terça-feira
Parque de pedra
Mãe
PS à querida Luísa: Tens razão, estas gajas não falam de sexo, do Chico, de sandálias Prada… uma vergonha. Sei que tenho estado “desaparecida em combate”, mas prometo voltar com mais regularidade à escrita aqui na escola. Nunca gostei de ter negativas!
O dia em que conheci Hannibal
Congeminações com os botões da Luisa
Engates: Um chega
Poesia: À vontade do freguês
Criancinhas: Estão a dormir
Lesbianices: Elas lá sabem
Chico: Já tenho bilhete
Sandálias Prada: São muito caras
Causas fracturantes: Não assino, logo, não posso comprar sandálias Prada
(des)amores: Fica para nós
PORTANTO, AGORA, TOCA A POSTAR. PARECE QUE ESTÁ TUDO NA DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO DE ESTADO EM COMISSÃO ! É PRECISO ULTRAPASSAR A CRISE !!!
segunda-feira
Cada um luta com que o que tem à mão
Estando as autárquicas tão longe, não percebi. Folheando a publicação, encontrei só fotos e pequenos textos de "grandes projectos", obras já feitas, outras que toda a gente sabe estão a ser feitas ou pensadas, inaugurações e feiras, "eventos em destaque"... Portanto, a câmara de Cascais pagou para mostrar aos munícipes distraídos o que andou a fazer no último ano.
Aqueles que têm pachorra para ler a mensagem de António Capucho na página 3 conseguem entender o aparecimento da revista que cá em casa só ainda não foi para o lixo porque eu não quero errar as citações.
Eis o momento:"Um futuro que esperamos não seja aquele a que o Governo parece querer condenar as autarquias através do recuo da descentralização para os órgãos de poder local que estão mais perto dos cidadãos e melhor podem prosseguir certas competências, mas essencialmente pela via da proposta da Lei das Finanças Locais, que asfixiaria financeiramente as Câmaras e funcionalizaria os seus eleitos. Temos ainda a esperança de que esses propósitos sejam corrigidos em ordem a obtermos os meios indispensáveis para prosseguir o desenvolvimento sustentado das nossas autarquias, sem deixarmos de contribuir para o esforço nacional de racionalização das contas públicas."
Haverá ministros com casa em Cascais que serão sensíveis a isto (mas primeiro têm de abrir a revista...) ? Estamos já a ser preparados para a(s) obra(s) que não vai sair do papel ? Quando receber outra, aviso.
Congeminações com os meus botões
Enfim!... Reconsidero e, por mim, cedo quotas sem trespasse à Susana, que ainda é a rapariga mais produtiva e com menos hiatos. Ela sim, justifica audiências e diz coisas acertadas - e tem carradas de razão para mandar SMS a perguntar: "Então, não postas nada?"
Nós outras - falo por mim - ou viajamos ou andamos sempre cheias de stress - e sabemos que afazeres são o que não falta à Susana! Tanto assim é que, de vez em quando, vamo-nos abaixo, ...não é ---?
E quando não é o trabalho, são os problemas domésticos, pessoais ou transcendentais que não deixam postar...
Por isso, sem mágoas o digo: já que nos baldamos à escola, fiquemo-nos pelos almoços e jantares - podem ser em piquenique, pois o que conta são as comensais.
A menos que se dê uma volta ao estilo...
São muito bons
domingo
Meter a mão no bolso...
É significativo - do estado da nossa civilização? -que um simples exercício de cidadania, como é a eleição do Presidente da República no Brasil, se resuma a:
"a ética ou o bolso?" (como dizia a correspondente da SIC)
E o bolso - como quem diz, uns dinheirinhos para o pessoal - ganha sempre.
Ter consciência social 'obriga' a não ter ética?
Não creio.
