Começo por dizer que tambem me emociono ao ver pais e filhos a regressarem a Portugal de um dia para o outro. Mas sigo irritada com a história. Porque os portugueses sabiam que estavam ilegais num país estrangeiro. Porque houve quem tivesse pedido asilo político e invocado perseguição religiosa para justificar a saída de Portugal. Porque, à português, a ver se a coisa passa, constituiram família e continuaram a viver como se tudo estivesse bem, não estando. Acredito que o desespero turva os olhos de quem não quer ver mas aconteceu o que, legalmente, está previsto que aconteça. Os pais sabiam e, se calhar, podiam (e deviam) ter evitado a confusão que vai agora na cabeça das crianças que, em muitos casos, nem português sabem falar.
(Tenho a sensação de que vou abrir nova polémica mas as férias da Páscoa ainda não começaram...)
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5 comentários:
Chega mesmo a irrita-me ouvir comentários do tipo "Coitadinhos" ou Que o Estado Canadá é que o mauzão. Tal como me irrita solenemente ver gente a reivincar casas às câmaras municipais como se estas lhas tivessem roubado ou coisa do género. Porque eu hei-de contar tostões porque gasto boa parte dos rendimentos numa casa e outros hão-de tê-la de graça?
Devíamos era gritar contra a especulação imobiliária, isso sim. De facto todos direito a ter uma casa e devemos pagá-la, mas não precisava atingir o patamar do inacessível que atingiu.
E aquelas casas sociais, com vista de mar, junto aos Jardins da Parede...é para não desenraizar, pois claro...
perante factos que mexem com pessoas concretas, e são dramáticos, de pouco valem os argumentos. mas parece-me sempre bom critério (imaginar) pormo-nos no lugar do outro, e dosear com bom senso=equilíbrio.
ainda assim, acho INTRAGÁVEL que os pressupostos eleitorais do novo poder de Otawa armem tamanha confusão.
Os portugueses em situação ilegal sabiam que estavam em situação ilegal. Quando ultrapasso o limite de velocidade sei que estou a violar a lei, espero não ser apanhada mas, se for, tenho que pagar a multa.
Por outro lado, há dias ouvi Adriano Moreira defender que o Estado (independentemente do governo do momento) tem obrigação de fazer cumprir a lei, mas tem uma obrigação porventura maior de garantir o respeito pelos direitos humanos. Dá que pensar...
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