quarta-feira

Taxas de utilização

RPS refere-se a isto num comentário mais abaixo e neste caso dou-lhe razão. Correia de Campos na comissão parlamentar de saude justificou hoje o pagamento de taxas moderadoras no internamento porque "se o cidadão estiver a pagar uma pequena taxa moderadora por dia de internamento, ele próprio incentiva o hospital e aqueles que o tratam, desde que não haja necessidade, a poder ser libertado e enviado para casa". (A transcrição é via Rádio Renascença) Para o ministro a generalidade das pessoas deve adorar estar internada. Estão fora de casa, com visitas controladas ao relógio, com dores mas deitadinhas, cama e roupa lavada, comidinha na boca, o que é que querem mais ?!!! Vá toca a despachar o tratamento que a minha vida não é isto. Ainda o cateter, bolas, quer dizer que ainda não estou fina ? Mas tire lá isso senão é mais um dia de taxa...
Julgo que Correia de Campos tem sido bastante poupado pelos media e pelos comentadores. Não sei se é fruto de boa imprensa mas há uma série de dislates que têm passado ao lado. Recordo-me de um inquérito de Verão em que o ministro dizia que jamais iria a um SAP. Correia de Campos parece uma daquelas pessoas de quem já se pode ouvir tudo que nem merece reacção.

5 comentários:

escola de lavores disse...

Acho que tens toda a razão, Susana. Este ministro deve gozar (d)a chamada 'boa imprensa'. Tenho 'apreciado'as posições e expressões dele e pasmo com o que os nossos editorialistas não dizem -mas diriam 'forte e feio' se, em vez de ser o Professor Correia de Campos, mui conceituado especialista em A.Pública e Saúde, fosse por exemplo uma Leonor Beleza a dize-lo.
Aliás, qualquer pessoa que tenha estado internada num hospital público - e sou 100% a favor do SNS - adora a a experiência!Adora a estadia! Mais: quem adoece adora estar doente!Uma urgência é mesmo o supra-sumo do usufruto do tempo de ócio de qualquer cidadão. O internamento num hospital é o melhor programa de férias que se pode ter!
Desculpem, mas esse senhor, com o que tem dito, precisava de uma lição de humildade.Como diz uma amiga minha, não há como os internamentos hospitalares para nos ensinar a humildade.(última nota: desconfio que é destes tipos assim, a dizer barbaridades com um sorriso nos lábios, que o PM gosta de ter no governo; mostra que são 'tesos'. Bada*****!)

Anónimo disse...

Nem já ninguém se lembra de quando o idiota foi a um hospital ou centro de saúde em Viseu, quando esteve antes no governo, e partiu uma cadeira velha porque achou que os hospitais e os centros de saúde não deviam ter mobiliário velho? A imprensa achou graça mas o certo é que ficou um assento a menos para as pessoas necessitadas!

Woman Once a Bird disse...

Nos casos do abandono de familiares idosos no hospital, a dita taxa também não resultaria. Afinal de contas, provavelmente, nem consta do agregado de quem o abandona... Não será por aí...

Anónimo disse...

Muito gostava eu (e suponho que não estou só) que os Jornalistas pensassem na célebre frase "Espanha, Espanha, Espanha" e fizessem trabalhos jornalísticos sobre todas as áreas que esta aparentemente simples frase abrange.

Poderiam começar pela saúde e pelo SNS espanhol, que é praticamente único e universal.

Eu já fiz a experiência quando fui a um centro de saúde para inscrever toda a família de um filho meu que foi trabalhar para Espanha.
Disseram-me logo: primeiro têm que estar todos recenseados na freguesia. Disseram-me também que não queriam que tivéssemos problemas e que se fosse preciso um consulta naquele dia, não havia problemas.

Depois, noutro centro de saúde espanhol, entreguei o meu cartão SNS (magnético, moderno). Resposta: No sirve. No tiene sus datos!

Em Espanha não se paga taxas moderadoras. Os medicamentos são mais baratos.

Num hospital de Cáceres, entregam aos doentes kits de higiene pessoal que até inclui sais de banho. Nas casas de banho existem tapetes junto às banheiras.
Aos idosos que tenham dentes postiços é entregue uma embalagem selada contendo uma caixa ergonómica para guardar os ditos...

Mas os abusos são mínimos porque há um grande controlo - não há vinhetas, há carimbos oficiais, muito controlados, e os médicos não podem andar com receitas e vinhetas na mão para passar ao amigo, ao vizinho, pr'ó cão, pr'ó gato e pr'ó periquito.

Com uma lei muito semelhante à nossa, não é necessária mais uma lei de despenalização do aborto.

Os médicos em Espanha não são corporativistas.

Em Espanha, O CIDADÃO (cumpridor) CONTA!

Cara(o)s Jornalistas: tenham a generosidade de fazer trabalhos jornalísticos sobre Espanha, Espanha, Espanha.

Anónimo disse...

Home lampo e cao rabelo......Pr´o gato ?