Levantou discussão sobre o jornalismo. Mas infelizmente o rastilho queimou rápido demais. Lembro-me de Cunha Vaz (proprietário de um grupo que reúne agências de comunicação e revistas) dizer qualquer como isto: se os produtos (matérias editoriais) sugeridos não fossem bons, ninguém os comprava. Não deixa de ter razão, mas o certo é que os jornalistas ocupam demasiado tempo com produtos oferecidos pelas partes interessadas em detrimento do que realmente importa. E assim se fecham edições sobre edições, como quem embala sabonetes numa linha de montagem...
Estamos a deixar de ser os porta-vozes do povo (os interlocutores que vão saber as coisas junto de quem sabe) para sermos os porta-vozes do poder político e económico, transcrevendo a mensagem que estes querem passar ao povo.
E, sim, eu faço parte desta máquina.
quarta-feira
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5 comentários:
O rastilho de Carrilho queimou depressa porque era curto. Tinha a dimensão do próprio autor, que não estava preocupado com o problema da qualidade da informação mas com o seu próprio problema pessoal.
E os jornalistas ... foram atrás. Só que o caminho era curto e eles não souberam ver isso.
Carrilho durou o que vale e os jornalistas mostraram o que não valem.
Helena
"Estamos a deixar de ser os porta-vozes do povo (os interlocutores que vão saber as coisas junto de quem sabe) para sermos os porta-vozes do poder político e económico, transcrevendo a mensagem que estes querem passar ao povo."
Esta falando verdade????
AB
A propósito: o Cunha Vaz sempre apresentou queixa-crime contra o Carrilho? Nunca mais se leu notícia nenhuma sobre isto...
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