terça-feira

Até amanhã !

Parque de pedra

É um dos grandes orgulhos do presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Chama-se Parque dos Poetas. A 2ª fase começou logo pouco depois do Sr. Isaltino Morais ter ganho as eleições que é para, mais tarde, vir dizer que cumpriu os prazos. Para quem não conhece, o Parque dos Poetas fica perto da rotunda a quem chega a Oeiras pela auto-estrada. Tem árvores - poucas e ainda pequenas (ao ponto de não fazerem sombra) -, tem relva, banquinhos, um parque infantil, fontes, e muitas, muitas estátuas valiosas. Como já tem 'poucas' estátuas, Isaltino Morais já fez saber que terá mais 30. Bem, mas o que está agora em construção é a segunda fase do parque. Um gigantesco descampado - onde todas as pessoas com cães iam passear e brincar com eles - está a ser transformado na continuação do parque. Como passo por lá todos os dias, fico cada vez mais espantada. Então não é que estão a fazer uma mega estrada de pedras soltas? Ou seja um caminho de pedra, mas inacessível... ou seja, é apenas um projecto de arquitectura paisagística. Não sei como se gasta dinheiro a fazer aquilo e que propósito irá servir. Visto do ceú deve ser engraçado... mas segundo li no Boletim Muncipal, a ideia é que à volta desse caminho de pedra existam apenas girassóis... E eu pergunto-me: quem é que quer um jardim assim? Para ser visto do espaço? De que forma servirá as pessoas? Abomino aquele projecto... não vejo qual a piada daquilo e quem ali vive ficará sem grandes alternativas para ir com os cães. Sim, porque o parque dos Poetas é interdito a cães!

Mãe

Dei por mim deitada na cama a pensar na palavra “mãe”. De como é tão bom ter uma mãezinha, sobretudo quando essa mãe é a pessoa mais importante na nossa vida. Uma mãe que pensa em nós todos os dias, que nos melga quando não nos apetece, que se for preciso nos faz canja de galinha, que nos diz as palavras certas mesmo quando pensamos que ninguém imagina o que vai na nossa cabeça. Que nos diz com a maior naturalidade do mundo: “essa camisa não te favorece”, que é uma farmácia ambulante, que se antecipa nos gestos, que está sempre ali ao alcance de um telefonema… Bem sei que ainda falta muito para o Dia da Mãe, mas apeteceu-me!

PS à querida Luísa: Tens razão, estas gajas não falam de sexo, do Chico, de sandálias Prada… uma vergonha. Sei que tenho estado “desaparecida em combate”, mas prometo voltar com mais regularidade à escrita aqui na escola. Nunca gostei de ter negativas!

O dia em que conheci Hannibal

O estado de Oregon tem dois milhoes e meio de habitantes. Ha dez anos, fechou o seu unico hospital psiquiatrico. Porque os doentes tinham mais possibilidades de cura se fossem integrados nas comunidades. Porque os hospitais gerais iam passar a ter uma ala para doentes mentais. Mas porque nao havia dinheiro, nada disso aconteceu. Resultado: os "loucos" estao todos na cadeia. Uma cadeia feita para 400 presos, tem 700. Quase todos sofrem de perturbacoes mentais. Atras dos grossos vidros que substituem as grades, olham-nos, olham-me com olhares vazios, olhares furiosos, olhares de gozo. O mesmo olhar de gozo com que Hannibal olhava Clarice. Por detras de um vidro grosso. Nao sei se a prisao de Portland encerra algum canibal. Acho que nao. Mas o olhar....

Congeminações com os botões da Luisa

Sexo: Privado
Engates: Um chega
Poesia: À vontade do freguês
Criancinhas: Estão a dormir
Lesbianices: Elas lá sabem
Chico: Já tenho bilhete
Sandálias Prada: São muito caras
Causas fracturantes: Não assino, logo, não posso comprar sandálias Prada
(des)amores: Fica para nós

PORTANTO, AGORA, TOCA A POSTAR. PARECE QUE ESTÁ TUDO NA DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO DE ESTADO EM COMISSÃO ! É PRECISO ULTRAPASSAR A CRISE !!!

segunda-feira

Cada um luta com que o que tem à mão

Recebi hoje na caixa de correio (eu e os meus vizinhos) a revista municipal Outubro 2006 de Cascais (na linha é assim, não há cá boletinzitos informativos, é logo uma revista de 67 páginas "a fim de não estabelecer concorrência com os diversos orgãos locais de comunicação social" explica o presidente da Câmara).
Estando as autárquicas tão longe, não percebi. Folheando a publicação, encontrei só fotos e pequenos textos de "grandes projectos", obras já feitas, outras que toda a gente sabe estão a ser feitas ou pensadas, inaugurações e feiras, "eventos em destaque"... Portanto, a câmara de Cascais pagou para mostrar aos munícipes distraídos o que andou a fazer no último ano.
Aqueles que têm pachorra para ler a mensagem de António Capucho na página 3 conseguem entender o aparecimento da revista que cá em casa só ainda não foi para o lixo porque eu não quero errar as citações.
Eis o momento:"Um futuro que esperamos não seja aquele a que o Governo parece querer condenar as autarquias através do recuo da descentralização para os órgãos de poder local que estão mais perto dos cidadãos e melhor podem prosseguir certas competências, mas essencialmente pela via da proposta da Lei das Finanças Locais, que asfixiaria financeiramente as Câmaras e funcionalizaria os seus eleitos. Temos ainda a esperança de que esses propósitos sejam corrigidos em ordem a obtermos os meios indispensáveis para prosseguir o desenvolvimento sustentado das nossas autarquias, sem deixarmos de contribuir para o esforço nacional de racionalização das contas públicas."
Haverá ministros com casa em Cascais que serão sensíveis a isto (mas primeiro têm de abrir a revista...) ? Estamos já a ser preparados para a(s) obra(s) que não vai sair do papel ? Quando receber outra, aviso.

Congeminações com os meus botões

Às vezes penso se isto não deveria ter um ponto final: um blog de gajas onde não falam de sexo, nem de engates, nem de poesia, nem das criancinhas, nem de lesbianices, nem do Chico, das sandálias Prada e raramente de causas fracturantes, nem sequer dos seus (des)amores?!?
Enfim!... Reconsidero e, por mim, cedo quotas sem trespasse à Susana, que ainda é a rapariga mais produtiva e com menos hiatos. Ela sim, justifica audiências e diz coisas acertadas - e tem carradas de razão para mandar SMS a perguntar: "Então, não postas nada?"
Nós outras - falo por mim - ou viajamos ou andamos sempre cheias de stress - e sabemos que afazeres são o que não falta à Susana! Tanto assim é que, de vez em quando, vamo-nos abaixo, ...não é ---?
E quando não é o trabalho, são os problemas domésticos, pessoais ou transcendentais que não deixam postar...
Por isso, sem mágoas o digo: já que nos baldamos à escola, fiquemo-nos pelos almoços e jantares - podem ser em piquenique, pois o que conta são as comensais.
A menos que se dê uma volta ao estilo...

São muito bons



Entrei há pouco tempo no mundo do Teatro Infantil de Lisboa mas desde o excelente "D. Quixote", há dois anos, o TIL tornou-se programação obrigatória no Outono cá de casa.
Este ano "A Flauta Mágica" já foi aplaudida de pé.

(Apesar do D. Quixote continuar no topo das preferências...)

domingo

Meter a mão no bolso...

... não na consciência.

