisas de antanho, certamente. Pelo caminho houve quem viesse voluntariamente coagida, ou à descoberta, ou já perto do vício, ou pela curiosidade, ou... porque não?!?
E aqui estamos. E mais virão ou não. Alinhavamos ideias e tricotamos textos. Depois marcaremos encontro para o verdadeiro 'corte e costura'. Um dia destes. Como raparigas prendadas.

sexta-feira

Entrei

Cá estou, de agulha e linha, pronta para estes bordados. Nos outros nunca me aventurei sequer.

Postal dos Açores



Lembram-se ?

Foi há precisamente três anos.

Leituras


Comecei a ler esta noite. Não sei se por cuscuvilhice saloia ou interesse intelectual pelas memórias de uma época. Gosto da forma como escreve mas embirro com o espírito de tia-queque-rebelde com que vejo sempre a autora.
Mas para quem está na fase nocturna de "2 páginas e adormeço", consegui chegar à 38.Não é mau. Conheci o pai e estou agora a ser apresentada à mãe.

Ah, obrigada pelas flores !

O dilema de andar à toa

Porque não sabemos o que é verdadeiramente importante para nós, tudo acaba por nos parecer importante.
Como tudo nos parece importante, temos que fazer tudo.
Como, infelizmente, os outros nos vêem a fazer tudo, esperam que sejamos nós, de facto, a fazer tudo.
Fazer tudo acaba por nos ocupar de tal maneira que já não sobra tempo para pensar no que é realmente importante para nós.
-Anonymous

quinta-feira


Aquele livro...

"Na rua, o dia era o sol muito que inundava as paredes e o chão e o ceú, tornando, tudo, paredes, chão, ceú, num sol também. Caminhámos despreocupados e creio que sorrindo. Parecia ser um dia de coisas boas, como sempre parecem os sábados (...)
Penso: talvez haja uma luz dentro dos homens, talvez uma claridade, talvez os homens não sejam feitos de escuridão, talvez as certezas sejam uma aragem dentro dos homens e talvez os homens sejam as certezas que possuem".*

Não me canso deste homem.

*in Nenhum Olhar, José Luís Peixoto (2001)

Da Marisa, com lavor




ISTO É UM PANINHO QUENTE

Esta frase anterior era para ser isto é um "napron", mas não faço a mínima ideia de como se escreve o raio desta palavra. Ainda dei uma voltinha na net, mas - como agora a minha meta é a imperfeição - também não me esforçei como devia. Mas penso que já todos perceberam de que objecto falo.

Escrever uma palavra errada em caixa alta já me pareceu imperfeito demais. Por isso chamei a esta garrafinha "paninho quente". É de facto um paninho quente que vou pôr no peito do meu pai que faz 60 anos na próxima 2ª feira.

O que é que se dá a um homem de 60 anos que nunca lê, nunca ouve música e que só pensa em dizer mal dos fornecedores que não lhe pagam as facturas? E em comer, beber, fumar e achar que tudo vai sempre correr pelo pior?

Resolvi oferecer-lhe um frasco de litro cheio de "força e optimismo", sob a marca cesaralis®, de César, que é como se chama o meu pai. No rótulo de trás explica-se o que é o princípio activo de cesaralis® e como ele facilmente degenera em substâncias menos boas. Estas, por sua vez são facilmente elimináveis com este milagroso produto, a snifar a cada manhã. No rótulo estão ainda os contactos de emergência, a ficha técnica da fabricante e embaladora M&M Lda... e tudo o que o paciente precisa saber.

E vocês com isto?

Uma vez que este remédio não tem quaisquer contra-indicações nem riscos de sobredosagem, ofereço-vos desta forma um pouco de força e optimismo.

PS: Amanhã conto-vos esta coisa da minha meta ser a imperfeição.

Desabafo de uma mãe da linha

O ministro da Saúde anunciou ontem, no parlamento, o encerramento de maternidades por esse país fora. Só tenho pena de que, ao contrário do que foi avançado na semana passada, Cascais tenha ficado de fora da decisão política. Vou continuar com uma morada falsa no meu BI para, em caso de necessidade, ir parar a um qualquer hospital de Lisboa. Vou continuar a mentir ao Estado porque na maternidade de Cascais é que não me apanham !

quarta-feira

Pasteis de belém

O Presidente "de todos os portugueses" indicou os seus nomes para o Conselho de Estado. Abrangente... Um foi mandatário nacional da sua candidatura (João Lobo Antunes) e três fizeram parte da comissão política da sua candidatura (Manuela Ferreira Leite, Dias Loureiro e Anacoreta Correia).
Não consigo é perceber a escolha de Marcelo...

