quarta-feira

Prometo...

...não emprenhar pelos ouvidos construindo modelos a partir APENAS das notícias que oiço/leio.
Depois de uma hora a ler isto, mudei a minha opinião sobre o caso "Esmeralda".

7 comentários:

Anónimo disse...

Há muita gente que é da opinião de que a Esmeralda deve ficar com o casal que tomou conta dela até hoje e que nunca cumpriu as determinações do Tribunal de entregar a criança ao pai. Lembro que o pai da menina requereu a sua guarda logo três dias depois de ter tido conhecimento de que era realmente o pai. Tudo se tem infelizmente arrastado até agora.

Vou contar um história que qualquer pessoa se lembra:

A daquela menina raptada numa maternidade do Norte do país há cerca de um ano e cuja raptora está em prisão preventiva e a ser agora julgada pelo crime.

A criança estava bem tratada! Ninguém dúvida que a Sra desejou muito uma criança, tanto que correu o risco de ser descoberta (como aconteceu) e ser presa. Durante todo o tempo que tratou da menina certamente que desenvolveu por ela um sentimento de amor. Para aquela mulher, aquela criança era a sua menina.

Por outro lado, ninguém dúvida que para a menina, a Sra. que a raptou era a sua mãe, pois era a única que durante todo este tempo conheceu como mãe, tratou e brincou com ela e lhe deu carinho. Até nem compreende o que se está a passar: porque é que está longe da sua "mãe"?! Ao ser agora entregue a uma mulher que desconhece (a mãe biológica) a criança sofreu também um choque psicológico.

Conclusão:
Assim, se seguirmos o raciocínio das pessoas que acham que a Esmeralda deve ficar com o casal que há muitos anos não acata ordens do Tribunal (tudo em nome do superior interesse da criança), então a criança que foi objecto de rapto também deveria permanecer com a única mulher que reconhecia como mãe. Eu não concordo consigo!

Zé da Burra o Alentejano

susana disse...

Mas, se não sabe qual é a minha opinião, por que é que diz que não concorda comigo ? Julgo que o seu comentário vai no sentido certo. Mais tarde farei outro post sobre isto.

Anónimo disse...

Eu só referi que "Há muita gente que é da opinião de que a Esmeralda deve ficar com o casal que tomou conta dela...", com isso não quiz dizer que o amigo estivesse incluído no grupo, mas, se estivesse, respeitaria na mesma a sua opinião, apenas aguardaria uma contra argumentação.

Obrigado pela atenção e desde já lhe peço que me desculpe se não fui capaz de transmitir o meu parecer correctamente.

Zé da Burra o Alentejano

Anónimo disse...

É verdade que no fim do meu primeiro comentário consta indevidamente "Eu não concordo consigo!". Isto foi um lapso meu, pois fiz copy/paste de um outro comentário que fiz e ao fazer as adaptações passou-me esta frasa

Anónimo disse...

Ó Susana estou a ficar mesmo burro, então até a tratei por "amigo". Não ligue são coisas já da idade. Cumprimentos!
Zé da Burra o Alentejano

rps disse...

Não vou ler nem sei qual é a tua opinião.
A minha é a mesma desde o início: não sei quase nada, apenas duas coisas:

a) tomar conta de uma criança de terceiros, mesmo com a melhor das intenções, é de um acto de uma irresponsabilidade sem qualificação;

b) a campanha da maioria da Comunicação Social a favor do casal que tomou conta da criança é ainda mais inqualificável.~
Nunca, por exemplo, um "Prós e Contras" me tinha dado vómitos, mas apenas urticária.
Como se pode usar em jornalismo expressões como "pais afectivos" e "pais de coração". O que é isso?

Anónimo disse...

Nem sempre é justo que a primazia seja dada aos pais biológicos - veja-se o caso da menina do Porto que foi morta pelo pai e pela avó e encontrada a boiar no Douro. Todavia, neste caso, o pai sempre quis a filha. Nada no comportamento dele indiciou nisto um capricho ou outros interesses fúteis. Ele quis realmente a menina desde que soube que ela era filha dele.
A comunicação social fraquejou neste aspecto e o país, que se pela por uma boa novela da vida real, juntou as mãos no peito e suspirou pelos pais "do coração". Pais esses que simplesmente mantiveram uma criança sabendo que ela tinha um pai que a quis, desde uma idade em que a entrega da menina ao verdadeiro pai não seria, de longe, tão traumática como agora.
Esses pais não merecem um prémio por simplesmente terem tomado conta de uma criança sabendo que não o podiam fazer, passando por cima da adopção legal e terem desrespeitado todas as ordens do tribunal durante mais de três anos. E tratando o pai biológico com esta tremenda falta de respeito.