domingo

Modelo de gestão feminina

"As mulheres são mais resistentes e pacientes do que os homens, mais intuitivas, gerem melhor o equilíbrio entre a emoção e a razão, partilham mais o poder e a informação (...) Terminada a era dos músculos e inaugurada a época do cérebro, a paridade entre a mulher e o homem é imparável."
Quem o diz é Rui Duarte Moura, o presidente da Associação Portuguesa de Profissionais em Sociologia Industrial, das Organizações e do Trabalho no caderno Emprego do Expresso. Vem isto a propósito de uma discussão já aqui travada entre a liderança feminina 'à homem' ou 'à mulher'.

Geração M


Os jovens portugueses estão descontentes com o estado da democracia, segundo um estudo divulgado hoje pela Lusa. Mas eu confesso que já acreditei mais nas suas (dos jovens) capacidades para mudar "o estado da arte". Cada vez que me sento numa esplanada da Linha só me apetece chorar.

Que gostem de andar na moda, tudo bem. Mas que foquem na aparência e na necessidade de serem fisicamente aceites toda a sua energia... Miúdas de saltos altos que eu jamais usaria movem-se como bonecas de cera para não desalinharem o cinto ou o cair da blusa. Por favor! Falam em loop sobre as roupas que existem em cada loja e dos respectivos preços (e não são necessariamente low budget stores).

É verdade que o futuro estás nas mãos destes adolescentes, mas os pais deles ainda vão a tempo de acordar e assumir os seus deveres paternais ensinado aos filhos que há vida além dos Morangos com Açucar.

Não queiram ficar na história como uma geração M. Ou uma geração de m... .

Haverá mesmo uma lista de jornalistas corruptíveis?

Como ainda cheira a crvo, aqui fica mais uma questão: Como é que se explica que tanta gente já tenha ouvido falar numa famosa lista do ministério das finanças (pelo menos deste), em que constam nomes de jornalistas "pagáveis" e os respectivos montantes, e nunca se tenha avançado (que eu saiba, claro...) com uma investigação sobre tal alegado crime?

Ouvi falar da lista. Pergunto aqui e acolá, se será mesmo assim. Recebo encolher-de-ombros e respostas tipo "diz que sim..." Aceita-se a hipótese com uma resignação confrangedora. E é isso que ainda mais me irrita. Se não dignificarmos nós esta profissão, quem dignificará?

Reportagens fotográficas: forjar ou não forjar momentos?

A propósito das fotos que a Ana ontem nos deixou, ocorreu-me a seguinte questão: A vida é feita de tantos instantâneos maravilhosamente gráficos que não entendo por que é que tantos repórteres fotográficos forjam momentos. Haverá mesmo necessidade?

À beira-Tejo

"Eu gosto muito de andar à vela"

(Cavaco Silva depois de assistir ao desfile náutico no Tejo para assinalar os 150 anos da Associação Naval de Lisboa)

Por que será que - sendo o pagamento algo tão útil a um restaurante (ou similar) receber - os empregados de mesa demoram sempre tanto tempo a apresentar a conta ao cliente???

Bom.. depois também há uma minoria que a traz mesmo sem ninguém pedir!?...

sábado

Invisible Citizens*














* Fotografia de David Hoffman

Poll Tax Riot, London (1990)*


“This was one of the best days I have ever spent taking pictures. I had been flattened a couple of times by testerical coppers but was nonetheless motoring well by mid afternoon when Grand Buildings (background) was torched by the anarchists.
The Poll Tax had been a festering sore for what felt like an age and after a few earlier demos that had been crushed by police action this one had really kicked off. The air was crackling with energy. Random truncheonings, police vans driven into the crowd and mass charges by riot plod had only redoubled people's determination to force some democracy down Thatcher's throat. Laurence & Nij were smouldering with the passion & excitement of the day.
Laurence is three months pregnant here, later Nij was arrested but this photograph was used in his successful defence. Some months afterwards Nij died from an overdose but Laurence has a beautiful daughter”.

* David Hoffman

sexta-feira

Homem não entra

Enquanto desafia as Nações Unidas com o seu programa nuclear, o Irão vai deixando que as suas mulheres joguem futebol com estrangeiras. Trajadas a rigor, num estádio sem presença masculina, a selecção iraniana jogou contra a Alemanha. Foi a primeira vez que Teerão recebeu uma equipa de fora. Desconheço o resultado mas Freitas do Amaral deve estar satisfeito... (Foto:EPA)

As aventuras de Zé Beto

Segundo o presidente do conselho de jurisdição do PSD, a assinatura de dois mortos constava no processo de candidatura de José Alberto Pereira Coelho. Este prometeu regularizar a situação (essa e outras), até sábado, e ameaçou com uma providência cautelar que poderia suspender as directas de 5 de Maio. Depois, na RTPN, desmentiu-se a si próprio. Afinal, nunca actuaria junto do tribunal. O Zé Beto conseguiu ser notícia por alguns dias.

Telegrama

"envia sms confirmando se a mudanca foi operada com exito STOP limitacoes tecnicas nao me permitem ter a certeza STOP muito chateada pela tua tristeza, ou muito triste pela chatice que aconteceu STOP aqui ninguém se deixa intimidar..."

quinta-feira

Antes que ela fuja

O viajante Gonçalo Cadilhe revela hoja, numa entrevista ao DN, que teve um emprego "de fato e gravata" mas só aguentou seis meses. Sentia a vida a fugir lá fora. Ambição é isso: agarrar a vida antes que ela fuja. Mesmo que seja preciso abrir mão de fatos, gravatas, sopa, guardanapos e sei lá mais o quê.... Eu vou à boleia das tuas crónicas, Gonçalo.

