segunda-feira

Uma onda que os leve a todos

Pela enésima vez, o mar destruiu o paredão que serve de protecção ao Clube de Campismo de Lisboa, na Costa de Caparica. Perante a fúria do mar, os campistas revoltam-se contra o governo, exigem a demissão do presidente do INAG e querem mesmo ser indemnizados pelos prejuízos. A única coisa que os campistas esquecem é que já deviam ter deixado aquele local há anos. É perigoso e inadequado. Está num local absolutamente impróprio para qualquer tipo de construção. Argumentos mais que suficientes para ter tirado dali, há muito, o dito parque de campismo. Além disso, estes problemas de erosão da costa não são de hoje. Há pelo menos dois meses que se repetem semana sim semana não. Mas os campistas lá ficam, de pedra e cal (literalmente) à espera que o mar leve as coisas e o governo pague um subsídio chorudo por perdas e danos. Os jornalistas lá vão, todas as preia-mar, dar conta do avanço das águas e dos protestos indignados dos campistas. E nós, os contribuintes, continuamos a pagar obras, pedra, areia, máquinas para salvar as barracas que há muito deveriam ter saído dali.

3 comentários:

Pedro Almeida disse...

Muito bem, exactamente o que penso.
Um Tsunami pelo nosso litoral todo resolvia muitas "habitações de férias à beira mar plantadas".

rps disse...

Por mim, todos os campistas do país deveriam dirigir-se para os parque da Caparica e meterem-se fechados nas tendas antes da praia-mar.

Praia-mar que os leve!
Quem é campista não deve ser lá muito bom da mona...

susana disse...

Muito bem