domingo

O que importa é ir à missa

José Luis Zapatero não foi à missa. O Primeiro Ministro espanhol recebeu o Papa na sua qualidade de chefe de Estado mas faltou à celebração religiosa. A ausência foi muito criticada pelo Vaticano. O porta-voz da Santa Sé lembrou, a propósito, outras visitas papais por exemplo à Nicarágua, onde Daniel Ortega foi à missa. Na Polónia, antes da queda do muro, lá estava Jaruzelski na missa. Fidel, Fidel Castro, foi à missa quando João Paulo II visitou Cuba. Aparentemente, pouco interessa quem são ou foram os homens que cita como bons exemplos. A forma como trataram ou continuam a tratar os outros seres humanos. Os atentados, as atrocidades.... Vão à missa, é isso que prevalece nas palavras do senhor porta-voz.
Acresce que Zapatero é ateu, ateu assumido. O que ia ele fazer a uma cerimónia religiosa que não lhe diz nada, na qual não acredita? O que faz um ateu na missa? Mantém as aparências. Coisa que a igreja católica, com discursos como este, não faz. As palavras do porta-voz deixam ver muita coisa.

3 comentários:

escola de lavores disse...

As missas católicas - que são as únicas que conheço (por que já em adulta me dei ao trabalho d eir a várias, para poder falar com conhecimento de causa) - são na sua maioria apresentadas de forma a despromover o raciocínio crítico (tal como as universidades, ou pelo menos aquela onde andei (ISCSP, da Universidade Técnica de Lisboa).

Quem tem dois dedos de testa (e genuina espiritualidade) faz as suas próprias meditações e reflexões, sem alimentar hipócrisias.

Só me espanta como é a Igreja continua a bater nas mesmas teclas. O marketing não é os seu forte por isso continua a perder fiéis.

susana disse...

Obrigada por escreveres o que tambem me ia pela cabeça sobre isto...as diferenças entre Portugal e Espanha também se medem pela coragem...cá ficamo-nos pelo protocolo de Estado, lá vão ao que interessa.

Anónimo disse...

Com o devido respeito pelos católicos, a Igreja (entenda-se, de Roma)precisa de quem a reduza à sua insignificância!