Pergunto-me porque é que se faz tão pouca reportagem em Portugal, nomeadamente nos jornais que têm 'grandes repórteres'.
(Não é obviamente o meu caso, como mo lembra o recibo do salário todos os meses...)
Mas havendo gente tão cheia de ideias e causas fracturantes, e sei lá que mais... sim: porque será que não produzem reportagens como esta, do El País *.
Será que é caro? Há falta de meios? ...ou falta iniciativa?
Claro que sabemos reconhecer um trabalho bem feito, mas normalmente... dá (muito) trabalho!
*«Mamá y mamá
La familia cambia con rapidez. Del modelo tradicional –extensa, patriarcal y autoritaria– se pasa a la diversidad de opciones de convivencia. La constituida por mujeres lesbianas se hace cada vez más frecuente. En ellas no hay mamá y papá, sino mamá y mamá...»
quarta-feira
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9 comentários:
Sugestões de resposta: 1) há muita agenda para cobrir. A selecção é cada vez menor e as redacções acham que o que está na agenda diária tem que se fazer, logo, não sobram repórteres para fazer outras coisas; 2)o lugar de grande repórter não existe como prémio de carreira ? ou seja, serve para pagar um ordenado que não existe mais para baixo e dizer "agora fica aí quietinho" ou "faz o pouco que te apetecer"?
Susana: O lugar existe como prémio de carreira?
Já agora, de que carreira (grande repórter tem a ver com a quantidade de anos que se tem de profissão, ou o trabalho que se desenvolve?
E, chegando ali, a carreira (para mim, o ofício) acaba?
Sobre ordenados, fica para outros posts, se os houver - pode ser? (como sabes, há chefes a ganhar menos que muitos 'índios' e 'índios' que são apenas incómodos, and so on...)
[valerá a pena continuar a levantar questões sobre o nosso jornalismo?...]
A realidade portuguesa é uma acumulação heteróclita de encrencas.
Questões que mereceriam tratamento por parte dos jornalistas são tantas, tantas, que o único e verdadeiro risco é o que finalmente acontece:
Uma infindável "paralisia", e, consequentemente, mil razões para a justificar!
Claro não faltam "bordadores" e "bordadeiras" para entreter os leitores, até à náusea!!!
Desculpem algo de que me esqueci na mensagem precedente:
Aos bordadores e bordadeiras candidatos a "grande repórter"
inacessível fantasma de jornalista, uma sugestão: Olhar simplesmente em redor de si...
a questão está no post, dona fernanda...
O que certamente não dá trabalho é jornalistas a encomendarem a outros jornalistas os trabalhos que eles próprios não fazem.
Olhó nível!!!
Humm esse 3º poder..anda muito fragmentado.
Também anda com alguma falta de crédito. Se calhar é mais uma crise editorial..
continua...
Sobre Jornais e Jornalistas..
Irrita-me de sobremaneira os factos notícia..já não há paciência.
Com exasperante frequência, ao sabor sei lá de que interesses, lá aparece um.
Depois são os desmentidos e daqui se tira que nada de melhor há para fazer, que não seja ser importuno ou mentiroso.
Concebo que o jornalismo intervenha na sociedade. Essa é a sua mais nobre função, para além de informar.
Devia investigar, sem ter pretensão de julgar ou policiar ou ser o fiel depositário de uma superior moralidade - cheira-me sempre a
falsidade e desconfio muito dos moralistas. Neste sentido não deveria ser temido, nem usado.
Em cada redacção deveria haver o Provedor do Bom Senso e cada jornalista deveria fazer uso do seu.
Da consciência também, assim como da integridade.
Mas informar hoje, não vende..as notícias são iguais em todo o lado já quase não é relevante quem dá a notícia 1º - bem na TV sim.
Torna-se então decisivo olhar para a forma e para a opinião veículada em cada notícia.
A praga dos Opinion Makers..
Todos têm direito a uma opinião, acho até que está consagrado na constituição. O cidadão informado, é capaz de fazer uma leitura e emitir uma opinião.
Emitir uma opinião é expôr-se, logo, quem o faz por inerência da profissão, deveria aceitar igualmente a crítica.
O que acontece com frequência é que de uma opinião, surge uma discussão, não sobre ideias, mas tão somente pelas posições assumidas.
Segue-se os inevitáveis direitos de resposta, invocados a cada fim-de-semana, ficando os leitores a seguir uma erudita troca de
mimos, que alimenta apenas o ego dos intervenientes.
Os Blogs e o Jornalismo
Haja criatividade, o que não podem fazer no jornal, por razões de linha editorial ou outras, façam-no nos vossos Blogs. Acho que no pior dos casos, o recurso ao anonimato supera os naturais receios de um editor mais pidesco.
O público agradece, interessa-se.. Esta é uma ferramenta muito útil para pesquisa de opinião por exemplo, para estudos sociológicos,
especialmente pelas características que apresenta (anonimato, fácil interacção com leitores..).
Se os jornalistas e comentadores ditos de referência, se manifestam, é porque os incomóda. De alguma forma temem a pluralidade de opinião,
ou pelo menos admitem-na desde que a sua prevaleça, ou benefície de maior projecção.
Por isso acho que devem continuar sim, mas sejam então criativos e explorem as possibilidades, diria até que têm essa obrigação, perante Vós próprios.
JUST DO IT !
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