domingo

O marketing político visto pelo Expresso

Nicolau Santos e Fernando Madrinha explicaram-nos a mensagem subliminar do footing de Sócrates na baía de Luanda.
Para Madrinha, ele foi "uma metáfora dessa nova tranquilidade existente no país desde o fim da guerra civil. Por isso, corresponde não a um gesto de simples folclore político, mas a um acto simbólico da mais pura diplomacia." (Ah...)
Para Nicolau Santos, o PM passou assim a mensagem de "que se pode passear nas ruas sem se ser inevitavelmente assaltado. Que não há tiros em cada esquina. E que, por isso, esta é a altura de se poder apostar de novo em Angola." (Ah...percebi. Apesar de ter lido, durante a semana, num diário, que a corrida acabou com batedores, mas isso não interessa...)
Do vôo com 1/3 do PIB do director-adjunto do Expresso ficámos tambem a saber que entre os 78 empresários que foram com o PM só havia uma mulher (bonita, por sinal), que o grupo dos 77 era muito macho, "mais gordo do que devia porque come e bebe bem, veste caro mas sem elegância (...) adora discutir futebol (...) além de guardar dentro de si aquela pulsão nacional que faz de cada português um transgressor de leis que está-se mesmo a ver não são para cumprir". Pois, porque se percebe então que, no espaço fechado que é um avião no ar, fumou-se. Cá em baixo, andava um ministro do mesmo governo a tentar justificar a sua proposta anti-fumo. Como é que Sócrates vai agora convencer o povo da bondade da iniciativa ? E os empresários, nas suas empresas ?

2 comentários:

escola de lavores disse...

Que seria de nós sem as contextualizações do Expresso?!Infelizmente o povo não lê o Expresso, logo nem Sócrates nem os empresários tentarão convencer ninguém da bondade da coisa...
Aguardo ansiosamente o jogging matinal DIÁRIO do PM da sua casa na Castilho, pelo Marquês de Pombal, com passagem pelas obras infinitas do tunel, Av. da Liberdade abaixo...Quando começa?

escola de lavores disse...

No Expresso pode-se ler o Pedro d'Anunciação falar de Maria Flor Pedroso como uma espécie de domadora de Marcelo... e aconselhar o Professor a escolher 'convidados pessoais com quem conversa' ou a arriscar "enfrentar as câmaras". Será?