tag:blogger.com,1999:blog-23738470.post115667038384068131..comments2024-03-17T14:40:53.299+00:00Comments on escola de lavores: Novas do ReinoUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-23738470.post-1157894853754072302006-09-10T14:27:00.000+01:002006-09-10T14:27:00.000+01:00Adenda a Dom Duarte Pio, seguida de uma bocejada l...Adenda a Dom Duarte Pio, seguida de uma bocejada leitura do Protocolo de Estado <BR/><BR/>Estava eu a ler uma edição, que me ofereceram, aliás, com uma encadernação muito bonita, do Protocolo de Estado, quando verifico, com surpresa, que tinham mesmo tirado de lá o Cardeal-Patriarca.<BR/><BR/>Ora, já algures, num "post", aí para trás, disse porque discordava disso. Embora não-católico e não-cristão, a figura do Cardeal-Patriarca representa, para muitos portugueses, um determinado valor, que ultrapassa o opinativo. Personalizando -- o que não deveria -- até acho este Cardeal-Patriarca um pândego, e penso, mesmo, que, se não estivéssemos a viver os tempos lúgubres da ascensão de todos os fundamentalismos, ele daria um excelente Papa João XXIV.<BR/><BR/>Continuando a leitura, verifico que também de lá tiraram o Hermann (!), aliás, suponho que pelos mesmos motivos, embora ignore, ou prefira ignorar, os motivos pelos quais, alguma vez, esse Senhor Krippahl terá entrado para a Lista do Protocolo de Estado...<BR/><BR/>Por ali fora, por ali fora, de repente, dou de conas com o Duarte Pio, "Herdeiro" (!) do Trono de Portugal... Bom, o Pretendente passava a Herdeiro, e, em contrapartida, tiravam o Patriarca.<BR/>Acontece que, ao contrário do "Herdeiro", o Cardeal Patriarca é um título de um tempo em que fomos magníficos, e nos dávamos ao luxo de ter um Patriarca das Índias, do Oriente, de todas as Rotas, da nossa Aldeia Global Lusitana, ou seja, convidar o detentor dessa designação, não era convidar a cabeça de uma confissão religiosa maioritária, mas antes era um sinal heráldico de uma certa grandeza armilar, velhas jóias de família, que não envergonhava ninguém poder continuar a mostrar.<BR/><BR/>Em seu lugar, temos agora Duarte Pio, do ramo banido e reaccionário da Casa de Bragança, o ramo caceteiro, mera curiosidade de uma má história, representante do tempo em que nos fomos tornando mais pequenos, cada vez mais limitados, e medíocres, ao ponto de, como num filme a preto e branco -- um certo Fritz Lang -- só sobrar uma sala de paredes frias, e uma luz cegante, pendurada no tecto, apontada à face de pessoas, impedidas de dormir, noite atrás de noite, tortura após tortura, na Rua António Maria Cardoso, numa sombria assoalhada, alugada a esse mesmo senhor Dom Duarte Pio, tão-só para ali serem condenadas, pela simples defesa da curta palavra "Liberdade".<BR/><BR/>No início do séc. XXI, o medíocre Portugal do medíocre Sr. Sócrates deu-se ao luxo de arrancar da Lista do Protocolo de Estado um Patriarca dos Tempos de Glória, para o fazer substituir por outra figura ainda mais medíocre e parda, a figura do Bragança Sénior, Senhorio da P.I.D.E.<BR/><BR/>Parabéns!Arrebentahttps://www.blogger.com/profile/08776498949900520753noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-23738470.post-1157709545375468552006-09-08T10:59:00.000+01:002006-09-08T10:59:00.000+01:00O Pretendente a Herdeiro, seguido de mais uma bast...O Pretendente a Herdeiro, seguido de mais uma bastardice da Sonsa das Maiorias Absolutistas <BR/> <BR/>Dedicado ao Kaos, e a alguns membros da minha família, por razões óbvias<BR/><BR/><BR/><BR/>No Princípio, era Godoy<BR/>-- cavalo do bom, "ia" ao marido e à mulher --<BR/>e gerou, de Maria Luísa de Bourbon-Parma, sua filha Carlota Joaquina,<BR/>que, por sua vez, gerou do Marquês de Marialva -- bicha do piorio, a quem Bedford, vinha de propósito, de Londres, fazer broches (tal qual como os nosso colunáveis vão hoje à favela brasileira -- agarra, Monchica, esta é directinha para ti!...).