Hoje é o dia do Senhor
Há anos que não deslinco dele, mesmo quando é uma ameaça para a encantadora Meg Ryan "In the Cut", mas também em "We Don't Live Here Anymore", "XX/XY", "My Life Without Me", "Rumor Has It...."
sábado
Tanto nos separa
Enquanto nós ainda andamos a discutir as quotas e a entrada feminina nas listas partidárias, as espanholas questionam a ausência das mulheres no primeiro lugar das candidaturas. Num artigo da edição de hoje da revista do El Mundo (a responsável é a Luisa, sim, comprei e rendi-me. Não há cá nada assim), questiona-se, a partir das eleições na Catalunha, a ausência das mulheres no topo da corrida. O PP pôs uma independente no 2º lugar, os outros lembram-se delas a partir do 3º."Es fruto del todavía escaso peso de la militancia femenina, o es que aún hay sillones inaccesibles para ellas?", questiona a revista. A socióloga Margarita Rivière afirma que "el público está preparado para una mujer presidenciable, es la clase política la que no lo está."
Quando é que este debate chegará a Portugal ?
Recomendo vivamente o artigo e fixo outra declaração. A de Montserrat Nebrera, a independente que o PP apresenta no 2º lugar, sobre a diferença entre homens e mulheres : "Para nosotras, es más importante gestionar bien que aparentar que mandas. Parece que esté en la mentalidad de una mujer trazar el camino y dejar la aparencia a otros." Nem mais !
É preciso ter lata
"Geração Recibo Verde… Não Obrigado!"
Ora... é preciso ter lata porque há mais de vinte anos que os recibos verdes se "instituiram"; por acaso também comecei a trabalhar com eles, sem outra alternativa durante uns quantos anos - o primeiro-ministro era Cavaco Silva e o governo era do PSD...
Help!
sexta-feira
O tempo vai passando e...
Uma observadora atenta
Ao vivo e a preto e branco
quinta-feira
Igreja agnostica
Mania das grandezas
PS: parece que fui alvo de uns comentarios jocosos sobre a falta de acentos destes posts. Coisa feia a inveja!!!!
Terríveis e desastrosas contradições
quarta-feira
Até onde deve ir a cumplicidade entre jornalistas e políticos?
Afinal ninguém tem que prestar contas de nada?
Mas a verdadeira pergunta é: até onde deve ir a cumplicidade entre jornalistas e políticos?
PS: Ou será, como alguém disse, que todos os jornalistas não passam de políticos frustrados e os políticos não passam de jornalistas frustrados.
Senhores ouvintes
Há ideias que têm de ser partilhadas
Eduardo Lourenço soltou este diagnóstico, de forma natural, à saída da conferência da Gulbenkian sobre a crise de valores. Durante 20 minutos falou com os jornalistas que questionaram a responsabilidade dos políticos. Resposta: Eles hoje não são filósofos, como no tempo de Platão, são gestores da realidade mais imediata. São também filhos da depressão, não são mais culpados que os outros, todos são responsáveis, os eleitores também na medida em que são eles que os escolhem. Não é uma banalidade mas uma conquista. Um dos problemas da Democracia é essa tendência desresponsabilizante.
Só uma educação responsabilizante consegue fundar uma escola de liberdade e não de passividade em que cada um cria o seu sentido de vida e não o entrega a Deus.
Ainda a propósito de religião
Para Eduardo Lourenço a despenalização do aborto não é uma questão moral mas sim prática. É um problema urgente de ordem social que não deve convocar razões racionais ou religiosas. O aborto em si é uma tragédia mas a criminalização das mulheres é um absurdo porque não há valores de ordem transcendente que a justifique.
Timor-Leste, again
Qual a nossa quota parte de responsabilidade nisso tudo?
terça-feira
Novas injustiças
O que conta é aparecer
Somos mesmo 'muito à frente'
George Clooney é o homem por excelência!!!!!! (isto somos nós as seis a rejubilar, aos gritinhos...)
Como se lê na notícia do El País..."os leitores da AskMen.com elegeram os 49 mais genuínos representantes do género masculino" e Clooney é o HOMEM por excelência deste início de século.
[enfim, sempre me parece que assim a espécie masculina sai um pouco beneficiada...]
