terça-feira

chillout

é hábito dizer-se que o tempo da justiça é diferente do tempo mediático, mas há limites.
esta manhã estive na primeira sessão do julgamento de antónio preto. dizer que foi a primeira sessão já é incorrecto. na verdade, o julgamento não começou porque um dos advogado decidiu apresentar um requerimento para o suspender. tendo em conta que estamos em 2009 e os factos remontam a 2002, já me parece pouco razoável que se suspenda o julgamento.
mas o pior não é isso. o dito advogado levava o dito reqerimento escrito num papelinho mas não o entregou ao juiz. ditou-o, com pontos e vírgulas, a uma funcionária que o escreveu, muito devagarinho, com uma esferográfica bic, apesar de ter à sua frente um computador.
a seguir, outro advogado apresentou outro requerimento e a cena repetiu-se. depois, um dos juízes resolveu pedir para ler um dos documentos do processo e todos ficaram à espera. a leitura suscitou a curiosidade do ministério público que também o quis ler. e leu. com tudo isto passaram mais de duas horas e a sessão foi suspensa. informalmente, segundo disseram, porque quando for a sério vão todos ler de novo, um de cada vez, porque só há um exemplar.
tudo calmo, tudo normal. só eu é que fiquei nervosa com tanta tranquilidade.

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