
Que deixa morrer homens à beira da praia.
Há notícias que nos estão sempre a atirar à cara o Portugal real.
blog onde mulheres da comunicação cosem outros retalhos das notícias, num tricô de peças avulsas ou bordando a polémica, do novelo até à manta



Para acabar o ano em balanço sobre a vidinha, ou começar o próximo a relativizar, nada como ir ve-lo num cinema perto de si. E depois festejar, se for caso disso.
São dezenas os cartões de Natal que se trocam profissionalmente por esta época.
Entre os lançamentos de 2006, parece particularmente interessante "O Livro de Ouro do sexo" de Regina Navarro Lins & Flavio Braga. Obra ilustrada, "narra a história do sexo ao longo dos tempos e apresenta argumentos e conteúdos inéditos ao acalorado, e sempre atual, debate sobre o sexo. O livro traz os seguintes temas - Mitologia erótica; Indústria pornográfica; O cinema e o sexo; Corpo de aluguel; Corpo e orgasmo; Fantasias; Literatura e arte eróticas; Casamento e sexo." Editora : Ediouro (Brasil) -ISBN: 8500016337 -Nº páginas: 528.
Outro título na mesma linha linha de pesquisa - ou talvez, não... - editado igualmente no Brasil é "O que as mulheres não dizem aos homens" , de Rose-Marie Muraro e Albertina Duarte. É o resultado das experiências de uma ginecologista e de uma 'especialista em questões de género'. Aqui está um livro que eu gostava mesmo de ler, até porque me parece (e admito estar mal documentada) que depois do famoso Relatório Hite sobre sexualidade feminina nunca mais se fez nada semelhante em obras de divulgação. Excertos destes mistérios aqui.
Querido Pai Natal:



Dei por mim a pensar em todas as casas em que já passei o Natal. Foram 5... e à medida que os anos passam parece que a memória visual desses anos se tornam mais claras. Ontem alguém me perguntava como é que conseguia lembrar-me de tanta coisa, de tantos pormenores. Nem eu própria sei, mas lembro-me... sobretudo dos detalhes. E por mais diferente que tenha sido cada natal em cada uma daquelas 5 casas, o espírito foi sempre o mesmo. Houve apenas um ano que foi realmente muito mais triste, tal como este ano será realmente muito mais feliz. De resto, o Natal para mim são as caras e os sorrisos daqueles que gosto, são as gargalhadas disparatadas, são as coisas boas que podemos comer com a desculpa que é Natal, são as grandes surpresas que fazemos à volta dos presentes. É quase como um jogo... surpreender o outro com alguma coisa que ele vai gostar, mesmo que isso custe, em alguns casos, muito pouco. Portanto, gastar dinheiro nesta altura faz parte do jogo e não de um acto de puro consumo. Não o entendo assim porque não o sinto dessa forma. O Natal tem também coisas chatas como as conversas do desgraçadinho - que contorno com mais gargalhadas - as programações tristes e repetitivas das televisões, a publicidade a apelar aos meninos pobres e aos que dormem nas ruas... tirando isso é perfeito! O Natal deixa saudades e se deixa saudades só pode ser bom. Boas festas!









Irónica a vida que os dois posts anteriores espelham na perfeição. A trágica e inesperada notícia da Leonor foi brutal para todos aqueles que a conheciam. Cruzámo-nos na rádio, mudámos de ondas mas a sua imagem serena e doce manteve-se.
Quase no Natal, fazemos contas à dor com o desejo de que o próximo ano seja mais tranquilo. As novas vidas que também por aqui se anunciam vão confirmando o mistério do dia-a-dia. Convenço-me cada vez mais que acreditar em alguma coisa facilita muito. Evita o arrastar das interrogações e o desconforto do vazio perante as dúvidas.