Outra vez a fazer gazeta????

Mais de vinte deputados faltosos não se dignaram responder à notificação para que expliquem por que razão não estavam no Plenário da Assembleia da República naquela quarta-feira-antes-da-Páscoa. Foi-lhes dada oportunidade de explicarem que estavam em trabalho político, ou a cuidar de um familiar doente, ou de luto (e como hoje alguém dizia, em Portugal, como somos todos primos e primas, o mesmo morto pode dar direito de luto a vários deputados), mas nada. Nem uma palavra.
É muito estranho que tantos deputados desperdicem a oportunidade de apagarem esta falta da caderneta. Por isso, das duas uma: ou se estão a borrifar, ou ainda não regressaram das férias.

E as outras quartas-feiras?

Sete deputados apresentaram, como justificação para terem faltado aos trabalhos parlamentares na quarta-feira-antes-da-Páscoa, justificações que a lei não contempla. A maior parte estava a dar aulas, um motivo não aceite pelo Estatuto dos Deputados. Ora, como a-quarta-feira-antes-da-Páscoa não é de certeza o única dia do ano em que estes deputados se dedicam a actividades académicas... como é que justificam as faltas durante o resto do ano? Trabalho político???

Elogio à escapadinha

sssssssssssssssssssss Primavera alentejana, 2006.

Medidas e mais medidas no "país-biberon"

Depois das 333 para desburocratizar, agora são as medidas anti-falência da segurança social. Se não me engano algumas destas medidas até já são dejavú, como adiar a idade da reforma e penalizar as reformas antecipadas. Com tantas medidas por implementar o mais certo é que fique tudo igual ao litro. Ou ao decilitro... Muitas medidas. Medidas para todos os gostos! Qualquer dia Portugal parece um biberon, onde cada vez há mais gente "a mamar".

PS: Eu sei que estou a ser leviana e "do contra", mas apeteceu-me :)

A mais nova (e bela) profissão do mundo

Este mês Anthony Seldon, historiador e headmaster do Wellington College, anunciou que vai incluir no curriculum daquela escola aulas de felicidade e psicologia positiva. Talvez um dia todas as escolas tenham professores de felicidade. Melhor: talvez um dia todos os pais e educadores se preocupem mais em ajudar as crianças a desmistificar problemas e "nóias" em vez de... enfim.

(des)construir Berlin

"o muro" caiu há 16 anos, depois de ter estado erguido durante 28 (...).
o tempo é, de facto, uma coisa muito relativa.
no topo esquerdo da Karl Marx, a (nossa) Sonae escava as fundacoes de um grande centro comercial.
as montras da global Nike proclamam "joga bonito", num apelo do portugues tropical...

Deveremos estar orgulhosos?

O estado da oposição

Zé Beto trocou as voltas a Marques Mendes e apresentou-se mesmo como candidato à liderança do PSD. Na direcção do partido havia quem dissesse, durante a tarde, que o militante de Coimbra estava a fazer bluff. Mas, meia hora antes de acabar o prazo, José Alberto Pereira Coelho entrou na sede. Primeiro, foi ao bar. Quinze minutos depois, dirigiu-se à sala do conselho de jurisdição. Esteve lá mais de uma hora 'em amena cavaqueira' (foi ele que o disse). À hora dos telejornais saiu. Não havia directos mas, para a gravação, Zé Beto disse ter entregue mais de 2000 assinaturas.
Marques Mendes parecia pouco tranquilo, ao falar com os jornalistas, depois de ter formalizado a sua candidatura. Afinal, parece que não vai sózinho às primeiras directas. Luis Filipe Menezes não avançou mas mostrou que não está a dormir...
Prognósticos para 5 de Maio ? E, já agora, para 6 ? Ribeiro e Castro ou João Almeida ? Já pensaram como poderá estar a oposição daqui a um mês ? Deus joga aos dados, ou não ?...

terça-feira

Onde pára a chaimite ?



O condutor da chaimite que abria caminho, esta tarde, na Avenida da Liberdade disse-me que a Bula está abandonada num armazém militar de Santarém. A confirmar-se, mostramos, mais uma vez, que lidar com a História não é o nosso forte. Lembro-me de, durante uma visita aos EUA, ter estado numa casa que, por ter a marca de uma bala disparada na guerra da Secessão, era ponto de peregrinação. Nem oito nem oitenta...

Homenagem

Liberdades

Incomoda-me que o 25 de Abril seja só festejado pela Esquerda. Que o cravo seja a flor dos "comunas". Que o desfile na Avenida seja coisa de PC.
A Liberdade é de todos.

Atenção que eu vou elogiar o homem...

Gostei de ver Cavaco Silva sem cravo na lapela. Uma demonstração de coerência. Se o pusesse, seria uma hipocrisia total.

Adorei a referência bi(bli)ográfica de Jaime Gama à explosão de alegria de Cavaco quando soube da rendição no Quartel do Carmo...