Injustiças
A mulher dá, esta manhã, uma aula-conferência "A minha casa é o mar" dedicada a Sophia de Mello Breyner Anderson.
Quem é que ainda tem lata de dizer que esta família não vive para a cultura ?
Violência
Isto vai ser bonito
Como estou a cagar para o tema, se votasse, a minha única motivação era lixar o Sócrates, ou seja era votar NÃO. E um dado é certo: por isso, era engraçado que vencesse o NÃO. Só por isso. Pelo resto, não sei. Não há pachorra para a temática.
Copiei por achar que ele não é o único a pensar assim. Quantas pessoas tenderão a transformar o referendo num teste eleitoral ao governo ? E o próprio governo ? E a oposição ?
segunda-feira
RSI, RSI, RSI
Se estiver a falar para uma plateia de especialistas em Inclusão, causa um enorme burburinho na sala. Eis a pérola:"Neste último ano é sabido como o governo tem desenvolvido a matéria que diz respeito ao Rendimento de...de...Mínimo Garantido, agora chamado Rendimento de Reinserção Social ... (pausa...a mesa onde se encontra o ministro Vieira da Silva tenta ajudar...)... perdão...de Reinserção... Social, disse bem...Mas esse Rendimento de Reinserção Social..."
(Ao que consta o dito prefere que o tratem por Rendimento Social de Inserção)
Putin, o troglodita
A polícia israelita afirmou domingo que o presidente Moshe Katsav pode ser condenado por violação e assédio sexual de várias mulheres.
Espero que os dois tenham a dignidade de se demitir…
Um PM fará a diferença ?
E uma posição vincada do Primeiro-Ministro sobre a matéria, é ou não determinante para a construção desse resultado ?
domingo
O Dia do Senhor
sábado
sexta-feira
Projectos de 6ª
Há, em Espanha, uma série de lojas a fazer um ano de vida, com o curioso nome Friday's Projects . O lema é "we select, you choose" e a proposta inclui, justamente, "5 days to be Friday(*)"
(*)aposto que esta ideia deixaria uma grande maioria bem disposta!
Os Abramowitzs desta vida
Quando o Porto é uma nação
Um post nada isento
O problema é que não é hábito os jornalistas associarem-se aos votos do Parlamento. Considerando-os como iniciativas políticas, a maioria opta por sair do hemiciclo ou se está em directo continua a trabalhar, o que é muito mal visto pelos deputados e membros dos gabinetes. Ontem, um deputado socialista, membro da direcção do PS, não resistiu e quando terminou o plenário dirigiu-se à bancada onde ainda se encontravam algumas jornalistas e exclamou ironicamente "então, hoje, levantaram-se...". É sempre bom ver para onde pende a sensibilidade dos outros, para mais quando não são uns outros quaisquer. Como dizia o texto lido pela secretária da mesa da AR, o funeral da Manuela estava a decorrer naquela altura, mas havia quem estivesse mais preocupado em ver se nos levantávamos ou não.
quinta-feira
Comentários para quê
Sem comentários...
Nem com o Brokeback Mountain...
Uma tristeza imensa
A Manuela nunca se rendeu à doença. Ela queria viver e espalhava essa energia por todas. Lutou sempre mas o cancro foi mais forte.
Manuela Rebelo era jornalista da editoria de política da Antena 1. Tinha 42 anos. E uma força enorme de que não nos esqueceremos.
quarta-feira
O seu a seu dono
Boa viagem tambem para ti, amiga
A não perder...
terça-feira
Não se metam onde não são chamados
Aborto
"Sendo os homens, na grande maioria das vezes, os responsáveis pelas gravidezes não desejadas, como é possível a uma sociedade esquecer-se dos homens e penalizar as mulheres ?"
