Não sei se um gajo tem de ir à tropa para se tornar num homem a sério(tantos não foram e são seríssimos!), mas um jornalista tem de se fazer ‘à rua’ para ser um repórter com todas as letras...
Isso percebe-se logo quando sai da escola a serio, e cai desamparado numa redacção problemática, como são todas.
Depois, o descaramento da sobrevivência ou a desfaçatez da inexperiência revela a coragem do mais tímido dos personagens. Quantas de nós não fomos assim, tímidas e inseguras, até que, na iminência de ‘ou tudo ou nada’, arranjamos a nossa maior lata - que fomos buscar sabe-se lá onde - e, no momento crucial, fazemos as perguntas que se impoêm...
É o sedutor deste trabalho: conhecer-nos numa faceta que julgavamos jamais possuir, a capacidade de nos ultrapassarmos e saltar muros (lá está!...). E receber depois uma expressão de surpresa e incómodo, oralizada com ‘it’s a very good question!’. Respirar fundo e pensar “esta, já está” e não correu (nada) mal.
Outra métrica possível é viajar sozinho. Com escalas, para países e culturas diferentes, onde não conheces ninguém, nem os hábitos, nem o que te espera, nem os anfitriões. E, lá chegando, desenvencilhar a rotina. E fazer o trabalho como se não tivesses saltado obstáculos. É muito diferente viajar assim sozinha, em trabalho, ou em grupo ou comitiva de pares de ofício. Há uma imensidão de variáveis que cozinhamos sós. É uma boa prova de desempenho, embora com a repetição pareça cruzada insana...
Viajar, digo eu, é sempre bom. Viajar fisicamente é melhor, independentemente do destino. E pode até sobrar tempo para filosofias baratas, como esta. Até porque quando se é contador das histórias dos outros, as nossas ficam para sempre em segundo plano.
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