quinta-feira

Verdade Inconveniente


Conheci Al Gore em 1992 no Rio de Janeiro. Na altura ainda não tinha sido sequer nomeado como candidato a vice-presidente de Clinton. Estava na Cimeira da Terra como presidente da Globe, uma associação de defesa do ambiente da qual Carlos Pimenta era, à época, um dos vice-presidentes. As suas ideias e preocupações pareceram-me, então, quase revolucionárias. Gore falava de aquecimento global, de efeito de estufa, de biodiversidade, palavras que ainda ensaiavam a sua entrada no discurso político.
A Cimeira da Terra acabou por ser um fiasco, culpa dos Estados Unidos que não assinaram nenhum dos compromissos necessários para salvar o planeta. Gore seguiu o seu caminho, fez dois mandatos na Casa Branca, perdeu na secretaria uma eleição presidencial, curiosamente contra o filho do presidente que em 92 ditou a morte da Cimeira da Terra. Regressou agora via celuloide. A agitar consciências e a dizer, como já dizia há 14 anos, que o futuro, no que toca à destruição do planeta, é agora. Duvido muito que tenha mais sucesso que no passado mas ao menos diz o que é preciso.

1 comentário:

Anónimo disse...

A questão principal está na importância que cada um de nós dá a essa mensagem!
Que comportamento alterámos desde que esses conceitos foram apreendidos?!