Fiquei sem palavras com a manifestação de cooperação estratégica no final do discurso do PR: A bancada do PS a aplaudir de pé com o PSD e o CDS.

O que os move? O que farão nos outros 364 dias do ano pela liberdade? E pelo país?

Não podemos exportá-lo como as bananas


Será que não podemos exportá-lo numa caixa de bananas para bem longe. Proibir as comemorações do 25 de Abril foi a gota de água!

Abril ao ritmo de Cabo- Verde







As batucadeiras do grupo Finka Pé, da Associação Moinho da Juventude do bairro Cova da Moura, foram a sensação no desfile do 25 de Abril. Integradas no grupo da Marcha Mundial das Mulheres marcaram o ritmo. "Comunismo para a frente! Fascismo para trás! Feminisno já!, eram as palavras de ordem. No final o concerto improvisado no Rossio juntou uma multidão...
Abril multicultural em Lisboa sempre!

Ontem à noite o Largo do Carmo encheu-se para ouvir o coro de Grãndola...

"A revolução dos gelados!"

Instantâneos 2
A multinacional de gelados "Ben&Jerry's" está a oferecer no dia 25 de Abril gelados de "borla". A fila na loja ao pé do Largo de Camões estava enorme. O mote do Free Cone Day é "Obrigado por ser fã dos nossos gelados"... Mas nos cartazes lá estava "A revolução dos gelados".

Não sei se ria, ou chore

Instantâneos de Abril 1
Ver o Manuel Castelo Branco, ex-estrela da TVI, na Avenida da Liberdade de cravo na mão e botas de montar foi uma visão, no mínimo, inesperada.
Não sei se ria. Não sei se chore...

“A água não se importa com a cor”

Adoro documentários! “When the Levees Broke” (Quando os diques rebentaram) é o novo projecto em que Spike Lee está a trabalhar. É um documentário sobre o furacão Katrina que vai ser apresentado a 29 de Agosto, um ano depois da tragédia. Estou curiosa por ver... como o realizador disse, numa entrevista ao Público, “quando os diques rebentaram, a água não se importou e inundou as áreas brancas e também as paróquias. A água não se importa com a cor. Mas olhando para a CNN, ficava-se com a sensação que só estava a afectar os pretos de Nova Orleães. As câmaras estavam principalmente centradas no pavilhão Superdome e no Centro de Convenções, mas isso não esgotava os casos”. Precisamente...

O que falta fazer




"Andamos a ver se vemos o caminho a percorrer entre o Abril que fizemos e o que está por fazer"
José Mário Branco

Muito jogo....

Cavaco Silva não vai "puxar as orelhas aos deputados faltosos". No seu primeiro discurso político, o Presidente da República não fala sequer de reformas do sistema político. O que tinha a dizer sobre este assunto já disse, há duas semanas, no Expresso. Com a vantagem de não se comprometer com posição nenhuma. Como dizem os miúdos "é muito jogo"...

Sem cravo

Está desfeito o mistério: Cavaco Silva não traz cravo. Pelo primeira vez, um Presidente da República vem ao Parlamento assinalar o 25 de Abril sem o cravo vermelho na lapela. Quando precisava de votos para ser eleito, Cavaco cantou a Grandola, e perguntou "se isto não é o povo, onde é que está o povo". Daqui a cinco anos voltará a fazê-lo. Talvez até traga um cravo na lapela.

segunda-feira

Porque a vida continua…

Nunca me esqueci do dia em que conversei, pela primeira vez, com a minha actual empregada. Ela é ucraniana e está há seis anos em Portugal. Admiro-a imenso pela sua força e pela forma como vive cada dia. Nessa primeira conversa, disse-me com muita naturalidade que já não tinha filhos… o seu único filho tinha morrido com 20 anos, com um tumor na cabeça, vítima dos efeitos de Chernobil. Ela ainda é nova e um dia destes não resistiu e disse-me que a maior tristeza que tem na vida é não poder engravidar novamente… No seu país leccionava como professora de ensino especial. Aqui divide-se entre horários apertados, a correr de casa em casa. Não deixou de ser menor pessoa por isso, muito pelo contrário. No meio de tanta dor, a vida continua e olhando para ela ninguém diria…

Desabafo

É incontornável: homens e mulheres terão sempre visões muito diferentes sobre a coisa mais simples ao cima da terra. Talvez esteja a exagerar, mas hoje dou-me a esse luxo. Irrita-me como eles (quase) sempre pensam em termos de carreira e não em termos de família. Como ocupam 98% do seu tempo no desempenho profissional. Como tudo é justificado em função desse mesmo desempenho. O que sobra é repartido pelo que mais houver… mulher, filhos, amigos, compras, férias, etc… irrita-me não terem outros motivos de inspiração além do trabalho. Sei que não estou a ser justa para muitos e que escrevo um pouco a quente, mas não conheço muitos casos em que a situação seja diferente. Mesmo que se goste muito do que se faz, será que não há mais nada no mundo que interesse com a mesma intensidade? As mulheres podem ter igual ambição profissional, mas a forma como a gerem é completamente diferente. E tenho a sensação que nós, mulheres, não nos podemos dar ao luxo de agir da mesma forma. Suspiro…

Haverá paz no mundo...

... no dia em que todos os presidentes forem como este personagem da série 24 Hour. Nessa pérola ficcionária o presidente dos Estados Unidos, David Plamer, age por mero altruísmo, sem pensar em alimentar a sua carreira nem a trupe que o assiste.

