Gaja, que é gaja, gosta de revistas. Não sei se gajo gosta, mas talvez consuma menos. Gosto da cor, do formato e da luz das revistas. Nalgumas gosto especialmente da edição e dos temas.Há muitos anos depauperava o exíguo orçamento mensal a comprar uma revista italiana a que perdi o rasto. 'Il piacere' - só o nome diz tudo! - estava muitos anos à frente do que se fazia em todo o lado. Adiante.
Há revistas excelentes como 'Enjeux les echos' que tornam temas 'secantes' num achado jornalístico. Há revistas liberal-conservadoras, como 'The Economist', que resumem o mundo de um modo tão simples que até parece fácil de entender. Houve revistas magistrais, como a 'Life' que mostravam quase tudo. Há revistas maduras, como a 'The New Yorker' que não têm medo de dizer que a investida de Israel no Líbano estava prevista muito antes do rapto dos soldados israelitas (que serviram de justificação à guerra). Há revistas francesas, como o 'Nouvel Observateur' ou 'Le magazine littéraire' que fazem edições temáticas excepcionais. Adiante, que a erudição já vai longa...
Agora, sempre que posso, delicio-me com o 'El País Semanal', aos domingos com o dito jornal, e mais recentemente com a 'Yo Donna', do jornal El Mundo, aos sábados. Há, é claro, muitas outras revistas apreciáveis mas, nestas, as reportagens, as entrevistas, as crónicas e os artigos menores são quase sempre apelativos, bem elaborados, acutilantes.
Porque não há revistas assim em Portugal?
4 comentários:
Subscrevo totalmente: "Gaja, que é gaja, gosta de revistas".
Talvez seja por isso que quase nunca compro jornais, quando os leio é porque estão na mesa do café ou à mão em casa dos amigos e família.
Bjs
Faltou-me referir que quando compro jornais é por causa das revistas.
Bjs
Não há porque as empresas não arriscam e os/as jornalistas têm medo e não têm força!
permita-me só discordar num detalhe: os jornalistas não têm medo.
Enviar um comentário