É significativo - do estado da nossa civilização? -que um simples exercício de cidadania, como é a eleição do Presidente da República no Brasil, se resuma a:
"a ética ou o bolso?" (como dizia a correspondente da SIC)
E o bolso - como quem diz, uns dinheirinhos para o pessoal - ganha sempre.

Ter consciência social 'obriga' a não ter ética?
Não creio.

Hoje é o dia do Senhor

Mark Ruffalo, 38 anos, actor norte-americano de ascendência italiana, casado, dois filhos,... também faz parte daquele grupo de artistas que costumam dizer mal de George W. Bush.
Há anos que não deslinco dele, mesmo quando é uma ameaça para a encantadora Meg Ryan "In the Cut", mas também em "We Don't Live Here Anymore", "XX/XY", "My Life Without Me", "Rumor Has It...."

sábado

Tanto nos separa



Enquanto nós ainda andamos a discutir as quotas e a entrada feminina nas listas partidárias, as espanholas questionam a ausência das mulheres no primeiro lugar das candidaturas. Num artigo da edição de hoje da revista do El Mundo (a responsável é a Luisa, sim, comprei e rendi-me. Não há cá nada assim), questiona-se, a partir das eleições na Catalunha, a ausência das mulheres no topo da corrida. O PP pôs uma independente no 2º lugar, os outros lembram-se delas a partir do 3º."Es fruto del todavía escaso peso de la militancia femenina, o es que aún hay sillones inaccesibles para ellas?", questiona a revista. A socióloga Margarita Rivière afirma que "el público está preparado para una mujer presidenciable, es la clase política la que no lo está."

Quando é que este debate chegará a Portugal ?

Recomendo vivamente o artigo e fixo outra declaração. A de Montserrat Nebrera, a independente que o PP apresenta no 2º lugar, sobre a diferença entre homens e mulheres : "Para nosotras, es más importante gestionar bien que aparentar que mandas. Parece que esté en la mentalidad de una mujer trazar el camino y dejar la aparencia a otros." Nem mais !

É preciso ter lata

A JSD Lisboa lançou uma campanha com o slogan:
"Geração Recibo Verde… Não Obrigado!"

Ora... é preciso ter lata porque há mais de vinte anos que os recibos verdes se "instituiram"; por acaso também comecei a trabalhar com eles, sem outra alternativa durante uns quantos anos - o primeiro-ministro era Cavaco Silva e o governo era do PSD...

Help!

O meu "grupo excursionista" inclui alguns politicos, sobretudo da Europa Central. Quando falamos da politica portuguesa, eles insistem em perguntar qual a diferenca entre o PS e o PSD. Tenho tentado explicar, mas nao tem sido facil. Aceito contributos. Obrigada.

sexta-feira

O tempo vai passando e...

No encerramento da campanha para a reeleição de José Sócrates, ontem, no Pavilhão Atlântico (sem manifestações por perto), Jorge Coelho elogiou o primeiro-ministo por, entre outras coisas, não se esquecer do partido. Coelho sublinhou as viagens que o secretário-geral do PS fez pelo país para apresentar a sua moção, iniciativa inédita de um candidato sem opositores que acumula a chefia do governo. António Guterres não estava lá, não ouviu...

Uma observadora atenta

Certeira, Ana Sá Lopes, hoje, no DN : "Como qualquer observador atento já reparou, o Governo em funções é um Governo de coligação entre José Sócrates e António Costa, que partilham alguns ímpetos autoritários, a cumplicidade geracional, o horror aos "históricos" e uma noção apurada do socialismo pragmático."

Ao vivo e a preto e branco

E inevitavel. A qualquer hora do dia ou da noite ha sempre um canal de televisao que transmite, live ou on tape, um julgamento. Os americanos adoram julgamentos. Diz-se por aqui que a culpa e da CNN, a primeira a transmitir em directo um julgamento, o do caso O. J. Simpson. Nao me parece. Otto Preminger e outros grandes realizadores fizeram filmes extraordinarios sobre julgamentos. A culpa - digo eu - e do sistema de justica americano. Assisti, em Pittsburgh, a uma sessao do julgamento de um caso de violacao. O advogado de defesa confrontava a vitima - uma mexicana meia idade - com contradicoes nos depoimentos. A mulher tremia. O advogado, implacavel, prosseguia com detalhes que deixo a vossa imaginacao. A acusacao esbracejava protestando enquanto o juiz, reclinado, ia dando razao ora a um ora a outro. A esquerda, os jurados - todos brancos - seguiam a historia com ar divertido. A direita, os familiares do reu - todos pretos - vocifravam contra a vitima. O juiz mandava-os calar e o espectaculo continuava. Estou ansiosa para ver o proximo episodio.

quinta-feira

Igreja agnostica

Os Estados Unidos sao provavelmente o pais mais religioso do mundo. Menos de cinco minutos depois de comecarmos a falar com alguem ficamos logo a saber a que igreja pertence. Um destes dias, visitei uma comunidade islamica. Inevitavelmente, o 11 de Setembro monopolizou a conversa. O ima fez o que pode para nos convencer de que nao existe, neste momento, na America, qualquer preconceito relativamente aos muculmanos. "Alias, desde o 11 de Setembro o nosso dialogo e com as outras igrejas intensificou-se". Igor, um croata, questionou-o, entao, sobre as relacoes com outros sectores da sociedade. "Qual e a sua igreja?" - perguntou o ima. "Sou agnostico". "Com os agnosticos nao temos grande proximidade" - confessou o ima - "nao tem igreja".

Mania das grandezas

Ha muitas coisas estranhas nesta America que nunca conhecemos enquanto turistas. Ate agora, a mais estranha de todas, para mim, e a forma como os americanos aparentemente aceitam a fraude eleitoral. Em duas semanas, ja conheci umas boas dezenas de americanos e nenhum, nem um para amostra, votou Bush. Mas ha mais. Excepcao feita a uma professora universitaria que tem um irmao que antigamente apoiava o presidente (agora tambem ja nao apoia) ainda nao conheci ninguem que tenha um parente, um amigo, um colega de trabalho ou mesmo um vizinho que esteja ao lado do pobre W. Ora, o homem e presidente. Aparentemente foi eleito. Por quem? E verdade que em Portugal ja tivemos um fenomeno parecido, no final da era cavaquista, da primeira encarnacao, mas aqui e demais. Estes americanos tem mesmo a mania das grandezas.
PS: parece que fui alvo de uns comentarios jocosos sobre a falta de acentos destes posts. Coisa feia a inveja!!!!

Terríveis e desastrosas contradições

A propósito das trapalhadas recentes do governo, retenho a crónica de hoje de Paquete de Oliveira no JN e uma ideia: "A transparência é uma exigência da democracia. Mas essa transparência não acaba nas leis que a prometem. Comprova-se, sobretudo, nos actos. A transparência é condição para o funcionamento de uma democracia mediática. Não se trata de esconder os factos. É preciso é explicá-los de outra maneira. Convincentemente. Sem espalhar a desconfiança que cai sobre tudo e todos."

quarta-feira

Até onde deve ir a cumplicidade entre jornalistas e políticos?

O tema não podia ser mais importante para o futuro do país: o orçamento de estado para a Ciência e Ensino Superior do próximo ano. A sessão parlamentar da Educação começou às seis e já la iam três horas de pingue-pongue entre Mariano Gago e os deputados. Não sei quem me causou mais perplexidade se os deputados que queriam dar a conversa por terminada porque estavam na hora do Jantar, se o ministro da Ciência que só respondeu às perguntas que lhe interessavam, deixando muitas respostas por dar... quer aos deputados ... quer aos jornalistas (apesar de uma cumplicidade/disponibilidade total aparente que tenta fazer passar juntos dos jornalistas que reconheço tem um efeito desarmante).
Afinal ninguém tem que prestar contas de nada?
Mas a verdadeira pergunta é: até onde deve ir a cumplicidade entre jornalistas e políticos?