Será que um dia nascerá um Palmer de verdade, ou qualquer coincidência com a realidade será sempre pura coincidência? Se cada um de nós começasse por ser assim, já não era nada mau.

O meu 25 A.



Não são muitas as memórias que guardo do 25 de Abril.
Tenho uma vaga ideia de ter acordado com a sensação de quem dormiu mais do que a conta e descobrir, espantada, que naquele dia não ia à escola. Nem eu, nem a Dona Alice, a minha professora da quarta classe, nem ninguém.

Lembro-me de ter ficado em casa a ajudar a minha mãe, que tentava pôr em ordem as dezenas de caixotes que tinham chegado de camioneta, poucos dias antes, àquela casa nova.

Sei, soube depois, que os meus pais já estavam alertados para o golpe de Estado – foi esse, lá em casa, o primeiro nome da revolução – que começara de madrugada. O meu avô paterno, que dormia pouco e gostava de ouvir a BBC no grande rádio da mesa de cabeceira, tinha ligado a avisar.

Recordo o medo, misturado com alguma excitação, da minha avó. Era ela a única usar, nesse primeiro dia, a palavra revolução que guardava da sua meninice, passada durante a I República numa casa junto às Cortes.

Do ambiente na rua, nada recordo. Primeiro porque não fui à rua. Depois porque aquela rua ainda era para mim uma rua estranha, desconhecida.

A partir de uma certa idade – que por acaso é a minha – começamos a desejar ser mais jovens. Eu não sou excepção. Só não me importava de carregar algumas rugas e cabelos brancos se esse preço me permitisse estar aqui, hoje, a contar que vivi a revolução.

Dúvidas do dia


... vai o Presidente Cavaco Silva pôr um cravo vermelho na sessão solene do 25 de Abril?
... vai o Presidente Cavaco Silva 'puxar as orelhas' aos deputados absentistas da Nação?
... vai o Presidente Cavaco Silva dar conselhos de finanças ao chefe do Governo, a bem do défice?

Para uma lei da relatividade

Uma pergunta séria: Como é que as empresas promovem o equilíbrio carreira-família ?
Uma pergunta provocadora: Só contratam homens que vão para os copos no dia dos anos dos filhos ?

(Gostava mesmo de saber o que fizeram as empresas que ganharam o tal concurso de que a Marisa e a Luisa falaram lá em baixo)

O verdadeiro circo em São Bento

Por aqui, é o que se pode arranjar : um pequeno palacete cujo anfitrião resolve mostrar ao povo, no dia do povo, com alegria para o povo.
José Sócrates não só vai manter a tradição de abrir a Residência oficial do Primeiro-Ministro, entre as 15-18 h, no dia 25 de Abril, como vai garantir animação aos visitantes. Além da Banda da Força Aérea, pelos jardins andarão artistas do Chapitô. No momento actual da vida política, a escolha não podia ter sido melhor. Se lá forem, perguntem se o circo vai continuar...

domingo

Hoje apetece-me estar aqui

Filhos de Chernobil


Depois de ler a reportagem sobre eles, na revista do Expresso,... ainda há alguém capaz de defender o nuclear como opção?

Os livros nossos amigos

Por que faz anos que Shakespeare e Cervantes morreram, a UNESCO elegeu 23 de Abril como Dia Internacional do Livro.
É uma efeméride (quase) como qualquer outra.
Mas os livros são um vício - "uma companhia muda, que me leva pelos seus próprios caminhos e me desvia dos meus".

sábado

Homenagem...

...à mãe Terra, no "earth day".
Todos podemos reflectir, um pouco mais, em qualquer dia, sobre o que lhe andamos a fazer.

Já cheira a cravo


Todos os anos lá para meados de Abril começo a traçar o balanço anual da liberdade (o ano da liberdade vai de Abril a Abril; o ano da minha idade vai de Julho a Julho; o ano fiscal vai de Fevereiro a Fevereiro, etc. etc.). Também faço balanços intersticiais. Este ano foi o que mais reflecti sobre esta questão da liberdade (alguns de vocês saberão porquê - é lixado ser jornalista!). Mas continuo sempre com a mesma dúvida: Serei mesmo livre?? Tudo poderia apontar para "não", mas a verdade é que me sinto mais livre que uma gaivota. E não é que me auto-censure naturalmente sem sequer me questionar.

Acho que me sinto livre porque sou sempre fiel a mim própria, sem medo de retaliações.

Talvez a liberdade seja isso: agir sem medo. Apesar das retaliações serem uma realidade.

Porque hoje é Sábado



O que fazer com as maçãs que estão há dias e dias na fruteira? Uma tarte. Estava farta e olhar para elas e comecei a descascá-las. Cortei-as aos bocados e deitei-as num tacho. Eram seis. Um casca de limão, um pau de canela e 50 gramas de açúcar. Fechei a tampa e liguei o lume. Não sei quanto tempo passou, mas não foi muito... talvez uns 20 minutos até as maçãs apurarem em vapor. Depois, tirei o limão, a canela e transformei tudo em puré. À parte, parti nozes (que é daquelas coisas que fica bem com tudo) e, depois de estarem aos bocadinhos, misturei ao puré. Conclusão: como tinha no frigorífico massa quebrada já enrolada, daquelas que hoje se compram em qualquer hiper ou supermercado, foi só colocá-la na forma e deitar para lá o recheio. Ah, como ainda me tinha sobrado uma maçã cortei-as às lascas fininhas só para enfeitar e acrescentei mais um cheirinho de canela em pó. Levei-a ao forno por outros 20 minutos. Et voilá... uma verdadeira tarte de maçã totalmente improvisada. No fundo, se esquecermos a parte da massa quebrada (ou folhada) e o toque de açúcar estamos a comer só frutinha!!!

