Por vezes, uma boa história basta para fazer o retrato de uma realidade bem mais vasta. É o caso desta contada na Rádio Renascença por Maria José Morgado.
Passou-se recentemente com ela, no Tribunal da Boa Hora. Um homem pediu-lhe para ser recebido porque tinha dados para lhe revelar. Tratava-se de uma lista de todas as penas cumpridas por alguém condenado por crimes diversos e em tribunais diferentes. A magistrada tentava há algum tempo, e sem êxito, reunir esses mesmos dados para poder avaliar se o detido estava em condições de gozar de liberdade condicional mas a falta de ligação entre os diversos palcos da Justiça não estava a facilitar-lhe a vida.
Satisfeita, agradeceu a ajuda e quis conhecer a identidade do portador dos dados. "É familiar do detido?" - perguntou. "Não, não. Eu sou o preso. Pedi uma precária para vir tratar disto senão nunca mais".
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1 comentário:
Incrível!
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