Na crónica de José Eduardo Agualusa, de hoje, na revista Pública, o escritor fala das feiras do livro, em particular da de Lisboa que abre na próxima quinta-feira. Diz que é "uma das raras iniciativas que ainda ligam o Portugal dos nossos dias ao Portugal de 1930", e que estará adequada ao local feio que é o Parque Eduardo VII. Mesmo entre os editores é consensual que a Feira do Livro, tal com está, é desinteressante. Haverá pois necessidade de lhe 'dar uma volta'.
Agualusa reporta depois o seu testemunho da Feira do Livro de Turim e sugere que "Lisboa deveria ter uma feira à altura da sua condição de cidade-mãe do mundo de língua portuguesa. Uma feira da lusofonia (...)À semelhança do que acontece em Turim ou Frankfurt, a Feira do Livro de Lisboa poderia transformar-se então num importante evento de venda de direitos autorais. Evidentemente, teriam de ser outros os organizadores, e outras as instalações. Tenciono viver muito tempo. Pode ser que ainda veja isto acontecer."
Esta afirmação dá que pensar. Mesmo optimistas, temos esta atitude: esperamos ver acontecer.
Mas se temos os meios, a envolvente e a responsabilidade que advém do prestígio que nos reconhecem, por que não tomamos a iniciativa?
domingo
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3 comentários:
Já nem lembro quando foi a minha última visita à Feira do Livro...
Manter-se desde 1930 demonstra falta de interesse?
No meu modesto entender, desinteressante é querer 'modernizar' a feira com negócio de direitos de autor; desinteressante é desfazer duma coisa argumentando a sua longevidade; desinteressante é desfazer do Parque (ou estragá-lo com cutileiradas); desinteressante é imitar o estrangeiro.
Desinteressante é o artigo...
Interessante seria ir à feira comprar livros.
Cumpts.
E lê-los, obviamente. Cumpts.
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