sexta-feira

Maus chefes provocam ataques de coração

Desta vez é impossível não concordar com Isabel Stilwell, no editorial do Destak
"Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.
ISABEL STILWELL

5 comentários:

susana disse...

Segundo problema: E se as estruturas forem como os chefes ?...

luisa disse...

O único 'remédio' é mudar a nossa atitude, porque não conseguimos mudar (ess)a realidade. Que tal experimentar outro cenário?
Quando a sanidade mental e/ou física está em risco, vale a pena arriscar.

Anónimo disse...

Eu então tenho uma colecção tal dessas bactérias que deviam mandar fechar o local para desinfecção. Aquilo é mais mortal que Chernobyl.
Dina

Anónimo disse...

Experimentar outros cenários poderá melhorar o coração mas pesa na consciência, como se te tivesses deixado vencer pelo terrorista-mor. Duras de roer, doa o que doer, é o lema de quem lhes (sobre)vive e com eles convive!
tati

madalena disse...

Sugestão: fazer-lhes a vida num inferno de forma a sermos nós a provocar-lhes um ataque de coração.
é a táctica da antecipação...