Reuniões

E agora um pouco de Reflexologia Natural* (técnica de tratamento chinesa)

“Para controlar um bocejo tem de abrir uma comporta em algum sítio. Mas se a boa educação prevalecer e não puder libertar esta pressão interna através do ar, pode seguir outra opção: canalize-a através do chão. (...) Claro que se estiver numa situação em que faz cerimónia, nenhum destes truques vai servir. Quando a conversa se torna aborrecida e sente que vai começar a abrir a boca, tudo o que pode fazer é rezar por uma oportunidade de mudar o peso do seu corpo da direita para a esquerda enquanto finge que está a ouvir. Se as coisas ficarem mesmo chatas, balance imperceptivelmente para a frente e para trás. Num aperto, lembre-se sempre que pode manter um estado interno de flutuação, empurrando suavemente o chão com diferentes partes dos pés. Mantenha uma forte ligação à terra e vai conseguir afastar a fadiga, o aborrecimento, a tensão e a vontade de mostrar os dentes em público”.

Acho que vou cair da cadeira...

* in a Arte de Não Fazer Nada – Formas Simples de Encontrar Tempo para Si Mesmo

Saudades

Eu nunca tive aulas de lavores como as que haviam no tempo da mocidade portuguesa feminina. Fui aprendendo aos poucos. Com a minha avó, com a minha mãe... pela forma atenta com que observava tudo e todos e sempre de cara muito séria. Hoje já me rio mais. A minha avó sabia costurar e sabia fazer ‘crochet’. A minha mãe não sabia costurar, mas sabia trabalhar com malha. Fazia, sobretudo, camisolas e vestidos que eu e a minha irmã vestiamos. Eu não sei costurar e não sei tricotar (só com palavras!), embora por um período muito pequeno tenha pegado nas agulhas. Quando oiço falar de lavores lembro-me sempre desses tempos. Quem diria que hoje estivesse a recordar precisamente esses tempos num blog.

Boas-vindas






Pensei oferecer-vos rosas vermelhas, num grande ramo...
Ou, talvez, violetas...

Estreia

Foi dificil entrar mas finalmente consegui ser admitida!
Ultrapassados os numerus clausus, prometo dedicação e empenho.
Tricotarei muito...

Homens, onde encontrá-los?

Eventualmente, perdidos no trânsito.
É o que nos diz o senso comum, e o que atesta o britânico Royal Automobile Club. Nós, quando queremos um lugar para estacionar, usamos a nossa "visão periférica", como dizem os especialistas. Ou perguntamos a alguém, já que dominamos a arte de inquirir... Eles, não.
Vejam-se as consequências...

"Homens britânicos não admitem estar perdidos" - titula o Jornal de Notícias
Primeiro, perguntei-me se seriam só os britâncos... Depois, se seriam só os homens - embora conhecesse, à partida, a resposta.
Parece-me haver motivos de preocupação, do ponto de vista económico, se é que me entendem... É que, ao resistirem admitir estar perdidos, os britânicos desperdiçam em média seis milhões de horas por ano, no carro. E há as consequências do costume, comprovadas pelo citado Royal Automobile Club:
"Os homens esperam até 20 minutos antes de se decidirem a perguntar o caminho, enquanto que as mulheres não esperam, em média, mais que 10 minutos. Os 10 minutos de diferença, segundo a sondagem, causam um aumento de tensão entre os casais".

promessa de caloira

"O que não sabia, quando descobri os blogs, é que me iria tornar numa blogueira e escrever num cujo nome, ainda hoje, invarialvelmente, associo à agricultura.
Adubarei ess(t)e espaço com dedicação. Paninhos quentes e ervas daninhas, tudo há-de ter o seu lugar." - M.

segunda-feira

inscrições

Entrámos na época das matrículas.
Nos próximos dias é publicada a lista de admissões.

sábado

o recreio

quinta-feira

lavor(es)

"trabalho de agulha feito segundo um padrão de desenho, como bordados, rendas, brocados, etc.; obra de efeito estético e artístico, esp.ornato em relevo; qualquer ocupação que envolva esforço mental ou intelectual; cristalização superficial que impede a formação de sal nas salinas; trabalho, esforço, sofrimento, dor, fadiga."

- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa