"O que é que conta mais, a cultura ou o indivíduo ? A cultura ou a mulher ?" A questão colocada no excerto linkado pela Luísa levou-me a aulas antigas de Antropologia dominadas pelo ataque ao Etnocentrismo. Não me lembro, nessa altura, de polémicas conceptuais sobre o(s) papel(is) da mulher nas diferentes culturas mas retenho a ideia da supremacia de cada identidade cultural. Ninguém devia achar-se culturalmente superior ao(s) outro(s).
E agora, questiono eu, se no outro lado estiver em causa a dignidade humana ? Se a mulher fôr igual a nada ? Devo continuar a aceitar a diversidade cultural ? Acho que não e espero que a conceptualização antropológica do Etnocentrismo tenha mudado um pouco.
Concordo e gostaria que essa visão 'idílica' que nos era vendida tenha ganho algum sentido crítico. Uma coisa é tradição - que pode permitir a poligamia, consagrar a discriminação da mulher, etc. - outra coisa é a cultura, que se mede também pela dignidade de cada ser humano. Não vejo confusão possível entre as duas.
ResponderEliminarO relativismo cultural acaba onde começam as violações do direitos humanos. Como admiradora da Margarteh Mead defendo que o respeito pela diferença é o valor mais importante. Mas o respeito pelos direitos humanos é a fronteira que não poder ser ultrapassada no caminho da tolerãncia cultural
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