Albino Aroso na conferência "Saúde sexual e reprodutiva da Mulher"
segunda-feira
Casais modernos
O jogo do gato e do rato
Quando acaba o seu painel, f. sai da sala. Um multidão de fotógrafos segue-a e pára na entrada a olhar para baixo (à espera de Sócrates ?). A f. desapareceu. Eu, que não quero saber da f., vou até à casa-de-banho. Quem é que lá está ? A f., claro. Os fotógrafos entretanto já deram por isso porque quando eu saio da casa-de-banho, zás...flashada. Faço pose mas percebo que erraram o alvo (reconheço que é sempre bom em qualquer arquivo ter uma figura pública a sair da casa-de-banho...) Entretanto, chega Sócrates. E f. na casa-de-banho. Sócrates entra na sala e nada de f. Começa a sessão de encerramento e f. entra pela porta dos fundos, utilizada pela malta do som/jornalistas de cabos. É junto a essa entrada que estão sentados alguns jornalistas. f., que conhece alguns, senta-se aí mas rapidamente é descoberta pelos fotógrafos. Um não resiste e trás ! Quando Sócrates acaba de falar f. é a primeira a sair pela porta dos fundos. A foto de casal não existiu. Não por f. ter tido tempo para sair (quando escapou pela porta dos fundos ficou num corredor dessa área à espera que o caminho ficasse livre) mas por entretanto Sócrates ter abandonado o CCB. Eu depois fui-me embora. Não sei se f. já saiu...
As visitas do roteiro presidencial
Fechados para a realidade
Eu sei que estava no norte do país…mas:ouvir o discurso que todos somos pecadores, inclusive quem acabou de morrer; que o divórcio não faz sentido porque o que deus juntou o homem não pode separar; e que é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus, para depois ver o padre fazer passar bandejas de prata a recolher moedas e notas de quem estava na missa de sétimo dia para os cofres da igreja. Tenham juízo e coerência!
Encontros Perfeitos
São mensagens que aproximam as pessoas. São frases tão realistas como os pensamentos que temos diariamente... "um dia faço isto..."
As frases que estão por aí espalhadas pela cidade são três: "Um dia abro um negócio só meu"; "Um dia encho-te o quarto de flores"; "Um dia largamos tudo e fugimos juntos". A todas elas segue-se uma outra que diz: "Hoje é o dia". É isto um encontro perfeito? O dia em que se concretiza aquilo que se sonha...
Outono
domingo
“Little Miss Sunshine”
“Little Miss Sunshine” é hilariante. É uma comédia algo especial… porque nos faz rir ao mesmo tempo que nos faz pensar. Retrata a vida com uma honestidade brutal. Lembra que não há famílias perfeitas, ou melhor, que cada família tem as suas complicações por resolver. Ali não há lugar para o disfarce, para mascarar as imperfeições. Foi talvez por isso que adorei este filme da dupla que até agora se tem dedicado a fazer videoclips – Jonathan Dayton e Valerie Faris –. Fala dos sonhos de cada um e da importância de se lidar com a frustação. Óptimo desempenho de actores que não estão na ribalta.
Os filhos do jornalismo (3)
a prioridade é a nossa própria felicidade e bem-estar - que pode passar pela prioridade aos filhos ou passar pela prioridade à profissão. Sejamos jornalistas, ou operadoras de caixa, ou médicas, ou polícias, ou professoras, ...
Cada uma deve poder decidir por si. Só assim as mulheres que não têm filhos não são penalizadas, e as outras - cada vez menos - porque são profissionais e têm filhos, não são penalizadas. E os homens, que também são pais- o que passamos a vida a 'ignorar' - são metidos ao barulho.
A experiência da maternidade é singular e absolutamente forte.
É inegável. A gestão do tempo, dos afectos, das emoções, são dilemas quotidianos. Passamos os dias a 'pesar' prioridades e tarefas. Quando entram filhos nas 'variáveis', tudo naturalmente se complica. O problema exige ainda maior lucidez e melhor (des)empenho, mas não é o fim do caminho.
Se não nos culpabilizássemos tanto, com a falta de tempo para os filhos, não seria mais normal que os homens (e as mulheres) encarassem ter família como algo de pacífico?
sábado
Fazem sentido jornais gratuitos?
