quinta-feira
Nações, empresas e OPAs
Quem estará correcto: os gestores ou os políticos? Os primeiros têm avançado para situações de concentração multiplicando-se em OPAs, fusões e aquisições. Os segundos alienam Nações criando novos países como Timor e Montenegro. Assim, de repente, parece-me que há mais vantagens em unirmo-nos ao inimigo pois, lá diz o ditado, que a união faz a força. E por falar nisso… Zapatero, quando é que lanças a Opa amigável a Portugal, pá?
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7 comentários:
A ideia é talvez menos inocente do que parece...
A península Ibérica, entre Galiza, Pais Basco, Catalunha, Castela etc.,
é uma autentica manta de retalhos.
Não seria mais "substancial" concebe-la em tanto que "espaço Ibérico" incluindo Portugal?
Económica e socialmente Portugal será viável muito tempo?
Não sei.
Que pensam?
B.
E que é o inimigo?
No Estado ao lado há coisas muito positivas mas também há políticos e gestores 'merdosos' - e muito!
O Estado ao lado é uma ficção: são povos e regiões tão diferentes como a Galiza ou a Andaluzia,o País Basco ou a Catalunha, etc. Eles é que têm de tornar-se uma federação de povos; depois disso, veríamos se ganhamos algo em nos aliarmos.
Não não quero ser espanhola, nem mesmo com Zapatero! Já basta o que basta...
Só mais uma nota: as OPA, ou outras formas de exercício do poder do capital, não conhecem fronteiras - como sabes, Marisa.
Por isso, cada povo pode ter a suas especificiaddes culturais e históricas, mas não deve ser isolacionista... (por isso não cultivo os valores nacionalistas)
Nós precisamos de massa crítica. É melhor um mercado de 50 milhões do que um de 10.
A minha personalidade não mudaria se hoje eu mudasse de nacionalidade. Hoje vejo os países como empresas com inputs e outputs a gerir.
Com um mundo tão "plano" como este é agora não me parece que faça sentido andarmos para aí a falar em fronteiras.
Podemos falar em Nações, mas essas não têm limites físicos. A Nação dos freaks, dos supé tios, dos radicais de direita, dos católicos, dos budistas, dos maoméistas... Cada vez mais andamos para aí todos misturados algures no globo.
Mas os países continuam a ter um balacete para fazer ao fim do ano. E aí trata-se apenas de uma questão de números e massa crítica.
É só um ponto de vista, criticável e não ideal, como qualquer outro.
Antes de massa crítica precisamos de trabalho. Precisamos de gestores competentes, precisamos de tratar bem quem trabalha, precisamos de honestidade.
Os espanhóis, em Portugal, não são melhores que os portugas.Correm os mesmos riscos quando generalizamos pró ou contra. Há-os até bem mais MEDÍOCRES.
Mudar de nacionalidade rapidamente só nos EUA como explica o Kjell Nordstrom. É uma escolha individual.
Eu falava de povos: são entidades com história e cultura. Desculpa, mas não são empresas. A coisa pública pode e deve ser gerida como uma boa empresa - e uma boa empresa deve ter uma 'história' de que se orgulhe e uma cultura sólida nos seus valores. Só isso.
Não faço a apologia das fronteiras - sou mais o oposto.
Mas dispenso impérios (e a ESPANHA é uma estrutura imperial)e sobretudo neocolonizações.E se há coisa que caracteriza Espanha em relação aos investidores estrangeiros, e a muitas PME portuguesas, é a atitude (auto)protecionista do governo de Madrid em relação à economia deles.
Quanto aos mercados, podemos pensar no mercado chinês: são tantos e tão pobres, mas só consumidores das 'classes' alta e média têm mais de 300 milhões! - mais do que a Europa toda! Então, porque não pensamos no mundo todo?
Aí, só há uma estratégia: não é produzir muito, é produzir/fazer algo muito bem.
Como dizes, é só uma opinião.
O que respondem designa, talvez, o beco sem saída em que meteram as nossas vidas...
Quem sabia o que queríamos? Porque razões em vagas sucessivas as respostas que vieram, às questões que não pusemos, nos submergiram?
Dizem que "não existem fronteiras aos sujeitos mas uma multidão de parênteses que se abrem"...Será ainda possível?
B.
A propósito de "espaços" ibéricos e outros:
Tratando-se da "união europeia", fomos escolhidos ou
escolhemos?
-50/50?
-Não acredito!
Simples coincidência cronológica entre descolonização e adesão à construção europeia?
Bandeiras ao vento rumo à Europa!
Outrora, de costas voltadas para ela, rumo
a qualquer coisa de que já não me lembro,
de resto ninguém se lembra já.
A nossa história é feita de bruscas roturas.
Descontinuidades muito estranhas, amnésia intermitente,
entre o que adoramos um dia e deitamos fora no outro.
B.
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