PS: Ou será, como alguém disse, que todos os jornalistas não passam de políticos frustrados e os políticos não passam de jornalistas frustrados.

Senhores ouvintes

Em resposta a Manuel Pinto no blog Jornalismo e Comunicação, Eduardo Cintra Torres afirma que "a situação na Lusa e na RTP tem de ser permanentemente acompanhada no espaço público. Considero que as técnicas de propaganda se exercem de forma muito acentuada nestes dois órgãos." Ora, sendo aqueles dois órgãos públicos, o terceiro, nunca referido pelo comentador, está de parabéns. Refiro-me naturalmente à RDP. Ou então há outra leitura possível. A Rádio já não interessa a ninguém, nem mesmo a estudiosos que não gostam de assobiar para o lado.

Há ideias que têm de ser partilhadas

O maior problema da sociedade portuguesa é o da auto-educação. Falta-nos a capacidade de criar valores, de ler o mundo. Passivos, optamos pelo "andar a ver andar os outros". Esquecemo-nos de que somos nós que criamos a nossa vida. Esperamos que tudo nos caia do céu. Desiludidos, nem conseguimos identificar os obstáculos e os problemas, que não são resolvidos por não chegarem a ser equacionados.
Eduardo Lourenço soltou este diagnóstico, de forma natural, à saída da conferência da Gulbenkian sobre a crise de valores. Durante 20 minutos falou com os jornalistas que questionaram a responsabilidade dos políticos. Resposta: Eles hoje não são filósofos, como no tempo de Platão, são gestores da realidade mais imediata. São também filhos da depressão, não são mais culpados que os outros, todos são responsáveis, os eleitores também na medida em que são eles que os escolhem. Não é uma banalidade mas uma conquista. Um dos problemas da Democracia é essa tendência desresponsabilizante.
Só uma educação responsabilizante consegue fundar uma escola de liberdade e não de passividade em que cada um cria o seu sentido de vida e não o entrega a Deus.

Ainda a propósito de religião

Para Eduardo Lourenço a despenalização do aborto não é uma questão moral mas sim prática. É um problema urgente de ordem social que não deve convocar razões racionais ou religiosas. O aborto em si é uma tragédia mas a criminalização das mulheres é um absurdo porque não há valores de ordem transcendente que a justifique.

Timor-Leste, again

Voltam a Dili episódios de violência. Confrontos, mortes, insegurança... a juntar à pobreza e à miséria que já lá estavam.
Qual a nossa quota parte de responsabilidade nisso tudo?

terça-feira

Novas injustiças

Ainda dizem que em Portugal não se pensa em voz alta. Como não há fome que não dê em fartura, ora tomem lá duas conferências no mesmo dia. Esta do Diário Económico promete numa manhã "Pensar Portugal". Esta da Gulbenkian discute até sexta-feira "Que valores para este tempo ?". Prefiro a segunda. Sem a presença de ministros, o acompanhamento mediático pode estar comprometido. O Presidente da República levará certamente toda a gente à sessão de abertura mas será curioso ver os media que lá deixarão um jornalista em permanência.

O que conta é aparecer

Diz-me quem esteve ontem no centro de saúde do Lumiar com Marques Mendes que o líder do PSD anunciara que nos dias seguintes iria centrar-se no tema da Saúde. Mas a visita de hoje do presidente social-democrata foi à Conservatória do Registo Civil de Lisboa...

Somos mesmo 'muito à frente'

Ele foi o nosso primeiro Senhor, no dia deles... E, se dúvidas houvesse, tínhamos mesmo razão.
George Clooney é o homem por excelência!!!!!! (isto somos nós as seis a rejubilar, aos gritinhos...)

Como se lê na notícia do El País..."os leitores da AskMen.com elegeram os 49 mais genuínos representantes do género masculino" e Clooney é o HOMEM por excelência deste início de século.

[enfim, sempre me parece que assim a espécie masculina sai um pouco beneficiada...]

Injustiças

O irmão é artista plástico e expôe, a partir de sexta-feira, as suas obras em Grândola.
A mulher dá, esta manhã, uma aula-conferência "A minha casa é o mar" dedicada a Sophia de Mello Breyner Anderson.
Quem é que ainda tem lata de dizer que esta família não vive para a cultura ?

Violência

Lucia Sousa tinha 20 anos e dois filhos - de 4 e 2 anos. Foi morta no domingo pelo ex-companheiro, de 29 anos.

Isto vai ser bonito

Na caixa de comentários sobre Um PM fará a diferença ? o RPS escreveu:

Como estou a cagar para o tema, se votasse, a minha única motivação era lixar o Sócrates, ou seja era votar NÃO. E um dado é certo: por isso, era engraçado que vencesse o NÃO. Só por isso. Pelo resto, não sei. Não há pachorra para a temática.

Copiei por achar que ele não é o único a pensar assim. Quantas pessoas tenderão a transformar o referendo num teste eleitoral ao governo ? E o próprio governo ? E a oposição ?

segunda-feira

RSI, RSI, RSI

E quando um Primeiro-Ministro faz um discurso de mais de 20 minutos sobre a Inclusão para aqui, a Inclusão para ali, a obrigação moral do Estado de promover políticas activas de Inclusão, o Plano Nacional de Acção para a Inclusão, etc, etc e no momento de apontar a importância de um instrumento para essa Inclusão, não consegue acertar na sigla?
Se estiver a falar para uma plateia de especialistas em Inclusão, causa um enorme burburinho na sala. Eis a pérola:"Neste último ano é sabido como o governo tem desenvolvido a matéria que diz respeito ao Rendimento de...de...Mínimo Garantido, agora chamado Rendimento de Reinserção Social ... (pausa...a mesa onde se encontra o ministro Vieira da Silva tenta ajudar...)... perdão...de Reinserção... Social, disse bem...Mas esse Rendimento de Reinserção Social..."
(Ao que consta o dito prefere que o tratem por Rendimento Social de Inserção)

Putin, o troglodita

“He turned out to be a strong man, raped 10 women”, declarações de Vladimir Putim, presidente russo, sobre o presidente isrealita. Uma frase dita em russo apanhada pelos jornalistas que o acompanhavam.
A polícia israelita afirmou domingo que o presidente Moshe Katsav pode ser condenado por violação e assédio sexual de várias mulheres.
Espero que os dois tenham a dignidade de se demitir…

Um PM fará a diferença ?

Sobre o referendo ao aborto: pensando no que aconteceu em 1998, hoje só acredito na imprevisibilidade do resultado.
E uma posição vincada do Primeiro-Ministro sobre a matéria, é ou não determinante para a construção desse resultado ?

domingo

Isto não é normal

Este homem já foi Primeiro-Ministro de Espanha.

O Dia do Senhor














Rodrigo Santoro, actor. Para quem gostou de o ver em Abril Despadaçado, em 2001, o regresso agora nos novos episódios de Lost.

sábado

Projectos de sábado


Pensar no arroz de pato de amanhã e nos scones...

sexta-feira

Projectos de 6ª

Gaja que é gaja aprecia uns trapinhos. No mínimo.
Há, em Espanha, uma série de lojas a fazer um ano de vida, com o curioso nome Friday's Projects . O lema é "we select, you choose" e a proposta inclui, justamente, "5 days to be Friday(*)"

(*)aposto que esta ideia deixaria uma grande maioria bem disposta!

Os Abramowitzs desta vida

Michael Abramowitz e o correspondente do Washington Post na Casa Branca. Ontem, num jantar conferencia, falou sobre as eleicoes intercalres de 7 de Novembro, mas sobretudo sobre as presidenciais de 2008. "A America esta preparada para ter uma mulher como presidente?" - perguntei. Abramowitz torceu-se um pouco. "Esta a referir-se a uma corrida entre Hillary e Condoleeza? That would be something to watch". Por outras palavras, o que o correspondente na Casa Branca de um dos jornais mais influentes do mundo quis dizer e que isso seria "um ganda espectaculo". Sentada ao meu lado, mulher, Susan, contava-se como deixou um cargo importante num jornal de Baltimore para vir com o marido para Washington onde trabalha agora numa revista local. Bons horarios, nao tem que viajar. Pode tomar conta da filha de 7 anos. Micheal, aparentemente, esta muito contente com o seu novo posto (comecou ha cinco meses). Melhor so mesmo que acontecesse essa "situacao folclorica" de ter duas mulheres na corrida a Casa Branca.

Quando o Porto é uma nação

Estando em Trás-os-Montes dá-me vontade de rir quando a Rádio noticia as filas na Pimenteira e no Alto da Boa Viagem. Já me aconteceu estar em bicha para entrar em Mirandela (imaginem!) e saber dos problemas de trânsito em Lisboa. Relativizo. Mas quando um noticiário de uma rádio nacional abre de manhã com "os-ocupantes-do-Rivoli-que-vão-ser-ouvidos-pelo-juiz-mas-que-ainda-não-estão-a-ser-porque-o-advogado-está-atrasado-por-ter-tido-um-acidente-na-auto-estrada" não alcanço o problema da nação. Relativizo ou vou viver para o Porto ?!

Um post nada isento

A Assembleia da República aprovou ontem um voto de pesar pela morte de Manuela Rebelo. No minutos de silêncio, os jornalistas levantaram-se associando-se à homenagem. Na bancada de imprensa, o gesto foi natural e automático. Aquele lugar era também o dela.
O problema é que não é hábito os jornalistas associarem-se aos votos do Parlamento. Considerando-os como iniciativas políticas, a maioria opta por sair do hemiciclo ou se está em directo continua a trabalhar, o que é muito mal visto pelos deputados e membros dos gabinetes. Ontem, um deputado socialista, membro da direcção do PS, não resistiu e quando terminou o plenário dirigiu-se à bancada onde ainda se encontravam algumas jornalistas e exclamou ironicamente "então, hoje, levantaram-se...". É sempre bom ver para onde pende a sensibilidade dos outros, para mais quando não são uns outros quaisquer. Como dizia o texto lido pela secretária da mesa da AR, o funeral da Manuela estava a decorrer naquela altura, mas havia quem estivesse mais preocupado em ver se nos levantávamos ou não.

quinta-feira

Monet


Uma pintura para descansarmos os olhos e o pensamento... de tudo aquilo que nos deixa tristes.

Comentários para quê

Um dos argumentos do deputado do CDS - PP, Nuno Melo, no Parlamento para dizer não à despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG): "Não é ainda direito inerente à barriga de quem quer que seja, até porque essas barrigas são o que menos nos importa".
Sem comentários...

Nem com o Brokeback Mountain...

A America e a terra dos cowboys. Isso toda a gente sabe. Mas e assustador, pelo menos para mim, que em pleno seculo XXI mais de quatro milhoes de pessoas paguem 35 dolares por ano a uma ssociacao para defender o direito de ter armas, metrelhadoras, misseis(?). Como e possivel que os americanos confiem num governo que os levou para a guerra argumentando que o pais que iam invador tinha armas muitos perigosas que nunca ninguem viu (porque nao existiam) e nao confie no seu governo para proteger o seu carro ou a sua casa? Como e que nao aparece ninguem a defender, pura e simplesmente, que ninguem deve ter armas em casa? E depois sentem-se os maiores filantropos do mundo.... Estes americanos sao loucos.

Uma tristeza imensa

Durante quatro anos a Manuela deu-nos uma lição de coragem. Ninguém sabia onde é que ela ia buscar tanta força mas arranjava-a sempre. Desde que soube que tinha um cancro, só os tratamentos e as passagens pelo hospital a afastavam do trabalho e de nós. Durante semanas, mesmo com febre ao fim do dia, lá estava a Manuela no parlamento ou na rádio. Às vezes nem o dizia. Nunca se queixava. Sempre impecável no vestir e na maquilhagem. Quem não soubesse nunca adivinharia o que o corpo não mostrava.
A Manuela nunca se rendeu à doença. Ela queria viver e espalhava essa energia por todas. Lutou sempre mas o cancro foi mais forte.
Manuela Rebelo era jornalista da editoria de política da Antena 1. Tinha 42 anos. E uma força enorme de que não nos esqueceremos.

quarta-feira

O seu a seu dono

Nao e facil encontrar um computador acessivel ao publica nesta terra do Bill Gates. Nao sei qual e a percentagem de americanos que tem computador ou que esta ligado a rede. Deve ser alta, imagino. Mas como tudo mais nesta "land of oportunities" quem quiser computador que o compre.

Boa viagem tambem para ti, amiga

Esta e a primeira vez vez que escrevo desde que cheguei aos Estados Unidos. Infelizmente, num dia triste. A Manela escondeu-se, cansou-se, foi-se embora. A ultima vez que "falamos" foi sabado, via sms. Ela desejava-me boa viagem. Prometeu que ficava a espera do relato. Nao ficou. Vou ter saudades.

A não perder...


A não perder a 18 de Novembro às 21h00 no CCB. Considerada a "Billie Holiday dos anos 90", a cantora Madeleine Peyroux vai estar em Portugal.
(Dedicado a quem me deu a conhecer esta pérola da música)

terça-feira

Não se metam onde não são chamados

"A Igreja Católica vai indicar claramente aos fiéis qual deve ser o seu sentido de voto num eventual referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, cuja proposta será discutida no Parlamento na próxima quinta-feira. «Depois do dia 19, veremos qual é a posição do Parlamento e, a partir daí,não deixaremos de conduzir os fiéis, com uma palavra muita clara de qual deve s er o sentido do seu trabalho nestes próximos tempos», disse, em Fátima, o secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo. A Igreja no seu melhor....

Aborto

"Nós estamos sempre a pensar nisto, vida humana, não vida humana, ser humano, não ser humano e eu digo: e o que é que a sociedade portuguesa, o Estado, a Igreja e os familiares pensam quando uma mulher grávida de 10 semanas aborta espontaneamente no quarto-de-banho ? A mulher chama os bombeiros para ir buscar no fundo do cano de esgoto o ser humano que se perdeu ? Quando num acidente de viação morrem os passageiros que vão dentro do carro e uma das mulheres está grávida de 10 semanas o que é que dizem os nossos jornais ? O carro estampou-se, morreram os cinco ocupantes. E o feto ? E o embrião ? Não existe. "

"Sendo os homens, na grande maioria das vezes, os responsáveis pelas gravidezes não desejadas, como é possível a uma sociedade esquecer-se dos homens e penalizar as mulheres ?"

Albino Aroso na conferência "Saúde sexual e reprodutiva da Mulher"

segunda-feira

Casais modernos

Tive pena de não ter uma máquina para vos mostrar os fotógrafos, esta tarde, no CCB, atrás da f. A notícia do Expresso teve a ironia de arrastar para uma conferência sobre "Saúde sexual e reprodutiva da Mulher" fotógrafos como Rui Ochoa e revistas como a Lux e grupo Impala. A Sic e a TVI só entraram na sala quando começou o painel comentado por Fernanda Câncio. A RTP (honra lhe seja feita) esteve lá desde o início. E o que aconteceu ? Ou esperam pelo 24 Horas de amanhã ou continuam a ler isto...

O jogo do gato e do rato

Quando acaba o seu painel, f. sai da sala. Um multidão de fotógrafos segue-a e pára na entrada a olhar para baixo (à espera de Sócrates ?). A f. desapareceu. Eu, que não quero saber da f., vou até à casa-de-banho. Quem é que lá está ? A f., claro. Os fotógrafos entretanto já deram por isso porque quando eu saio da casa-de-banho, zás...flashada. Faço pose mas percebo que erraram o alvo (reconheço que é sempre bom em qualquer arquivo ter uma figura pública a sair da casa-de-banho...) Entretanto, chega Sócrates. E f. na casa-de-banho. Sócrates entra na sala e nada de f. Começa a sessão de encerramento e f. entra pela porta dos fundos, utilizada pela malta do som/jornalistas de cabos. É junto a essa entrada que estão sentados alguns jornalistas. f., que conhece alguns, senta-se aí mas rapidamente é descoberta pelos fotógrafos. Um não resiste e trás ! Quando Sócrates acaba de falar f. é a primeira a sair pela porta dos fundos. A foto de casal não existiu. Não por f. ter tido tempo para sair (quando escapou pela porta dos fundos ficou num corredor dessa área à espera que o caminho ficasse livre) mas por entretanto Sócrates ter abandonado o CCB. Eu depois fui-me embora. Não sei se f. já saiu...

As visitas do roteiro presidencial

...têm contornos curiosos, como já tinham quando Aníbal Cavaco Silva era 'inquilino' em São Bento. Num outro blog encontra-se o enquadramento da visita "perfeita" a uma escola dos arredores de Lisboa. Tratava-se do Roteiro para a INCLUSÃO, não era?

Fechados para a realidade

Será que a Igreja e os seus padres ainda não perceberam que estão fechados para a realidade… e que assim não vão durar muito tempo. Nas últimas duas semanas, por causa da morte da minha avó, dei por mim em duas missas por respeito a quem morreu porque aquela era a sua convicção.
Eu sei que estava no norte do país…mas:ouvir o discurso que todos somos pecadores, inclusive quem acabou de morrer; que o divórcio não faz sentido porque o que deus juntou o homem não pode separar; e que é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus, para depois ver o padre fazer passar bandejas de prata a recolher moedas e notas de quem estava na missa de sétimo dia para os cofres da igreja. Tenham juízo e coerência!

Encontros Perfeitos

Gosto do café e gosto da publicidade que a Nicola fez para Outubro, ainda sob o mote "Encontros Perfeitos". A campanha está na rua, com três anúncios diferentes, qualquer um deles com mensagens curtas e de impacto fortíssimo.
São mensagens que aproximam as pessoas. São frases tão realistas como os pensamentos que temos diariamente... "um dia faço isto..."
As frases que estão por aí espalhadas pela cidade são três: "Um dia abro um negócio só meu"; "Um dia encho-te o quarto de flores"; "Um dia largamos tudo e fugimos juntos". A todas elas segue-se uma outra que diz: "Hoje é o dia". É isto um encontro perfeito? O dia em que se concretiza aquilo que se sonha...

Outono

As folhas começaram a cair das árvores. Começa a cheirar a castanhas, apesar de o kilo ainda custar 3,90 euros no supermercado. Anoitece cedo e sente-se falta do casaco quando se regressa a casa ao final do dia. Hoje, o céu esteve cinzento e choveu. E houve trovoada. Oiço-a lá longe... Digo adeus às sandálias. Achou que o Outono chegou finalmente.

domingo

“Little Miss Sunshine”














“Little Miss Sunshine” é hilariante. É uma comédia algo especial… porque nos faz rir ao mesmo tempo que nos faz pensar. Retrata a vida com uma honestidade brutal. Lembra que não há famílias perfeitas, ou melhor, que cada família tem as suas complicações por resolver. Ali não há lugar para o disfarce, para mascarar as imperfeições. Foi talvez por isso que adorei este filme da dupla que até agora se tem dedicado a fazer videoclips – Jonathan Dayton e Valerie Faris –. Fala dos sonhos de cada um e da importância de se lidar com a frustação. Óptimo desempenho de actores que não estão na ribalta.

Os filhos do jornalismo (3)

E se colocássemos o problema assim:
a prioridade é a nossa própria felicidade e bem-estar - que pode passar pela prioridade aos filhos ou passar pela prioridade à profissão. Sejamos jornalistas, ou operadoras de caixa, ou médicas, ou polícias, ou professoras, ...
Cada uma deve poder decidir por si. Só assim as mulheres que não têm filhos não são penalizadas, e as outras - cada vez menos - porque são profissionais e têm filhos, não são penalizadas. E os homens, que também são pais- o que passamos a vida a 'ignorar' - são metidos ao barulho.
A experiência da maternidade é singular e absolutamente forte.
É inegável. A gestão do tempo, dos afectos, das emoções, são dilemas quotidianos. Passamos os dias a 'pesar' prioridades e tarefas. Quando entram filhos nas 'variáveis', tudo naturalmente se complica. O problema exige ainda maior lucidez e melhor (des)empenho, mas não é o fim do caminho.

Se não nos culpabilizássemos tanto, com a falta de tempo para os filhos, não seria mais normal que os homens (e as mulheres) encarassem ter família como algo de pacífico?

Hoje é o dia do Senhor




sábado

Fazem sentido jornais gratuitos?

Suponho que fazem sentido, se são rentáveis.

Se há pelo menos dois diários gratuitos em Lisboa - e tão pouco se lê... - há cidades onde são 'mais que muitos' e os outros também se lêem/vendem bem (Ex.NY)
E, mesmo assim, há gratuitos com diferentes periodicidades e especificidades temáticas bem raras de 'vender' - os culturais, os feitos a pensar em pais e filhos e há-os até para a comunidade gay e lésbica . Todos gratuitos e não de menor qualidade. Bem sei que Nova Iorque é uma cidade com a diversidade do mundo, um centro cosmopolita especial... Mas talvez a realidade dos gratuitos seja mesmo incontornável. E, assim, como vender mais jornais?

Hipótese a)
Fazendo-os melhores, mais de acordo com o que interessa às pessoas, de maneira a que sintam que o bem que adquirem, pela relação qualidade-preço, compensa. E percebam que um jornal 'a sério' permite um upgrade(in)formativo. Isso é tarefa para jornalistas e. em particular. para quem edita e dirige os jornais.

Hipótese b)
...

