segunda-feira

Mãos ao ar

Há dois anos, Paulo Portas deixou a liderança do PP porque se achava bom demais para passar quatro anos a segurar as pontas na oposição. Agora mudou de ideias. Chegou ao palco, às oito da noite, e anunciou que quer ser outra vez líder. E que quer ser eleito directamente pelos militantes. E que não gosta de congressos antecipados. E que se o lugar está ocupado, corra-se com o ocupante. Reuniu as tropas - um bando de militantes claramente vocacionados para a porrada e para a berraria - e toca a atacar. Aguardo ansiosamente pelo próximo comunicado (sem direito e perguntas), transmitido em directo pelas televisões. Desconfio que desta vez os jornalistas serão conduzidos ao local de olhos vendados e encontrarão Portas rodeado de homens encapuçados e armados, prontos a dar a vida pelo grande líder ressuscitado.

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