Nota final: As maçãs são literalmente aquelas que tiverem na fruteira: Reinetas, Golden, Starking, Fuji, Verde doncella... As minhas eram Pink Lady, vindas da Austrália!!!

sexta-feira

Histórias rápidas


Comecei hoje a ler "Histórias para contar em 1 minuto e 1/2 da Isabel Stilwell". Gosto de tudo no livro: das histórias, do papel, do tamanho de letra e das ilustrações da Marta Torrão. O mais engraçado é que este livro traz um manual de instruções, onde Stilwell sugere, passo a passo, como podemos utilizá-lo. Por exemplo, "leia-o depressa, mas com a cabeça entre as páginas; leia-o devagar, invente, acrescente, mude, mas sempre preso ao seu ouvinte". Mas gosto, sobretudo, do que diz o ponto 3: "(...) Quando os seus filhos, daqui a muitos anos, fecharem os olhos numa noite de trovoada, a memória da sua voz vai sossegá-los. A memória das histórias que dividiram ficará para sempre, como ficam os perfumes das pessoas e dos lugares que amamos. Por muitas voltas que a vida dê, encontrarão sempre o ponto de partida nas páginas dos livros que leram juntos, nos sítios a que foram, sem que mais ninguém vos pudesse seguir (ou perseguir). E para onde podem sempre voltar".

Desculpe, faz-me lembrar alguém...


...esta foto oficial do Presidente da República, divulgada em glória fácil depois de insubmisso, disponível no site do Chefe de Estado, onde também se pode escrever-lhe .
A jaqueta (é esse o nome?) parece-me a do banquete com a Rainha de Inglaterra [parabéns!], mas a condecoração - meu Deus, quanta ignorância a minha, depois do outro ter distribuido tantas...! - não faço ideia qual seja!

(É de louvar o cuidado em não pôr os dentes de fora.)

Na caserna


Olhai para o nosso Presidente. Não fica bem (de) camuflado ? Esteve na Bósnia. Agora, está no Kosovo. E sem tampão no ouvido...Viram o 24 Horas ? Infelizmente, não se consegue entrar via net, mas a fotografia deles mostra Cavaco Silva a trocar impressões com o tenente-coronel Rui Ferreira...de tampão amarelo de protecção de ruído no ouvido direito. O Presidente esqueceu-se de o tirar para falar com o comandante. Das duas, uma: Ou Cavaco no avião continuava a ouvir o barulho dos motores porque o tampão não fazia efeito...ou, se fazia, olhava para o comandante, sorria mas não o ouvia...O que é que acham ?

"Bem-vindo seja, quem vier por bem"

Bem educadas, agradecemos as visitas, todas, e as referências simpáticas, como esta. Esperamos não defraudar nenhumas.

(Não sei se viram, mas tambem aqui já tinham falado na Escola)

Mais uma...

No início das votações, contaram-se os deputados :181 assinalados no quadro electrónico + 23 que não conseguiam pôr o seu cartão a funcionar. Com 204 estava garantido o quórum. A confusão estalou à terceira votação. A lei das quotas, por ser orgânica, precisava de uma maioria absoluta (116) para ser aprovada. Jaime Gama anunciou o chumbo do diploma, tomando o resultado do quadro electrónico : 111 a favor, 90 contra. Primeira questão: antes de anunciar o chumbo da lei, o PAR (Presidente da Assembleia da República) não devia ter verificado se os 23 que não tinham conseguido antes pôr o cartão a funcionar, tinham conseguido votar ?
O sistema electrónico tem falhado desde o primeiro dia. Toda a gente sabe. E, à português, foi-se deixando a coisa andar. O laxismo não dá só para faltar...

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Uma semana depois da falta de quórum, o hemiciclo até estava composto. O que deu para inflamar o "circo" a que se assistiu depois. Acusações de falta de seriedade, de querer ganhar na secretaria...o pior, para quem tenta, por estes dias, restaurar a honra perdida na praça pública. É que, depois de registados à mão os votos dos que diziam que não tinham conseguido votar, foram contabilizados 222. (No início estavam lá 204) "Mas o quórum é dinânimo. Pode ir para cima ou para baixo", justificou Jaime Gama que, desta vez, não mandou trancar as portas do hemiciclo...