O casal

O Expresso de José António Saraiva noticiou na capa o divórcio de Emídio Rangel e Margarida Marante. O Expresso de Henrique Monteiro anuncia hoje Um casal Sócrates pelo sim - José Sócrates e Fernanda Câncio juntos na abertura da campanha socialista. Imaginei logo o casal no palco do CCB de braço no ar e dedos em V estendidos a gritar "Sim, Sim, Sim" (tipo Manuel Maria Carrilho - Bárbara Guimarães).
Com um título daqueles não comprei o jornal. Sorte a minha que à tarde fui à sede socialista ouvir parte do casal mostrar-se empenhado na campanha do referendo e tropecei no programa que vai "juntar" Sócrates e Câncio, segunda-feira, no CCB. Ora bem: a Conferência Internacional "A Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher" organizada pelo PS abre às 14.30 com Edite Estrela, Jorge Lacão e Correia de Campos. O painel das 15.30 sobre "A Europa e a IVG" junta Alberto Martins, Britta Thomsen, Elza Pais, Zita Gurmai, Maribel Montaño Requena e Manuela Augusto (comentadora). O das 17 horas conta com Manuel dos Santos, Albino Aroso, Concha Colomer Revuelta, Jorge Branco e Fernanda Câncio (comentadora). Às 18.30 há um coffee break. Às 19 h sessão de encerramento com José Sócrates.
O que seria de nós sem os nossos semanários de referência ? Sem aqueles que entendem que mais importante do que o início da campanha socialista (oito anos depois do PS guterrar no tema) é a existência de um casal em São Bento ?

sexta-feira

O poder assustador das mulheres

A Publicis divulgou um estudo sobre as novas tendências do consumo feminino determinadas pelas mudanças no papel das mulheres. A conclusão não é nova: elas, nos últimos anos, ganharam poder financeiro, social, profissional e familiar. A revista Dia D do Público de hoje dedica-lhe duas páginas. E por duas vezes utiliza o verbo "roubar" para caracterizar o novo universo feminino: "As mulheres são cada vez mais independentes, conquistaram o seu lugar na sociedade e até estão a roubar território aos homens" e "A profissão ocupa um peso cada vez maior na vida e realização pessoal do sexo feminino. E essa conquista trouxe-lhes 'mais autonomia, auto-estima, valorização e respeito', conclui o estudo. Mas, ao mesmo tempo, roubou tempo à vida familiar." Isto é como a pescadinha de rabo na boca: há sempre alguém a lembrar-nos que somos umas malandras. Mesmo quando é uma mulher a assinar o texto.

Os filhos do jornalismo (2)

(resposta à Ana)

Não há nada mais importante na vida do que eles daí a dúvida existencial permanente. O nível de intensidade vai variando mas a culpa está lá sempre. Porque chegamos tarde a casa, porque vamos para fora, porque não tivemos tempo de ir comprar as sapatilhas para a ginástica que começa no dia seguinte. Porque gostamos da profissão que temos.
"As guerras das mães" foi publicado no caderno Actual do Expresso de 9 de Setembro e apresenta os dois lados da barricada: as mulheres que acham que as boas mães ficam em casa, as outras que apoiam as mães trabalhadoras. Uma coisa que a maternidade me ensinou é que não devemos julgar as outras. Dei por mim em certos momentos indignada com comportamentos ao meu lado. Mais tarde, acabei por entendê-los. Só quando se passa por elas, de facto, é que se percebe.
A "culpa auto-infligida" persegue-nos no dia-a-dia. Queremos compensar a família, a casa, pelo tempo que passamos a trabalhar, às vezes penosamente, normalmente com gosto. Mas não são só as jornalistas que chegam tarde a casa. E as bancárias, as caixas do turno da noite do Continente, as médicas ? Durante anos as mulheres lutaram pela entrada no mercado de trabalho mas a casa continua a chamá-las. Há também pais angustiados mas esses socialmente têm direito a não se sentirem culpados. Isto só é ultrapassado quando "a culpa" não é cultivada na família...mas a educação não nos larga e lá nos estamos a auto-censurar.
Insisto: "Mãe, gosto muito de ti" é a melhor coisa que se pode ouvir. O coração fica apertado quando :" Mãe, tenho saudades tuas, quando é que chegas ?". Só com uma almofada familiar e uma ginástica diária se consegue conciliar filhos e trabalho (não só no jornalismo).
Os filhos, insisto, são A prioridade. Mas o trabalho também faz parte da nossa vida. E, apesar dos problemas e dos defeitos da profissão, fazer uma coisa de que se gosta, hoje em dia, é bom. Foi o que aprendi com a minha mãe. Espero que os meus filhos o entendam.

Fátima 13

Já começou o espectáculo televisivo do Portugal que se diz laico debitando informação confessional.

Novas regras



Quando há (grandes) manifestações em frente à Assembleia da República esta varanda é muito concorrida. Curiosos, deputados, funcionários e jornalistas vão até lá espreitar a dimensão do protesto. É assim há anos sem problemas.

Ontem, foi diferente. A segurança do Parlamento vigiava o acesso à varanda e só abria as portas aos deputados e aos funcionários da AR. E foram muitos os que quiseram ver ! Um jornalista, sózinho, mesmo sem nada que o identificasse como tal lá de cima perante a multidão, não podia alcançar a varanda "para não instigar a confusão".

quinta-feira

Em cima do acontecimento

No dia do anúncio do Prémio Nobel da Literatura, o grupo parlamentar do PS, com José Sócrates, lançou um livro: as Leis da República, uma compilação de toda a produção legislativa do último ano e meio. Um best-seller, seguramente.

quarta-feira

Não sei se a culpa foi do futebol

O debate parlamentar sobre a nova lei das finanças locais foi longo mas a maioria aguentou até ao fim. A bancada do PS tinha algumas clareiras mas a do PSD era um deserto autêntico: apenas 6 deputados do partido do senhor Fernando Ruas (que, por acaso, tem liderado a guerra ao governo nesta matéria) continuavam nos seus lugares.

Quando um discurso marcado parece inesperado

Acontece muita coisa no plenário da Assembleia da República mas o episódio desta tarde, durante o debate das finanças locais, é único: o Presidente da AR chama António Carlos Monteiro do CDS para fazer a sua intervenção. O deputado levanta-se e nada. Nem avança para o púlpito nem se arranja para falar da sua bancada. Percebe-se pela agitação que algo se passa entre o grupo: ninguém parece ter o discurso. A câmara espera. De repente o deputado encaminha-se para a saída e Jaime Gama manda avançar o orador seguinte. Minutos depois, António Carlos Monteiro regressa ao hemiciclo com os papéis na mão...

Atenção!

Tem graça

terça-feira

Não ao desodorizante!


Ok, este é um post um pouco disparatado. Num destes dias apanhei, já a meio, um dos programas da Ophra... estava a entrevistar o actor Matthew McConaughey. Dei por mim a rir que nem uma perdida com as respostas deste senhor que me pareceu francamente bronco. Diz que não usa desodorizante porque a mãe sempre lhe disse que tinha um cheiro próprio, agradável. Portanto, quem não gostar que se afaste (?). "Também com um corpinho desses quem é que repara no cheiro!" - eu a fazer um comentário à gajo!
Ah... não usa desodorizante, mas põe um creme no corpo à base de menta e feito por ele próprio.
A Ophra perguntou-lhe também o que fazia para ter um dentes tão brancos e ele ri-se com o sorriso Pepsodent e diz que está sempre a escovar os dentes. Por isso, já sabem... todos a praticar!
Questionado sobre o facto de querer ou não ter filhos, responde que adora crianças e que, sim, que quer ter para aí uns 13 filhos para os pôr todos num mega rancho ou coisa que o valha... mas depois pensou um bocadinho melhor e lá achou à conclusão que era capaz de ser demais. Até porque não quer que sejam as empregadas a tomar conta deles (vá lá!).

segunda-feira

Isto continua perigoso

Faltas (in)justificadas

Uma está em viagem, outra está a prepará-la, outra foi passar o fim-de-semana fora...é o que dá fazer um blog de jornalistas, só mulheres, ainda por cima...nunca se sabe quando é que podem postar.

A (des)culpa de Sena

E assim, de repente, Eduardo Prado Coelho fala no Sena Santos na sua crónica no Público...
(Não li no papel, tentei a versão online mas não consegui, soube pelo Jornalismo e Comunicação) Acho que há coisas que não aparecem do nada.

sábado

Jornalista russa assassinada



Anna Politkovskaia incomodava o Kremlin.

