domingo

Segredo de Estado

Ou a moção de José Sócrates ao congresso socialista desvenda o terceiro segredo de Fátima ou o silêncio que o secretário-geral do PS decidiu montar à volta do documento é tema para analistas da estratégia de comunicação do PM. Por ser domingo, confesso que esperava ver alguma coisa no Sol ou no Expresso mas nem os semanários conseguiram uma linha. Oficialmente, Sócrates pretende só desvendá-la na sexta-feira, no Porto, onde começa a campanha interna para a reeleição contra ninguém. Mas o caso atingiu foros de surrealismo quando na quinta-feira à noite ninguém dizia nada e na sexta-feira de manhã se soube que na noite anterior, pé ante pé, discretamente, às 22 h, Marcos Perestrelo tinha entregue no Largo do Rato a dita moção...secreta, muito secreta. Estavam os tansos dos jornalistas preocupados com a hora da entrega no último dia do prazo e a jeitosa lá jazia no cofre socialista que, até ao momento, ainda ninguém abriu. Ora, tanto segredo com o conteúdo e com a forma, das duas uma: ou tem uma bomba ou está tudo maluco.

5 comentários:

Anónimo disse...

Podemos começar a arriscar palpites, justamente na perpectiva da bomba e do está tudo maluco...
(exemplo: Sócrates vai propor a 'cristianização' do Estado e dará o exemplo, casando-se pela Igreja...)

dina disse...

Alguém quer, de facto, saber o que vem na moção? A sério... Normalmente, as moções têm um parágrafo com qualquer coisinha para lead e de resto são dezenas de páginas de palha.

Anónimo disse...

Mas o que aconteceu à Dina para estar tão radical? As moções ao congresso são documentos sérios que orientam o partido durante quatro anos... e também o governo minha querida, também o governo.

Anónimo disse...

A moção tem a chave do próximo sorteio do totoloto. E também o número do joker, contando da esquerda para a direita todas os "que" existentes em cada linha. Voilá!

dina disse...

Estou comovida com a candura do anónimo que comentou a seguir a mim. "Documentos sérios que orientam o parido (...) e o governo". Lindo! ~Só uma rectificação: não são quatro anos, são dois.