terça-feira

A guerra em português

O Líbano sempre foi, para mim, tudo menos sinónimo de paz. Mas, pelos vistos, (+-) 20 almas portuguesas escolheram-no para viver e, segundo leio, até turistas (que concerteza não lêem jornais) foram apanhados pela ofensiva israelita. Agora é o "acudam" ao governo português para os tirar de lá. Cinicamente direi que este grupo teve o mérito de pôr ESTA guerra no início dos alinhamentos dos jornais. Hoje, por exemplo, num noticiário de rádio, os primeiros sete minutos foram dedicados ao drama do resgate dos portugueses. A seguir lá fiquei a saber que até essa hora não tinha havido nenhum novo ataque israelita e outros desenvolvimentos do terreno. À noite na televisão ouvi uma portuguesa que, no drama da saída, passou por um bairro desfeito com corpos esventrados e tripas de fora, crianças incluídas. Claro que isto tem força de telejornal por ser contado em português. As leis do jornalismo soam neste cenário tão grotescas...Seja ou não em português a guerra é monstruosa. Esta guerra que começou por ser abafada pelo rescaldo do Mundial agora é contável. Desculpem, mas não é dos portugueses que lá estavam (e estão) que eu tenho pena.

3 comentários:

escola de lavores disse...

Susana?! voltaste?... vens salvar as audiências! Oh!... agora vejo pelo calendário que foi só aquela pausa. Volta rápido, sff.

susana disse...

Desculpa, mas as audiências estão óptimas. E vocês, mesmo com concertos pelo meio, fartaram-se de trabalhar esta semana. Muitos parabéns !!!

rps disse...

"até turistas (que concerteza não lêem jornais) foram apanhados pela ofensiva israelita" (no Líbano)

Parece-me um local bem mais interessante para férias do que as praias algarvias...