quinta-feira
Da perda
O artigo que o psicólogo Eduardo Sá escreveu na última edição da Notícias Magazine fala da morte, de como se explica a morte a uma criança. Já tantas vezes pensei sobre o assunto…Nunca é fácil, mas acho que nunca é fácil para ninguém, nem mesmo para um adulto. Ainda esta semana falava com uma mulher sábia sobre isso mesmo. Dizia-me ela que, aos nove anos, por exemplo, uma criança consegue contornar a perda de alguém importante. Consegue atribuir-lhe uma explicação qualquer criada pelo seu mundo muito próprio. Guarda-a na memória como se a pessoa estivesse ausente, longe mas não morta. Eu tenho alguma dificuldade em compreender isso mesmo, mas acho bonito. Aos nove anos entende-se tanta coisa, pressente-se tanta coisa. Mas concordo com o Eduardo Sá… nunca digam a uma criança que o avô foi para o céu.
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2 comentários:
Eu sou assim, não consigo encarar a morte sem a guardar na memória como se a pessoa estivesse ausente, longe mas não morta.
Até posso ser confrontada com a perda, ver o corpo, assistir ao enterro, mas a minha mente dá logo a volta ao texto - está ausente, não morto.
Bjs
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