domingo

Éfeérriá



Agora que as universidades já anunciaram quem entra e quem fica de fora, venho por este meio declarar-me totalmente contra as praxes, os trajes académicos e tudo aquilo que, para mim, é sinónimo de estudante mentecapto.

Se a praxe é, por princípio, uma forma de facilitar a integração dos novos numa instituição, as formas cruéis, bárbaras, desumanas, desrespeitadoras de tudo e de todos que conseguem atribuir-lhe são vergonhosas. Se a função básica da Escola é formar o indivíduo não entendo como é que a Universidade formata indivíduos que se deleitam com a humilhação do(s) outro(s). Igualmente me faz confusão a moda dos últimos anos dos trajes. É todo um conceito que, para mim, devia estar longe de um estudante informado, preocupado com a ciência, com o futuro e com a vida. Esta coisa de andar de pandeireta, capa e batina não é compatível com o Saber que a Universidade devia incorporar. As regras da tradição a negro são o oposto da Modernidade que a Universidade devia honrar.

2 comentários:

escola de lavores disse...

Não sei se é incompatível, mas acho que é uma bestialidade! Quando entrei para a Fac não havia praxe, nem nada disso... e não faço ideia de quem foi o idiota que restaurou, muitos anos depois do 25/4, as tais práticas bárbaras de integração. Porque os que reintroduziram a praxe, tenho a certeza, não foram praxados. E, como por cá se faz, agora até no secundário - preparem-se jovens mães!... - só serve para humilhar caloiros já de si apoquentados com experiência de entrarem em escolas nova.
Felizmente que na EdeL não temos praxe!

W. disse...

Não percebo o porquê de insistirem na igualdade "Estudante Trajado = Tunante Bêbedo". Ainda que seja coincidente, por vezes, não é uma verdade universal. Dando de barato a polémica das praxes (porque nunca vou conseguir convencer as escribas que é de facto uma prática integrante), haverá problema os pertencentes a uma instituição, à Academia, quererem demarcar-se do resto da população? Não são melhores nem piores, são diferentes!
Ou no políticamente correcto do séc. XXI a diferença tem que ser combatida? E porque não deixar o traje como lembrança que os estudantes têm força própria, capaz de mudar mentalidades, sem precisar de apenas obedecer cegamente à Modernidade ensinada pelos magníficos professores?

Mas pronto, isto serão certamente ideias parvas de um estudante mentecapto...