terça-feira

rescaldo de lavar de roupa suja

Não vi o debate todo. Mas o que ouvi faz-me pensar que há muita roupa suja para lavar e que muita coisa ficou por esclarecer. Agora Rangel dá o dito por não dito em declarações à LUSA:

"O ex-director da SIC e da RTP Emídio Rangel lamentou hoje, em declarações à Lusa, ter acusado Luís Delgado de receber uma avença da Portugal Telecom (PT), afirmando que a informação não corresponde à verdade. No programa "Prós e Contras" da RTP, emitido segunda-feira … noite, Emídio Rangel acusou o ex-presidente da comissão executiva da Lusomundo Media Luís Delgado e também o ex-director do Diário de Notícias Miguel Coutinho de serem exemplos de jornalistas "que são avençados, mas que não exercem funções na PT". Hoje, em declarações à Lusa, Rangel considerou que a referência que fez foi "inaceitável" e que se tratou de "uma injustiça que é necessário corrigir". As acusações feitas por Emídio Rangel no programa "Prós e Contras" surgiram depois de o ex-candidato … Cƒmara de Lisboa Manuel Maria Carrilho ter afirmado que Miguel Coutinho, o ex-director-adjunto do DN Raul Vaz e Luís Delgado "são" da PT. Rangel afirmou que "a PT paga dezenas de avenças a uma série de jornalistas que não desempenham lá funções" e, instado pelo director da SIC Notícias, Ricardo Costa, a referir nomes, disse que já tinham sido referidos dois nomes, os de Miguel Coutinho e de Luís Delgado. O ex-jornalista declarou, ainda, que "há mais" jornalistas na mesma situação, mas sem nomear. Hoje, em declarações … agência Lusa, Emídio Rangel lamentou "ter corroborado o nome de Luís Delgado", avançado por Carrilho.Sobre Miguel Coutinho, Rangel disse que tinha verificado "existir um contrato", mas reconheceu desconhecer o âmbito ou as características do vínculo daquele à PT.
Em declarações à Lusa, Miguel Coutinho explicou que o único acordo que existe entre si e a PT refere-se ao pagamento faseado, até Agosto deste ano, da indemnização a que tinha direito por ter sido afastado das funções de director do DN.
"Fui convidado pelo presidente da PT para dirigir o DN quando exercia funções de director do Diário Económico e, em Dezembro de 2004, celebrei um contrato de trabalho com o grupo PT, então proprietário do DN, que previa uma cláusula indemnizatória no caso de rescisão", disse Coutinho à Lusa.
"Após a minha demissão do DN, em Agosto de 2005, na sequência da entrada de um novo accionista, a PT propôs-me um pagamento diferido da indemnização devida, em vez de um único pagamento", explicou, acrescentando que o "processo [de pagamento da indemnização] termina em Agosto". "Trata-se de um contrato absolutamente transparente", afirmou. Nas declarações que fez à Lusa, Rangel afirmou que só se referiu a este assunto por considerar que "estas empresas públicas não têm de ter jornalistas avençados", acrescentando que têm de "ser geridas numa óptica de transparência".

4 comentários:

marta r disse...

Ai, ai... Em que ficamos? O senhor ontem parecia tão certo do que dizia...

rps disse...

Emídio Rangel, homem seriíssimo... Um exemplo a seguir por todos...

Perola Granito disse...

:o)

escola de lavores disse...

Sinceramente... é preciso ter vergonha na cara.
Estou sem palavras...