sexta-feira

(Quando) brilhará o sol para todos nós?...

Nunca tinha visto um jornal ser promovido assim.
Não faço ideia o que lhes deu -às televisões. Foi a entrevista com o arquitecto na RTP, a reportagem na gráfica, na TVI, pelo menos... Já vi jornais nascerem e morrerem, e 'nem uma breve'. Agora, duma penada, foi o magestático funeral do Independente e o parto do Sol em prime time. A alguém deve pesar a consciência, porque isso não são notícias.
Desejo aos camaradas que fazem o Sol toda a sorte, e não me importo que, por isso, me chamem corporativista. Mas, nos últimos anos, sem falar dos jornais do 'tempo da outra senhora' que entretanto fecharam (Diário de Lisboa, Século, Diário Popular, A Capital, República, Opinião, etc.), nasceram e morreram, em duas décadas talvez, inúmeros projectos: Independente, O Diário, Europeu, Tempo, Liberal, O Jornal, Sete, O Ponto, Sempre Fixe, Jornal Novo, A Luta - e sei lá quantos mais (citei aleatóriamente e de cor).
Depois, para quem não recorda, vieram as rádios locais/privadas que agitaram os media e, nos anos 90, as televisões privadas. A publicidade tornou-se muito barata. Os jornais, todos, mesmo o jovem Público, tremeram. E continuam apoquentados. Espero que o Sol dure. Mas nada me surpreende. A não ser o que motivará esta vaga promocional do título que JAS lança em dissidência.
A ver vamos.
[Gostava mesmo que se lessem mais jornais]

1 comentário:

madalena disse...

Já agora não se esqueçam do "Já"!
E subscrevo: leitores precisam-se!