Se há pelo menos dois diários gratuitos em Lisboa - e tão pouco se lê... - há cidades onde são 'mais que muitos' e os outros também se lêem/vendem bem (Ex.NY)
E, mesmo assim, há gratuitos com diferentes periodicidades e especificidades temáticas bem raras de 'vender' - os culturais, os feitos a pensar em pais e filhos e há-os até para a comunidade gay e lésbica . Todos gratuitos e não de menor qualidade. Bem sei que Nova Iorque é uma cidade com a diversidade do mundo, um centro cosmopolita especial... Mas talvez a realidade dos gratuitos seja mesmo incontornável. E, assim, como vender mais jornais?
Hipótese a)
Fazendo-os melhores, mais de acordo com o que interessa às pessoas, de maneira a que sintam que o bem que adquirem, pela relação qualidade-preço, compensa. E percebam que um jornal 'a sério' permite um upgrade(in)formativo. Isso é tarefa para jornalistas e. em particular. para quem edita e dirige os jornais.
Hipótese b)
...
O casal
Com um título daqueles não comprei o jornal. Sorte a minha que à tarde fui à sede socialista ouvir parte do casal mostrar-se empenhado na campanha do referendo e tropecei no programa que vai "juntar" Sócrates e Câncio, segunda-feira, no CCB. Ora bem: a Conferência Internacional "A Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher" organizada pelo PS abre às 14.30 com Edite Estrela, Jorge Lacão e Correia de Campos. O painel das 15.30 sobre "A Europa e a IVG" junta Alberto Martins, Britta Thomsen, Elza Pais, Zita Gurmai, Maribel Montaño Requena e Manuela Augusto (comentadora). O das 17 horas conta com Manuel dos Santos, Albino Aroso, Concha Colomer Revuelta, Jorge Branco e Fernanda Câncio (comentadora). Às 18.30 há um coffee break. Às 19 h sessão de encerramento com José Sócrates.
O que seria de nós sem os nossos semanários de referência ? Sem aqueles que entendem que mais importante do que o início da campanha socialista (oito anos depois do PS guterrar no tema) é a existência de um casal em São Bento ?
sexta-feira
O poder assustador das mulheres
Os filhos do jornalismo (2)
Não há nada mais importante na vida do que eles daí a dúvida existencial permanente. O nível de intensidade vai variando mas a culpa está lá sempre. Porque chegamos tarde a casa, porque vamos para fora, porque não tivemos tempo de ir comprar as sapatilhas para a ginástica que começa no dia seguinte. Porque gostamos da profissão que temos.
"As guerras das mães" foi publicado no caderno Actual do Expresso de 9 de Setembro e apresenta os dois lados da barricada: as mulheres que acham que as boas mães ficam em casa, as outras que apoiam as mães trabalhadoras. Uma coisa que a maternidade me ensinou é que não devemos julgar as outras. Dei por mim em certos momentos indignada com comportamentos ao meu lado. Mais tarde, acabei por entendê-los. Só quando se passa por elas, de facto, é que se percebe.
A "culpa auto-infligida" persegue-nos no dia-a-dia. Queremos compensar a família, a casa, pelo tempo que passamos a trabalhar, às vezes penosamente, normalmente com gosto. Mas não são só as jornalistas que chegam tarde a casa. E as bancárias, as caixas do turno da noite do Continente, as médicas ? Durante anos as mulheres lutaram pela entrada no mercado de trabalho mas a casa continua a chamá-las. Há também pais angustiados mas esses socialmente têm direito a não se sentirem culpados. Isto só é ultrapassado quando "a culpa" não é cultivada na família...mas a educação não nos larga e lá nos estamos a auto-censurar.
Insisto: "Mãe, gosto muito de ti" é a melhor coisa que se pode ouvir. O coração fica apertado quando :" Mãe, tenho saudades tuas, quando é que chegas ?". Só com uma almofada familiar e uma ginástica diária se consegue conciliar filhos e trabalho (não só no jornalismo).