Vá lá ouvir que não se arrepende

José Miguel Júdice não é propriamente um homem catalogável. Diz-se de direita. Já navegou nas franjas. Apoiou a nacionalização da banca. Sonhava com um império com capital ultramarina. Defende a total descriminalização do aborto, porque não pode haver "crimes mas...". Tem, sobretudo, uma visão muito lúcida do estado da política e dos partidos actualmente em Portugal. Está tudo na entrevista de Maria Flor Pedroso. Ouça. Vale a pena.

Filhos no jornalismo

Filhos no jornalismo. No coração estão sempre em primeiro lugar. No dia-a-dia sujeitam-se aos horários dos pais... ao ponto de não os verem praticamente... de tomarem banho, de jantarem e de adormecerem tarde apenas na esperança de lhes darem um beijo, de ouvirem um "boa noite filho, dorme bem". Hoje tenho o coração feito em cacos... num almoço rodeado de mulheres jornalistas, entre algumas mães, falámos sobre o "sair tarde". É um tema sempre polémico. Não tenho o direito de me achar melhor mãe do que outra mãe que vê menos o filho do que eu, mas não deixo de ficar triste. É outra vez aquela questão: "até que ponto vale a pena todos estes sacríficios a bem da carreira?". Por mais que se goste de jornalismo, é normal que todos nós tenhamos uma vida pessoal, uma vida que começa depois de sairmos do jornal, da rádio, da tv... é normal que tenhamos o desejo de ter uma vida normal, em família ou não? Vem-me à memória uma frase muito na moda e usada por milhares de mulheres: "Tempo não é sinónimo de qualidade"... eu não penso assim nem sequer consigo conceber a qualidade sem haver tempo para... 15 a 30 minutos por dia para um filho não chega e para uma mãe também não. Talvez para eles tudo seja mais fácil. Talvez seja a medida certa e mais que necessária para se convencerem que são felizes assim.
Sinto-me quase sozinha a remar contra a maré. Quase a ter vontade de abandonar tudo porque há coisas tão mais importantes do que as banalidades que são discutidas numa reunião de jornal... por mais que seja esse jornal que nos pague o salário. Olho à volta e fico a pensar em todos aqueles colegas (que são muitos) que só vivem em função do meio onde trabalham.
Como é que conseguem?. Ainda nâo encontrei resposta. Quando têm tempo para ir ao supermercado? Para falar com amigos? Para estar com a família? Mesmo ganhando rios de dinheiro, vale a pena? E quando não se ganha rios e ainda assim se insiste no mostrar trabalho para mais tarde ser recompensado? Anos e anos assim, a teimar com a profissão. Há coisas que o dinheiro não compra, mas pais ausentes deixam para sempre a sua marca.

sexta-feira

Coisas que acontecem e não vêm nos jornais (2)

"Se te voltas a pôr à frente..." foi o simpático recado, acompanhado de um apertão musculado no braço, que um jornalista recebeu ontem de um segurança do Presidente da República, no passeio popular pelo Palácio de Belém. Lembram-se dos velhos tempos ?

Coisas que acontecem e não vêm nos jornais (1)

O editor de política da agência Lusa demitiu-se.

quinta-feira

Viva a República !


Para quê uma monarquia se o nosso Presidente também tem descendentes para a fotografia ?

Foram muitos

Informações de que disponho

* Vinte mil professores manifestaram-se em Lisboa contra o novo estatuto de carreira docente;
* Cavaco Silva pediu empenho, em especial aos titulares de cargos públicos, para o ataque à corrupção.

A RTP dedicou os primeiros quinze minutos do Telejornal - 15 - ao sequestro que terminou às 4 da manhã em Setúbal.

Cavaco Silva abre o Palácio

Para não dizerem que somos sempre do contra aqui vai uma sugestão para o Dia da República : visitem o Palácio de Belém que vai estar aberto das 10 h às 17.30 h.

Autarquias

Susana Amador, presidente da Câmara de Odivelas, foi a "porta-voz" do governo no congresso extraordinário dos municípios que rejeitou a proposta de lei de finanças locais. Esta autarca, que conseguiu a única vaia da tarde, subiu ao palco para explicar os argumentos do executivo e anunciar-se contra a corrente, manifestando-se contra o projecto de resolução que daí a minutos iria a votos. Antes dela Joaquim Raposo (Amadora, líder da FAUL) tentou fazer o mesmo mas saíram-lhe mais críticas do que elogios à proposta do governo e, tropeçando nas palavras, lá disse que não ia votar a favor do documento da ANMP.
Foi na área metropolitana de Lisboa que o PS alinhou os autarcas contra-a-corrente. E não deixa de ser curioso que tenha mandado para a linha de fogo uma mulher. Ela já sabia ao que ia, aceitou e não gaguejou quando disse o que era esperado que dissesse. Alinhamento maior com o partido ? Coragem em afrontar a tribo autárquica ? Não faço ideia. Acho simplesmente curioso que tenha sido uma mulher (a escolhida) a desempenhar esse papel...

quarta-feira

Extermínio já




Este é o bicho mais democrático do mundo. Pode aparecer em qualquer cabeça jr. Seja na escola pública ou privada, custando zero ou 500 Euros por mês, banho tomado ou não, ele aparece (quase) sempre. Malditos piolhos !


(a imagem foi substituída depois do cardeal patriarca ter denunciado a terrível gaffe nos comentários. Este pelo menos é apresentado na ciência da net como pediculus capitis. Na verdade um grande chato)

To be or not to be a vegan?



Os anúncios nasceram pela mão de três criativos da McCann São Paulo para participar no Top Guns, festival internacional para jovens criativos. São uma delícia! Em letras mais pequeninas pode ler-se: “Chickens suffer unimaginable atrocities while they’re being bred. They live in tiny spaces, they are fed with dangerous hormones and get doses of drugs in order to survive in that fatal enviroment. Every time you eat chicken, everything is passed on to you and can make you sick or killed. Be scared or be vegan”.

O pesadelo das PME

Marques Mendes apresentou ontem 15 medidas de apoio às PME, entre elas consta um plano de pagamento das dívidas do Estado. Eis um vital tema demasiadas vezes ignorado. As pequenas e médias empresas constituem mais de 99% do tecido empresarial nacional e, a maioria, vive permanentemente de corda ao pescoço.

Os clientes (outras PME) deviam pagar a 60 ou 90 dias, mas pagam quando lhes apetece e ainda se sentem ofendidos quando lhes solicitam o pagamento de dívidas. Há trabalho para nem se dormir, mas não há liquidez para pagar vencimentos a horas a quem se desunha a trabalhar, nem para grandes investimentos. Depois vem a bola de neve. Quem desmotivado dá o seu melhor? Andam milhões e milhões de euros entalados em gavetas, e as empresas a colapsar.

O Estado, além de pagar também as suas dívidas, dando o obrigatório bom exemplo, devia também pensar SERIAMENTE em rever os penalizadores pagamentos de impostos adiantados. Porque estas empresas têm de pagar sobre facturas que ainda não receberam e que, muitas, nem vão receber nunca! E assim se enterra um país.

