segunda-feira
Qana
"-«O melhor é dar cabo deles enquanto são pequenos. Não lhes deixar levantar cabelo. Que amaldiçoem o dia em que tiveram a loucura de nos provocar. A sua casa é aqui ?
(...)
Fima agradeceu ao taxista, desejou-lhe boa viagem e ao sair do carro perguntou:
-«Então, na sua opinião, até quando continuaremos a assassinarmo-nos uns aos outros ?»
-«Por mais uns cem anos. Foi assim também no tempo da Toráh. Isso não existe, lá isso da paz entre um judeu e um goy. Ou eles estão por cima e nós por baixo, ou eles estão no chão e nós sentados em cima. Talvez quando vier o Messias ele os ponha no lugar. Muito boa noite. Não tem nada que ter pena deles. É muito melhor que em Israel comece um judeu a ter pena doutro judeu. Este é que é o nosso problema.»
(...)
Se não fosse a fadiga (...) não desistiria. Não poderia fazer orelhas moucas e ficar calado. O seu dever era tentar persuadir o motorista com uma argumentação incisiva, serena, sem se deixar arrastar pela cólera. Lá bem no fundo, sob espessas camadas envenenadas de crueldade e de medo, decerto que cintilava ainda uma centelha de razão. Era preciso tentar acreditar que era possível cavar para desenterrar o Bem sepultado sobre os escombros. Existe ainda uma réstia de esperança de converter aqui uns quantos corações e abrir uma página. Seja como fôr, a nossa obrigação é preserverar. É imprescindível não ceder nunca."
Amos Oz in A Terceira Condição
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2 comentários:
brutal... não suporto acompanhar esta guerra...
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