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O PS vai propôr a suspensão do voto electrónico. Só agora ?
E o que se faz às votações que foram feitas, nos últimos anos, com o sistema electrónico que, conclui-se agora, não funcionava a 100% ? (Esta dúvida já foi levantada pelo PSD)
Que empresa montou este sistema ? É apenas um problema técnico ? Não há ninguém que o solucione ? (Há quem diga na AR que alguns deputados ainda não sabem trabalhar com ele)

Equilíbrio carreira-família: Tudo é relativo

Um membro mediático de uma certa empresa bebia copos com um grupo de jornalistas no dia em que a filha fazia anos. Essa empresa acaba de ser eleita a que promove o melhor equilíbrio carreira-família. Os estudos são sempre relativos…

"Não se justifica entrar em pânico"

Se os ministros não percebem do seu próprio métier, como poderemos exigir que percebam de outros métiers, como, por exemplo, a comunicação? Geralmente é precisamente em situação de caos e tragédia que as autoridades alertam para o pânico. Gritá-lo é legitimar o caos. Bom... De qualquer forma, neste caso, não havia forma de o escamotear.
Por que é que, por exemplo, os médicos têm direito à greve e os polícias não? É mais grave hipotecar uma ourivesaria do que a vida de uma pessoa?

quinta-feira

A Quaresma já acabou


"A luta entre o Carnaval e a Quaresma"

Parece que os deputados ainda não peceberam que a Quaresma já acabou e continuam em auto-flagelação. Só assim se percebe que, uma semana depois de terem sido obrigados a adiar uma votação por falta de quórum, tenham reincidido no disparate. Desta vez a bronca teve a ver com a aprovação da lei da paridade. Foram precisas duas horas e três contagens extra para a dita lei vencer, mesmo sem conseguir convencer.

Chegassem a horas

Paulo Portas foi um dos dois deputados do PP cujo cartão electrónico não funcionou na hora de votar a lei da paridade. Motivo: Portas entrou no hemiciclo já depois do quorum ter sido verificado e a votação ter começado, momento a partir do qual o sistema bloqueia.

Um atraso que não chegou para inibir o antigo líder do CDS. "Chegassem a horas" - guinchava Portas em direcção à bancada socialistas, enquanto o líder parlamentar do PS tentava deseperadamente convencer a posição e o presidente do Parlamento de que os deputados da maioria estavam na sala em número suficiente para aprovar a lei da paridade.

Fica por esclarecer se alguns deputados do PS não andarão a contar o tempo pelo relógio de Portas...

Café com Clooney


George Clooney é o embaixador da Nespresso. Segundo a empresa, depois de uma lista de outros actores e personalidades, Clooney foi o escolhido por ser aquele que melhor transmitia os valores da marca: requinte e prazer. Acho que se percebe porquê. A recente campanha de publicidade arranca em Portugal, já no próximo mês, e vai ser possível ver o actor em revistas, mas também na televisão. Por isso, estejam atentas! O filme publicitário está muito interessante... espero comentários!

O nosso azar anda por aí

... nesta cidade de Lisboa, com a política "troca-tintas" que encontramos em cada esquina. Explico:
O Casino era a contrapartida para um investimento que recuperaria urbanisticamente o Parque Mayer. O que é feito?
Há um placard a dizer - como uma dúzia de outros espalhados pela cidade -
"AQUI VAI NASCER UM PROJECTO DE...."
Obras, nem vê-las!

Infelizmente, este comportamento não é invulgar.
A Carris, que é uma empresa certificada (!nota-se, não é?) tem o hábito de colocar uns placards a dizer que, em breve, vai indicar nos mesmos placards os horários dos autocarros! Hoje, porém, numa paragem, vi um placard ainda mais engraçado. Assim:

"A hora dos novos
AQUI VÃO PARAR NOVOS AUTOCARROS
Carris"

As Slots andam por aí...

Por mim, bem pode aparecer um casino em cada quarteirão que não me chateia nada. Cada um sabe o que faz ao seu dinheiro. Ao que tem, ao que não tem e ao que gostaria de ter. O que me incomoda são os bastidores das negociações que trouxeram este Casino para a Expo. A propósito, Pedro Santana Lopes foi à inauguração ?

quarta-feira

Homenagem às meninas e mulheres da Cova da Moura


O futuro da Europa passa por cidades multi-étnicas, espaços que acolham toda a diversidade cultural. Porque a comunidade cabo-verdiana é uma das mais ricas em termos de práticas culturais - trouxe para Portugal o batuque, o kola de san jon, as mornas e coladeiras - para além da força de trabalho que construiu as nossas pontes, estradas e muito mais, já não era sem tempo que o Governo desse condições especiais de legalização aos cabo-verdianos que estão a trabalhar há mais de cinco anos em Portugal.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral.

Arriverdecci Silvio


Com 24 mil votos a menos se perdem umas eleições. O Supremo Tribunal confirmou a vitória da coligação de esquerda em Itália. E já só falta um da cimeira da Guerra nos Açores. Berlusconi não estava mas gostaria de ter estado.

Não esquecer

Faz 500 anos que, em Lisboa, - noticia-se - entre dois mil a quatro mil pessoas foram mortas num massacre 'oficial'. Eram judeus convertidos a 'cristãos-novos.
Pessoalmente desconhecia este caso, que aconteceu no estertor de um dos períodos mais negros da história da Humanidade.
Em abono da verdade, diga-se que os judeus têm sido perseguidos e chacinados em diferentes épocas e sob diferentes pretextos. Em abono da justiça, diga-se, não haverá hoje, no mundo, ninguém 'puro' na sua origem étnica ou cultural, em resultado, precisamente, da Expansão marítima e da Globalização. Em abono da civilização, é preciso ter memória e colocá-la em contexto.
Homenagear as vítimas desse massacre não pode ser um tardio acto de contrição, mas pretexto para pensar o presente.
Que sentido há em lutar por motivos religiosos, étnicos, ou culturais?...