Um tipo decente

O escritor Luís Sepúlveda faz hoje 57 anos. Gostei do que li dele e apreciei a entrevista na última edição do Sol.
Logo o título:"Não dou lições de moral" - pois, parece-me que é mesmo uma boa opção, com tanta gente a faze-lo.
"Gostaria de ser recordado como um tipo decente. Isso é valioso"- se é!...
"(Rosa Lobato de Faria) tem uma forma de escrever elegantíssima. Preocupa-se com as histórias e dedica um trabalho enorme a cada frase. É uma pessoa que trata a literatura com seriedade. Não é uma pessoa do show business. E nunca a ouvi dizer mal de ninguém. Ao contrário de Lobo Antunes, que só oiço dizer mal de toda a gente, e não suporta ninguém que não seja ele" - aqui está um momento de bom senso. A escritora que refere é inexplicavelmente injustiçada, por quem nunca lhe leu nada. E a redoma de veneração a envolver Lobo Antunes é igualmente inexplicável...
Sepúlveda tem mais esta: "Um homem de esquerda tem de ser generoso. Por vezes sentimo-nos seguros, a salvo, como se o mundo começasse e acabasse em nós. Como se as coisas não nos tocassem. Mas essa é apenas uma posição cómoda, porque tudo nos toca, porque ninguém é prescindível neste mundo. Todos temos de assumir responsabiliddaes e, aí, renunciar à tal comodidade".

Parece-me que além de escrever bem, diz coisas sensatas, o que nos tempos que correm é raro.

Passar sem ferro (2)

Esta sim é que é uma bela ideia, com todas as vantagens da economia doméstica.
Milhões de chineses (com eles é sempre aos milhões) praticam-na, presume-se que há muitos anos (com eles é sempre ...há muito tempo).

A roupa sai do estendal (=os fios que cruzam ruas e ligam casas pela electricidade) em cabides, perfeitamente engomada pelo sol e prontinha a ser vestida.
E não,... não é um aspecto pitoresco - é mesmo assim, em Shangai. (o senhor que recolhe a roupa na rua está de pijama - que é o traje pós-laboral de meio mundo)

Só para matar o tempo

Oiçam ou vejam um noticiário ao fim da tarde e contem o numero de ministros que aparecem.

Distracção

Passa-se por aí alguma coisa para José Sócrates ter aparecido nos últimos dois dias em duas iniciativas públicas e ter desaparecido sem falar com os jornalistas no final ?

Passar sem ferro

Eu quero lá saber das sabrinas e das botas. Esta é que é uma bela ideia. Deixem baixar o preço que eu já vos digo...

terça-feira

O sentimento é recíproco

"Eu não espero, nem os meus clientes esperam, aliás ninguém espera, que a comunicação social retrate com fidelidade e de uma maneira positiva nada". Luís Paixão Martins

Ainda a violência doméstica

Números que ajudam a desenhar o problema:
50 queixas por dia, em média,
5 mulheres mortas pelos companheiros, por mês;
quase metade deles têm entre 25 e 45 anos;
a vergonha como alibí para suportar tudo.

É, outra vez, manchete no Jornal de Notícias

Ele é que a sabe...

...toda!

Clooney's Plan: Date Different Actresses

[só actores/actrizes?
Por isso a MMGuedes vai dedicar-se à representação...
Também quero!....]

Tirar a temperatura ao blog

...é assim, a modos que difícil...

Este, por exemplo, parece pré-comatoso.
É certo que o nosso 'abono de família' adoeceu - mas não se nota. O resto do pessoal tem mais é que trabalhar - a vida está cara e há bocas para alimentar. Há também quem dê a impressão de passar a vida em aeroportos...

Assim sendo, e como não nos atrai falar de coisas (já tão) triviais como o fecho (reestruturação) das urgências hospitalares, os desaires do fim-de-semana no futebol, ou o ouro falso e as meretrizes de verdade que retribuiram árbitros,
... ou falamos de sabrinas, ou não sei como descalçamos a bota.
Aceitam-se propostas de dissertação.
Bem hajam!

segunda-feira

Lição de humildade

As eleições presidenciais de ontem no Brasil vão obrigar a uma segunda volta.
Nada mais adequado para fazer ver que nenhum político sai impune de escândalos que tolera ou participa, do tipo do 'mensalão'.
Há quem diga que se Lula não ganhou à primeira volta isso se deve à 'fuga' de votos para Heloísa Helena, a candidata presidencial dissidente do PT.
Gosto dela - embora não compreenda muito bem o pendor religioso da sua personalidade. Heloisa ficou longe de qualquer chance de ser eleita,... mas esta foi só a primeira vez que concorreu.

domingo

Obrigada António Costa Amaral...

...por nos fazer regressar a este momento único da nossa democracia. Bem haja !

Segredo de Estado

Ou a moção de José Sócrates ao congresso socialista desvenda o terceiro segredo de Fátima ou o silêncio que o secretário-geral do PS decidiu montar à volta do documento é tema para analistas da estratégia de comunicação do PM. Por ser domingo, confesso que esperava ver alguma coisa no Sol ou no Expresso mas nem os semanários conseguiram uma linha. Oficialmente, Sócrates pretende só desvendá-la na sexta-feira, no Porto, onde começa a campanha interna para a reeleição contra ninguém. Mas o caso atingiu foros de surrealismo quando na quinta-feira à noite ninguém dizia nada e na sexta-feira de manhã se soube que na noite anterior, pé ante pé, discretamente, às 22 h, Marcos Perestrelo tinha entregue no Largo do Rato a dita moção...secreta, muito secreta. Estavam os tansos dos jornalistas preocupados com a hora da entrega no último dia do prazo e a jeitosa lá jazia no cofre socialista que, até ao momento, ainda ninguém abriu. Ora, tanto segredo com o conteúdo e com a forma, das duas uma: ou tem uma bomba ou está tudo maluco.

Onde é que eu já vi isto ?

"Lula da Silva fez da imagem e do silêncio as melhores armas para vencer as presidenciais", escreve a revista do Sol.

Mulheres desmazeladas, credo!

E ao terceiro número consigo dedicar uns minutos ao Sol... Constato a profusão de temas - e o ar misterioso de estarem a partilhar connosco inconfidências... Apreciei particularmente a página 2, que antecede justamente a do editorial de JAS (já não é Política à Portuguesa, mas Política à Séria).
Na página dois, esta semana, Maria José Nogueira Pinto (MJNP) explica como, com toda a sapiência popular, um taxista a definiu: 'a senhora é uma boa meia dose' (sic).
Há mais. Revela que antes de tomar decisões importantes vai para as lojas comprar roupa. Mas, ao contrário do que poderia supor-se, MJNP não tem grandes preocupações com a imagem - garante.
"Sim, mas sempre achei que as mulheres não deviam ser desmazeladas. Uma mulher desmazelada não serve para nada. (...) é uma mulher que não se trata, que não se penteia, que não se pinta um bocadinho, que não tem um berloque, uma roupinha da Zara. Hoje as mulheres desmazeladas não têm desculpa. Ter uma mãe desmazelada deve ser traumático. Não as imagino a tomar conta de nada. (...)Uma mulher desmazelada acaba por desmazelar tudo à sua volta."

[OK! ...podem parar de (sol)rir.]

Hoje é o dia do senhor!



Lisboa me mata!


iniciar uma viagem de autocarro de olhos vendados e entrar na casa e quotidiano de uma família, passando pelo fundo do mar e por um mar de flores na obra "Ceci n'est pas um bus" na bienal LUZBOA, foi uma das experiências artíscas mais fortes que tive. E aqui na nossa cidade. A LUZBOA que pintou candeeiros de vermelho, verde e azul nas zonas mais antigas da cidade, o que tanta polémica gerou, trouxe a Lisboa coisas únicas na arte de usar a luz. Terminou ontem mas valeu a pena. Lisboa começa a estar na rota mundial dos acontecimentos culturais. Espreitem em www.luzboa.com. Em 2008 há mais!