Os filhos, insisto, são A prioridade. Mas o trabalho também faz parte da nossa vida. E, apesar dos problemas e dos defeitos da profissão, fazer uma coisa de que se gosta, hoje em dia, é bom. Foi o que aprendi com a minha mãe. Espero que os meus filhos o entendam.
Fátima 13
Novas regras
Quando há (grandes) manifestações em frente à Assembleia da República esta varanda é muito concorrida. Curiosos, deputados, funcionários e jornalistas vão até lá espreitar a dimensão do protesto. É assim há anos sem problemas.
Ontem, foi diferente. A segurança do Parlamento vigiava o acesso à varanda e só abria as portas aos deputados e aos funcionários da AR. E foram muitos os que quiseram ver ! Um jornalista, sózinho, mesmo sem nada que o identificasse como tal lá de cima perante a multidão, não podia alcançar a varanda "para não instigar a confusão".
quinta-feira
Em cima do acontecimento
quarta-feira
Não sei se a culpa foi do futebol
Quando um discurso marcado parece inesperado
terça-feira
Não ao desodorizante!
Ok, este é um post um pouco disparatado. Num destes dias apanhei, já a meio, um dos programas da Ophra... estava a entrevistar o actor Matthew McConaughey. Dei por mim a rir que nem uma perdida com as respostas deste senhor que me pareceu francamente bronco. Diz que não usa desodorizante porque a mãe sempre lhe disse que tinha um cheiro próprio, agradável. Portanto, quem não gostar que se afaste (?). "Também com um corpinho desses quem é que repara no cheiro!" - eu a fazer um comentário à gajo!
Ah... não usa desodorizante, mas põe um creme no corpo à base de menta e feito por ele próprio.
A Ophra perguntou-lhe também o que fazia para ter um dentes tão brancos e ele ri-se com o sorriso Pepsodent e diz que está sempre a escovar os dentes. Por isso, já sabem... todos a praticar!
Questionado sobre o facto de querer ou não ter filhos, responde que adora crianças e que, sim, que quer ter para aí uns 13 filhos para os pôr todos num mega rancho ou coisa que o valha... mas depois pensou um bocadinho melhor e lá achou à conclusão que era capaz de ser demais. Até porque não quer que sejam as empregadas a tomar conta deles (vá lá!).
segunda-feira
Faltas (in)justificadas
A (des)culpa de Sena
(Não li no papel, tentei a versão online mas não consegui, soube pelo Jornalismo e Comunicação) Acho que há coisas que não aparecem do nada.
domingo
sábado
Vá lá ouvir que não se arrepende
Filhos no jornalismo
Sinto-me quase sozinha a remar contra a maré. Quase a ter vontade de abandonar tudo porque há coisas tão mais importantes do que as banalidades que são discutidas numa reunião de jornal... por mais que seja esse jornal que nos pague o salário. Olho à volta e fico a pensar em todos aqueles colegas (que são muitos) que só vivem em função do meio onde trabalham.
Como é que conseguem?. Ainda nâo encontrei resposta. Quando têm tempo para ir ao supermercado? Para falar com amigos? Para estar com a família? Mesmo ganhando rios de dinheiro, vale a pena? E quando não se ganha rios e ainda assim se insiste no mostrar trabalho para mais tarde ser recompensado? Anos e anos assim, a teimar com a profissão. Há coisas que o dinheiro não compra, mas pais ausentes deixam para sempre a sua marca.
sexta-feira
Coisas que acontecem e não vêm nos jornais (2)
"Se te voltas a pôr à frente..." foi o simpático recado, acompanhado de um apertão musculado no braço, que um jornalista recebeu ontem de um segurança do Presidente da República, no passeio popular pelo Palácio de Belém. Lembram-se dos velhos tempos ? |
quinta-feira
Informações de que disponho
* Cavaco Silva pediu empenho, em especial aos titulares de cargos públicos, para o ataque à corrupção.