Bibó Porto !

Cavaco Silva tinha dito, durante a campanha, que se fosse eleito daria uma atenção especial ao Norte. Pois bem...O Porto foi escolhido para as comemorações do Dia de Portugal. Uau !

Pior a emenda que o soneto

Um ex-líder parlamentar (Guilherme Silva PSD) diz que se o parlamento estivesse fechado na semana santa, nada disto tinha acontecido.
Um ex-deputado (Narana Coissoró CDS) diz que há acontecimentos, como o Benfica-Barcelona, que justificam a não marcação de votações...para que nada disto aconteça.
De facto, em dias de grandes jogos, os plenários são preenchidos com temas da treta e acabam cedo...mas, não há aqui um vício de raciocínio ? Não estão a ver a coisa ao contrário ? O problema não é dos deputados mas da Assembleia da República ?
O problema é que estão a falar a sério.

terça-feira

Dói dói










Estou cheia de curiosidade para conhecer as justificações dos deputados para as suas faltas de 12 de Abril. Que tipo de trabalho político irá Paulo Portas invocar naquela quarta-feira às sete da tarde? Terá a ver com o Congresso do CDS? E António Vitorino? E Manuel Maria Carrilho? A Câmara de Lisboa, talvez...
Jaime Gama já fez saber que quer justificações fundamentadas. Deixo uma sugestão: o melhor é os senhores deputados pedirem aos respectivos paizinhos um cartão endereçado ao senhor presidente da Assembleia da República a dizer que o deputado teve que sair mais cedo porque lhe doía a barriga ou tinha a testa quente. São estas as causas mais comuns para a falta das crianças ao infantário.

Para todos os pais

Esta semana li uma crónica que falava de dois miúdos, de dez e 12 anos, que todas as semanas vão treinar os neurónios, tal como treinam futebol ou têm explicações de matemática. E este exercício é tido pelos pais desses miúdos como uma condição essencial para “enfrentar a dura concorrência das sociedades modernas. E vencer!”. Ainda sou uma estreante no papel de educadora, mas esta nova actividade parece-me de uma violência brutal. Será que os miúdos percebem porque razão naquelas duas horas têm de exercitar o cérebro? Todos os pais querem o melhor para os filhos. Querem proporcionar o máximo de experiências possíveis, caindo muitas vezes no exagero. Há crianças que além da escola, dos TPC, ainda têm o ballet, natação ou ténis, as aulinhas de piano ou violino, sem esquecer as explicações necessárias. Sei que este post está longe de ser original, mas tenho mesmo pena das crianças. Onde arranjam tempo para brincar? Para pensar por elas? Para fazer parvoices? Para rir que nem malucos com os irmãos, primos ou amigos? Não faria mais sentido deixá-los respirar um pouco? Será que o cerébro não aprende no dia a dia com coisas tão simples como um passeio inesperado junto ao mar?

Porque tenho o maior respeito...

... por quem foi eleito por nós, para nos representar, fico triste quando ouço um senhor deputado - neste caso, Narana Coissoró - dizer que o plenário deveria fechar quando há jogos de futebol das competições europeias, para que não haja falta de quorum nas votações.
Tenha respeito pela Assembleia da República e pela Democracia, senhor deputado!

Novelas da vida real

A TVI está, neste momento, a transmitir em directo o funeral do actor dos Morangos com Acúcar. Com imagem de helicóptero e tudo. Este herói tinha 22 anos e morreu na estrada, na madrugada de domingo. Aparentemente, vítima de excesso de velocidade. Era ele que conduzia o automóvel que, num cruzamento, se despistou e foi embater num eucalipto. Era bonito e jovem. O JN até fez capa com ele. Há fotografias de romarias ao local da tragédia. Tudo chora. Ninguém fala nas campanhas de prevenção rodoviária.

Sem legendas




da natureza...
da condição humana.

O Katrina por
The Dallas Morning News

[The Pulitzer Prizes
em fotojornalismo]

Crash











Há preconceitos que se colam à pele, mesmo daqueles que recusam o racismo. Dizemo-nos tolerantes mas os actos, por vezes, não acompanham as palavras. Educação ? Dificuldade em lidar com a diferença ? Em explicar os problemas de todos ? Há muito tempo que não chorava tanto num filme...

Cinema em casa

- Só dou comida às mulheres. Elas tratam dos lares. Eles, das guerras.

in "O Fiel Jardineiro"

segunda-feira

Coisas de antanho

Há muitos anos, quando a Páscoa* se aproximava, as mulheres deitavam mãos às vassouras, aos baldes e ao sabão amarelo para fazerem as "limpezas da Páscoa".
As cortinas eram lavadas, as pratas branqueadas e fazia-se uma barrela com as as roupas de casa, que vinham com o enxoval. Depois, as casas cheiravam a cera...
Ser mulher era, quase sempre, sinónimo de ter como profissão "doméstica".
Isto foi há muitos, muitos anos...

