Na próxima vez que alguém me perguntar como é ser jornalista, respondo que é como fazer croché. Afinal recolher a informação custa, mas custa muito mais enfiá-la nos exímios espaços, distribuindo-a pelas as várias oportunidades de “conexão com leitor”: títulos, entradas, destaques, intertítulos e legendas. O texto quase ninguém lê. Somos uns verdadeiros experts da arte de como-dizer-tudinho-em-três-ou-quatro-frases.
Assinado: Aquela que hoje viveu horas de minúcia (qual avozinha tricotando à lareira) a escrevinhar uma fotoreportagem. Tanto para dizer em tão pouco espaço... É o prato do dia. Cortar é vencer! :))
quarta-feira
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3 comentários:
Nem mais! O nosso trabalho é de artesãs/artesãos. Sempre achei isso e é um prazer ouvir, perdão, ler, alguém como tu a explicá-lo de forma tão inspirada. Obrigada, Marisa.
E bordem tudo em 1 minuto e meio, no máximo, vá, vá...aqui não há colchas, só uns napronzecos. Gostei da designação jornalista-choché !
No meu caso, então, só mesmo roupinhas para aquelas bonecas muito pequeninas, as Polly Pocket.É o máxima que me concedem. Minuto e meio.... era bom era!
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