A RTP dedicou os primeiros quinze minutos do Telejornal - 15 - ao sequestro que terminou às 4 da manhã em Setúbal.
Cavaco Silva abre o Palácio
Autarquias
Foi na área metropolitana de Lisboa que o PS alinhou os autarcas contra-a-corrente. E não deixa de ser curioso que tenha mandado para a linha de fogo uma mulher. Ela já sabia ao que ia, aceitou e não gaguejou quando disse o que era esperado que dissesse. Alinhamento maior com o partido ? Coragem em afrontar a tribo autárquica ? Não faço ideia. Acho simplesmente curioso que tenha sido uma mulher (a escolhida) a desempenhar esse papel...
quarta-feira
Extermínio já
Este é o bicho mais democrático do mundo. Pode aparecer em qualquer cabeça jr. Seja na escola pública ou privada, custando zero ou 500 Euros por mês, banho tomado ou não, ele aparece (quase) sempre. Malditos piolhos !
(a imagem foi substituída depois do cardeal patriarca ter denunciado a terrível gaffe nos comentários. Este pelo menos é apresentado na ciência da net como pediculus capitis. Na verdade um grande chato)
To be or not to be a vegan?
Os anúncios nasceram pela mão de três criativos da McCann São Paulo para participar no Top Guns, festival internacional para jovens criativos. São uma delícia! Em letras mais pequeninas pode ler-se: “Chickens suffer unimaginable atrocities while they’re being bred. They live in tiny spaces, they are fed with dangerous hormones and get doses of drugs in order to survive in that fatal enviroment. Every time you eat chicken, everything is passed on to you and can make you sick or killed. Be scared or be vegan”.
O pesadelo das PME
Os clientes (outras PME) deviam pagar a 60 ou 90 dias, mas pagam quando lhes apetece e ainda se sentem ofendidos quando lhes solicitam o pagamento de dívidas. Há trabalho para nem se dormir, mas não há liquidez para pagar vencimentos a horas a quem se desunha a trabalhar, nem para grandes investimentos. Depois vem a bola de neve. Quem desmotivado dá o seu melhor? Andam milhões e milhões de euros entalados em gavetas, e as empresas a colapsar.
O Estado, além de pagar também as suas dívidas, dando o obrigatório bom exemplo, devia também pensar SERIAMENTE em rever os penalizadores pagamentos de impostos adiantados. Porque estas empresas têm de pagar sobre facturas que ainda não receberam e que, muitas, nem vão receber nunca! E assim se enterra um país.
Um tipo decente
Logo o título:"Não dou lições de moral" - pois, parece-me que é mesmo uma boa opção, com tanta gente a faze-lo.
"Gostaria de ser recordado como um tipo decente. Isso é valioso"- se é!...
"(Rosa Lobato de Faria) tem uma forma de escrever elegantíssima. Preocupa-se com as histórias e dedica um trabalho enorme a cada frase. É uma pessoa que trata a literatura com seriedade. Não é uma pessoa do show business. E nunca a ouvi dizer mal de ninguém. Ao contrário de Lobo Antunes, que só oiço dizer mal de toda a gente, e não suporta ninguém que não seja ele" - aqui está um momento de bom senso. A escritora que refere é inexplicavelmente injustiçada, por quem nunca lhe leu nada. E a redoma de veneração a envolver Lobo Antunes é igualmente inexplicável...
Sepúlveda tem mais esta: "Um homem de esquerda tem de ser generoso. Por vezes sentimo-nos seguros, a salvo, como se o mundo começasse e acabasse em nós. Como se as coisas não nos tocassem. Mas essa é apenas uma posição cómoda, porque tudo nos toca, porque ninguém é prescindível neste mundo. Todos temos de assumir responsabiliddaes e, aí, renunciar à tal comodidade".
Parece-me que além de escrever bem, diz coisas sensatas, o que nos tempos que correm é raro.