*Páscoa: no período pré-mosaico, festa dos pastores nómadas pela chegada da Primavera; festa judaica que comemora a fuga dos hebreus do Egipto (pessach); festa anual dos cristãos, comemorativa da ressurreição de Cristo. [in Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa]

domingo

Mulher vs Cultura

"O que é que conta mais, a cultura ou o indivíduo ? A cultura ou a mulher ?" A questão colocada no excerto linkado pela Luísa levou-me a aulas antigas de Antropologia dominadas pelo ataque ao Etnocentrismo. Não me lembro, nessa altura, de polémicas conceptuais sobre o(s) papel(is) da mulher nas diferentes culturas mas retenho a ideia da supremacia de cada identidade cultural. Ninguém devia achar-se culturalmente superior ao(s) outro(s).
E agora, questiono eu, se no outro lado estiver em causa a dignidade humana ? Se a mulher fôr igual a nada ? Devo continuar a aceitar a diversidade cultural ? Acho que não e espero que a conceptualização antropológica do Etnocentrismo tenha mudado um pouco.

A dúvida jornalística do momento

Não têm escrito coisas contrárias ao interesse nacional, pois não ?

Mais sete palmos



Regressa amanhã, às 22h30, na Dois, uma das melhores séries dos últimos anos. Histórias de vivos e mortos onde nem sempre é fácil distinguir quem está de que lado da barricada. Esta segunda-feira servem-nos o aperitivo. Na próxima semana, então, será a sério.

Condição feminina em livro negro

"Le livre noir de la condition des femmes", dirigido e coordenado pelas jornalistas Christine Ockrent e Sandrine Treiner é, nas suas quase 800 páginas, provavelmente o mais exaustivo levantamento da condição da mulher pelo mundo.
Este livro negro da condição das mulheres foi agora lançado pela XOEditions: a editora fornece excertos on line e os direitos de tradução já foram adquiridos para Portugal pela Bertrand.
"Através deste livro, cada uma de nós tem a ocasião de aprender o que ignora, de descobrir o que não pode ou não quer ver, e de participar no combate por um mundo melhor", explica Christine Ockrent sobre a obra que conta com 40 colaborações, sendo os testemunhos agrupados nos cinco capítulos temáticos: Segurança, Integridade, Liberdade, Dignidade, Igualdade e, em anexos, reúne ainda Proclamações, Declarações da ONU e instrumentos jurídicos sobre a não discriminação...

[Para nós, mais ou menos instaladas num mundo desenvolvido, onde se discutem guerras, quotas e a conciliação de carreira com a vida familiar, há toda uma realidade desconhecida.]

Nadar pode ser a melhor coisa do mundo

A ver a bola...


...no Estádio com a melhor vista de Lisboa.

Belenenses 3 - Vitória de Setúbal 1

(Porque há um holligan em cada um(a) de nós...)

sábado

Elas não podem

Conversa de esplanada apanhada na mesa do lado:
-"Eles saem imenso. Costumam ficar em casa um do outro."
-"Ok, os pais dele eu entendo, agora, os pais dela..."
-"Eu também não percebo. Alguma vez... se eu tivesse uma filha...nunca deixaria...nem pensar."

Eram três rapazes e uma rapariga. Ela permaneceu calada. Todos tinham 17-20 anos.
Assustei-me com o que ia naquelas cabeças.
Eles podem. Elas não.
É muito difícil mudar mentalidades de género.

Ainda a tempo de colidir


Já está disponível em DVD e ainda continua em exibição nos cinemas. "Colisão" é um filme de encontros rápidos, brutais. Uma sugestão um pouco tardia. Mas mais vale tarde que nunca.

Declaração de amor urbano




... a Lisboa, com menos gente, menos tráfego, menos barulho, menos confusão...
Lisboa antiga, Lisboa hoje. Vista de cá, vista de lá do Tejo. Lisboa... de Cesário Verde e Ary dos Santos .

Solidariedade de Jorge

João Gabriel aceitou o convite para ser adjunto do presidente da Amorim Turismo, Jorge Armindo (noticia o Expresso).
Depois da embrulhada em que se meteu, convencido de que iria para uma representação diplomática no estrangeiro, o ex-assessor de imprensa do Presidente Sampaio, não vai precisar de ser caixa num hipermercado, nem trabalhar na construção civil. O pior que lhe pode acontecer é acabar recepcionista de hotel... Ainda bem!

sexta-feira

Aquele verde


A cor verde pintada de memória, recuperada à infância do nosso quarto.
Neste teatro, em Londres, todas as áreas das janelas estão pintadas do mesmo tom de verde, embora as tintas sejam todas diferentes. Uma é óleo, outra acrílico, outra tinta de água e a última é a que habitualmente é utilizada pelos miúdos na escola. A primeira parte do trabalho já está feita. Agora, é só esperar que a luz solar faça o resto. Daqui a seis meses, a luminosidade já deteriorou alguns pigmentos e é altura de fazer nova sessão fotográfica. E daqui a um ano, a cena irá repetir-se. Um trabalho de arte pública da artista portuguesa Sónia Almeida.

Muffins Highligths...


Hoje de manhã estive a fazer muffins de chocolate. Ou melhor, limitei-me a misturar a massa e coloquei-os no tabuleiro para ir ao forno. O aspecto, como podem ver, é delicioso e o melhor de tudo é que são lights!!! Pelo menos, é o que promete a embalagem da Cadbury. 100 calorias, 10 gramas de açúcar, 3 gramas de gordura... por muffin! Enfim, hoje já se inventa tudo... mas não há nada como a receita tradicional, claro!

Verdadeiros pecados