
Era um tempo que já só existe de memória. A grande cerejeira ficava na parte superior de terreno. E por esta altura, quando lá chegávamos, a enorme escada de madeira já lá estava. Desengonçada e velha. Mas lá subíamos à vez. Enquanto uma estava lá em cima, a outra segurava a escada com as duas mãos, com o cesto junto aos pés. E aos poucos, o cesto animava-se de frutos vermelhos. As cerejas eram boas naquela altura em que não havia pressa para nada. Nunca souberam tão bem como naqueles tempos.
Ahh! Belos tempos em que havia tempo para disfrutar a passagem do tempo (que redundante!!!). Não há nada como colher fruta e comê-la na hora (desde que não tenha químicos, claro!). Tudo é bom: a mistura de odores, as mãos e a cara lambuzadas de fruta madura e saborosa... Huuummm! Hoje em dia não temos vagar (como diz a minha avó), já nos podemos dar por felizes em ir, a correr, ao hiper, escolher umas frutas à pressa e, pelo caminho, rezamos à 'nossa senhora da fruta madura' para que tenham algum sabor!
ResponderEliminarAs cerejas agora são " outras"...
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