sexta-feira

Felizes num instante


[A propósito do post imediatamente anterior, sobre a proposta do BE quanto ao divórcio.]

Parece-me que construir uma empresa não é a mesma coisa que destruir um casamento – ainda que este possa ser apenas um contrato. O verbo faz toda a diferença. E se as agonias não se devem prolongar, qualquer ponto final deve ser bem reflectido – ainda que custe muito fazê-lo. (Há no destruir um quê de irreversível que me faz sempre pensar muito.)
O Bloco de Esquerda vê agora o casamento como uma “associação de afectos” (que expressão linda!), o que me leva a perguntar se, pelo menos daqui a uns tempos, poderemos pensar em casar todas, aqui na Escola...

E, já agora, por que não o “casamento na hora” ? Isso sim, parece-me muito giro! Já estou a ver, no emprego, o chefe dizer à estagiária - em vez de “posso oferecer-lhe um café” - qualquer coisa como “vamos ali casar e descasar em duas horas?”. (Sempre dá um ar respeitável)

4 comentários:

Anónimo disse...

O BE tem razão em propor que baste uma das partes a querer rescindir para que o contrato do casamento termine. Na minha perspectiva, a Susana está portanto a ver bem a questão e tu, por conseguinte, não... Mais uma decepeção...

Anónimo disse...

Ops! Lamento o erro ortográfico do post anterior...

escola de lavores disse...

Malgré tout, os comentários anónimos devem ser assinados, nem que seja com um nome próprio falso (apesar de pressentir de quem é este; acho que não percebes o meu ponto de vista, nem te informaste q.b. ; quanto a decepções, o que seria fatal seria decepcionar-me comigo mesma...)
O casamento é um longo tema, não é?

escola de lavores disse...

O casamento na hora seria uma delícia e no local de trabalho então seria uma loucura!
De certeza que teriamos sempre muito para nos entretermos... depois de casar com a estagiária, o editor poderia sempre acordar no dia seguinte e dizer: "Desculpa lá, não era contigo que queria casar... dormi sobre o assunto e afinal era com a tua colega do lado".