Ponto prévio: Já acompanhei várias visitas oficiais ao estrangeiro. Inclusive a do PM António Guterres à China em 1998.
1. Tinha pensado enviar postais com regularidade mas o clima de tensão em que decorreu esta visita fez-me mudar de ideias. Para os protagonistas políticos, os jornalistas "ou estão conosco ou estão contra nós". É uma visão que infelizmente nos acompanha nas campanhas eleitorais. ( Lembro-me de Pedro Santana Lopes, na última, ameçar mostrar num comício no Porto, um filme com as reportagens que, segundo ele, estavam a prejudicar a caminhada do menino-guerreiro.) A culpa é sempre dos jornalistas que empolam um pequeno facto sem interesse nenhum. A responsabilidade pelo fracasso é inevitavelmente atribuída a quem se lembrou de fazer a noticia e não ao sujeito da acção. É sempre mais fácil acusar o outro do que assumir o erro. Afinal, qual é o papel do jornalista ? Contar o que se passou ou o que o protagonista quer que ele conte ?
2. Nunca tinha levado um "ralhete" de um Primeiro-Ministro. José Sócrates não gostou que à porta da sede da Expo Shangai 2010 os jornalistas portugueses tivessem feito "barragem" pedindo-lhe uma resposta sobre a polémica Manuel Pinho, e no avião para Macau deixou-o bem claro. Eu tambem não gosto do método mas as horas seguintes acabaram por demonstrar que foi graças a ele que Sócrates falou. Os jornalistas andavam desde o jogging em Pequim a pedir-lhe uma reacção. Nada. Até ao incidente.
3. No dia-a-dia mediático as televisões são rainhas, os jornais príncipes e as rádios...pronto...estão lá. Esta visita acabou por demonstrar que a Rádio tem mais importância do que parece.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
estará na altura de sócrates requisitar de novo a mestria de um lpm?...eu acho que sim.
parabéns susana, pela tua clareza e coragem!
(ass: luisa rego)
Enviar um comentário