Passar sem ferro (2)
Milhões de chineses (com eles é sempre aos milhões) praticam-na, presume-se que há muitos anos (com eles é sempre ...há muito tempo).
A roupa sai do estendal (=os fios que cruzam ruas e ligam casas pela electricidade) em cabides, perfeitamente engomada pelo sol e prontinha a ser vestida.
E não,... não é um aspecto pitoresco - é mesmo assim, em Shangai. (o senhor que recolhe a roupa na rua está de pijama - que é o traje pós-laboral de meio mundo)
Só para matar o tempo
Distracção
Passar sem ferro
terça-feira
Ainda a violência doméstica
50 queixas por dia, em média,
5 mulheres mortas pelos companheiros, por mês;
quase metade deles têm entre 25 e 45 anos;
a vergonha como alibí para suportar tudo.
É, outra vez, manchete no Jornal de Notícias
Ele é que a sabe...
Clooney's Plan: Date Different Actresses
[só actores/actrizes?
Por isso a MMGuedes vai dedicar-se à representação...
Também quero!....]
Tirar a temperatura ao blog
Este, por exemplo, parece pré-comatoso.
É certo que o nosso 'abono de família' adoeceu - mas não se nota. O resto do pessoal tem mais é que trabalhar - a vida está cara e há bocas para alimentar. Há também quem dê a impressão de passar a vida em aeroportos...
Assim sendo, e como não nos atrai falar de coisas (já tão) triviais como o fecho (reestruturação) das urgências hospitalares, os desaires do fim-de-semana no futebol, ou o ouro falso e as meretrizes de verdade que retribuiram árbitros,
... ou falamos de sabrinas, ou não sei como descalçamos a bota.
Aceitam-se propostas de dissertação.
Bem hajam!
segunda-feira
Lição de humildade
Nada mais adequado para fazer ver que nenhum político sai impune de escândalos que tolera ou participa, do tipo do 'mensalão'.
Há quem diga que se Lula não ganhou à primeira volta isso se deve à 'fuga' de votos para Heloísa Helena, a candidata presidencial dissidente do PT.
Gosto dela - embora não compreenda muito bem o pendor religioso da sua personalidade. Heloisa ficou longe de qualquer chance de ser eleita,... mas esta foi só a primeira vez que concorreu.
domingo
Obrigada António Costa Amaral...
Segredo de Estado
Onde é que eu já vi isto ?
Mulheres desmazeladas, credo!
Na página dois, esta semana, Maria José Nogueira Pinto (MJNP) explica como, com toda a sapiência popular, um taxista a definiu: 'a senhora é uma boa meia dose' (sic).
Há mais. Revela que antes de tomar decisões importantes vai para as lojas comprar roupa. Mas, ao contrário do que poderia supor-se, MJNP não tem grandes preocupações com a imagem - garante.
"Sim, mas sempre achei que as mulheres não deviam ser desmazeladas. Uma mulher desmazelada não serve para nada. (...) é uma mulher que não se trata, que não se penteia, que não se pinta um bocadinho, que não tem um berloque, uma roupinha da Zara. Hoje as mulheres desmazeladas não têm desculpa. Ter uma mãe desmazelada deve ser traumático. Não as imagino a tomar conta de nada. (...)Uma mulher desmazelada acaba por desmazelar tudo à sua volta."
[OK! ...podem parar de (sol)rir.]
Lisboa me mata!
iniciar uma viagem de autocarro de olhos vendados e entrar na casa e quotidiano de uma família, passando pelo fundo do mar e por um mar de flores na obra "Ceci n'est pas um bus" na bienal LUZBOA, foi uma das experiências artíscas mais fortes que tive. E aqui na nossa cidade. A LUZBOA que pintou candeeiros de vermelho, verde e azul nas zonas mais antigas da cidade, o que tanta polémica gerou, trouxe a Lisboa coisas únicas na arte de usar a luz. Terminou ontem mas valeu a pena. Lisboa começa a estar na rota mundial dos acontecimentos culturais. Espreitem em www.luzboa.com. Em 2008 há mais!