sexta-feira

Por favor, não olhem

Vi, pela primeira vez, os tão esperados paineis colocados nas autoestradas com os preços dos combustíveis e garanto: aquilo, se servir para alguma coisa, é para causar acidentes.
Quem passa a 120 à hora, ou a 100, ou mesmo a 90, a única coisa que vê são uns zeros seguidos de mais uns algarísmos que são totalmente impossíveis de ler, quanto mais de comparar. Para isso, seria preciso parar, conhecer os preços ao cêntimo e ter a certeza que na próxima bomba é mais barato, ou mais caro.
Lembro-me, há uns anos, de uma polémica que surgiu em espanha por causa dos touros colocados juntos às estradas para fazer publicidade a uma bebida qualquer. Queriam tirar os touros porque diziam que distraíam os condutores. E os touros não tinham números, não tinham nada para ler. Agora imaginem o que pode provocar a tentativa de comparar preços de gasolina a 120 à hora. Inventa-se cada coisa.....

2 comentários:

bluewater68 disse...

Bom dia.
Já acompanho este blogue há algum tempo, e esta é a primeira vez que comento. Apenas para dizer que partilho da opinião expressa neste texto. Eu reconheço que a minha falta de vista tem vindo a aumentar, e que não posso servir de comparação, mas tenho sérias dúvidas que a maioria dos condutores que conduza a 120Km/h, consiga ler os valores e comparar seja o que for. E como uma cretinice nunca vem só, some-se o comentário do secretário de Estado do Consumidor, Fernando Serrasqueiro «o objectivo era ter um conhecimento dos preços. Mas (os painéis) até geram uma vantagem: ao fim de tantos anos sabemos os preços dos combustíveis, estamos agora a detectar que muitos são iguais. A vantagem foi alertar os consumidores para isto»
Se não fossem estes painéis nós nunca seriamos capazes de perceber que os preços são todos iguais. Bravo.
Estes painéis também podem servir para as novas consultas de oftalmologia (http://makejetomosso.wordpress.com/2009/05/15/oinimigomarafado-xii/).
Cumprimentos

dina disse...

a sua ideia de aproveitar os paineis para consultas de oftalmologia parece-me óptima. Assim, já só faltam os oftalmologistas, não é?