sexta-feira

E a seguir, proíbem a contracepção?

Porque hei-de eu, contribuinte, estar a pagar com os meus impostos as mensalidades absurdas cobradas pelos colégios finos ligados à igreja onde as ditas famílias numerosas normalmente metem os filhos "porque têm o direito de lhes dar uma educação religiosa"?

Como é que o Estado se arroga o direito de não comparticipar, por exemplo, os tratamentos de fertilidade para depois carregar nos impostos de quem não tem filhos?

Já deu para perceber que o Governo anda a apalpar terreno nesta matéria, com declarações contraditórias, à espera de perceber se fica ou se vai. Curiosa timidez num governo que se mostra sempre tão arrogantemente decidido em tudo.

Penalizar quem não tem filhos - porque não pode ou porque não quer - é absurdo. É uma intromissão intolerável na vida privada de cada um. É injusto, até porque hoje em dia, quem tem mais filhos já não são as pessoas de menores rendimentos.

Beneficiar a nível fiscal quem tem mais filhos já me parece duvidoso. Mas penalizar quem não tem....

4 comentários:

escola de lavores disse...

Não poderia estar mais de acordo contigo(e sabemos do que falamos)

rps disse...

Estou preocupado: concordo contigo.

dina disse...

Eu também já concordei contigo. Não te preocupes. É passageiro.

Anónimo disse...

De tão óbvia a resposta, nem entro pela forma desastrada como esta medida esbarra naquilo que é da mais elementar esfera privada de cada um. Agora, num país onde existem 300 mil casais inférteis, esta decisão não pode ser vista de outra forma que não um insulto.

Como é que o governo pretende resolver esta questão? Penaliza aqueles que, querendo ter filhos, não os conseguem ter, ou, melhor, obriga-os a assinar uma declaração na segurança social a declararem que são inférteis? É em questões como estas que se percebe como decisões destas relevam de uma mentalidade socialmente fascista.