quarta-feira

Dor

Não sei o que sentirá hoje aquela mulher que perdeu o bebé a caminho de Portalegre. Perante a notícia que passou, ontem, na televisão apenas pensei nela e nos dias que vai ter de enfrentar. Será que alguém a irá convencer que a perda do bebé poderia ter acontecido mesmo se tivesse sido atendida em Elvas? Se em vez de a colocarem numa ambulância – sem qualquer acompanhante profissional – pudessem ter feito um exame ali mesmo? Se pudessem ter tomado medidas naquele instante? Se tivesse tido essa oportunidade será que o desfecho teria sido aquele? Até pode ser que sim… mas choro aquela perda... Quantas mulheres poderão ainda vir a viver situações como estas?

3 comentários:

dina disse...

Será que a maternidade de Elvas tinham meios para salvar a criança? E porque será que na primeira versão da notícia dava a ideia de que tinha surgido um problema no momento do parto quando, o que aconteceu, foi um aborto? Até onde vai a manipulação?

escola de lavores disse...

Sim, foi um aborto. Mas ficámos sem saber o que estava na origem do mesmo... a televisão passou a notícia de forma muito sensacionalista. Eu li a notícia na Lusa e depois vi os telejornais.
Talvez a maternidade de Elvas não seja a melhor do país, talvez não tenha condições, efectivamente, para estar aberta... Será que tinha meios para salvar a criança? Não sei... há situações em que nem mesmo todas as condições podem fazer alguma coisa... mas, ainda assim, lamento a forma como tudo aconteceu aquela mulher.
O que queria dizer com o meu post era: já deve ser tão duro viver com um aborto quanto mais ter de lidar com a dúvida se tudo poderia ser diferente se a maternidade tivesse agido na hora. Afinal, mesmo com poucas condições, continuam a haver profissionais que devem saber o que fazer em situações como aquela...

susana disse...

Há de facto notícias cinicamente muito oportunas...