Estive a ler o acórdão do caso pai biológico/pais adoptivos e soube que : " 50- O Demandante quis e quer, desde que o soube ser, assumir-se realmente como o pai da menor Esmeralda, ainda hoje espera adormecê-la, acordá-la, levá-la à escola, alimentá-la, tratá-la na doença, passeá-la, brincar com ela, apresentá-la aos tios, primos e avós, dar-lhe a conhecer a sua realidade, inseri-la no seu agregado familiar composto por si, a sua companheira já de há alguns anos e o filho menor desta, a quem trata por o meu pequenito.
51- Gosta muito de crianças
52-Tem construído a sua vida familiar perspectivando englobar nela a sua
filha Esmeralda, mudou de casa para recebê-la, mobilou e decorou um quarto só para
ela."
É pena que não tenha tido tanto sentimento quando lhe foi anunciado que iria ser pai. E que, perante tanta dúvida sobre a origem do ovo, não tenha tratado mais cedo e por sua iniciativa do teste de paternidade.
Mas este acordão não põe em causa a justiça de uma juíza - Fernanda Ventura - mas sobretudo a de quem a 13 de Julho de 2004 decidiu atribuir ao dono do espermatozóide o poder paternal da criança. Mais uma vez se prova que, mais importante do que o bem estar da criança, é a relação de propriedade que impera. Ou seja, esta indignação nacional só peca por tardia.
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2 comentários:
Muito bem, Susana... aliás, ia morrendo a rir só de ouvir as explicações dque o tipo da associação sindical dos juízes portugueses veio dar à TV. É mais importante cumprir todas as alíneas da lei - mesmo que mal feita - do que adaptá-la à realidade. Enfim...
Está díficil aqui entrar, aliás foi a primeira vez...
Susana, que peças avulsas deste embróglio é que coseu?
O linho de uma opinião sexista, leu bem, sexista e não feminista, o nailone do senso comum e, menos sério para uma jornalista, o algodão de um manto de retalhos de notícias que deixa entrar o frio por todo o lado?
É com isso que se petende aquecer?
Sérgio
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