<BR/>que, dizia eu, gerou do Marquês de Marialva e do Jardineiro do Ramalhão,<BR/>Sua Majestade D. Miguel I de Portugal, e dos Algarves,<BR/>numa época chamada "Absolutismo", e que se caracterizava por, sempre que ela -- a maior puta que se sentou no Trono Lusitano -- tinha cio, mandar subir ao quarto o mancebo de libré que lhe guardava a porta. Eles saíam do colchão bem mais leves, e muito mais patenteados, uma espécie de Miss Fardas da altura, mas num nível de putice mais solene e majestático.<BR/>D. Miguel I ficou conhecido, em Portugal, pelas suas garraiadas, que eram uma espécie de "aceleras" da Ponte Vasco da Gama, mas montados a cavalo, e num "salve-se quem puder" do esborrachar o Zé Povinho. Quando não os esborrachava, nas garraiadas, dava-lhes com a moca, tendo passado para a História os célebres "Caceteiros Miguelistas" (deviam ter um ar parecido com o do "Major"...). As guerras entre Liberais e a Corja Miguelista fizeram multidões de mortos, e lançaram o país na mais profunda ruína.<BR/><BR/>Por estas coisas e outras tais, exilados, para SEMPRE, pela Carta Constitucional de 1834, dedicaram-se os Miguelistas a pôr ovos -- já não fecundados pelo Jardineiro do Ramalhão -- por terras austro-húngaras, bávaras, alemãs-"avant-la-lettre" e suíças.<BR/>Foi D. Miguel (II) gerado, por seu pai, da Freira Adelaide, e nunca lhe passou essa costela da beatice: quando Pio IX, um calhamaço de empatanço histórico, dogmático, e anatemizador da Felicidade Humana --- o João Paulo II da época -- se levantou contra a Reunificação Italiana, D. Miguel (II) apresentou-se-lhe, todo travestido de Zuavo, dizendo "que estava às ordens de Sua Santidade" para tudo o que fosse reaccionário, violento, e exterminador.<BR/><BR/>Era um homem de bem: aquando da I Guerra Mundial, já ocupava um alto posto no Exército Austro-Húngaro, por acaso, entrado em guerra com Portugal. Alguém lhe assoprou ao ouvido que ditava o mínimo bom senso que abandonasse essa hierarquia do exército que estava em luta com a pátria do seu pai...<BR/>De Dona Maria Teresa de Loewenstein-Wertheim-Rosenberg, gerou D. Miguel (II) seu filho D. Duarte Nuno, nascido no Castelo de Seebentein, em terras de Áustria, portanto, nascido cidadão austríaco.<BR/><BR/>D. Duarte Nuno viveu períodos muito atribulados da nossa história, a ascensão do Salazarismo, regime que sempre lhe cheirou bem, ao ponto da Câmara Corporativa se ter sobreposto aos actos do Regime Monárquico, permitindo -- única coisa com que humanamente aqui concordo... -- o regresso desse ramo familiar a Portugal, sempre que o quisesse. Em troca de sacar os bens da Casa de Bragança para o Estado Português, Salazar, rata sábia, deu-lhe um osso para ir roendo, o de poder usar o título -- enfim, não é título... -- de PRETENDENTE.<BR/>Ele adorou e roeu.<BR/>Não se conhece, a D. Duarte Nuno, nenhum acto de condenação do Totalitarismo que imperou, em Portugal, durante 48 infindáveis anos. Quando a II Guerra começou, basou logo para a Suíça, onde gerou o cidadão helvético Sr. D. Duarte Pio João Miguel Henrique Pedro Gabriel Rafael, Príncipe da Beira, e seus dois irmãos, uma bicha -- mais uma -- D. Miguel, e D. Henrique, reconhecido pela Ordem da Grã-Cruz dos Oligofrénicos.<BR/><BR/>Perguntavam à mulher do pai de um amigo meu, por que mantinha ele relações de convívio com Duarte Nuno, e a senhora, muito dignamente, costumava responder que "devia ser por serem ambos bêbedos e terem dois filhos atrasados mentais".... Mães de antigamente...<BR/><BR/>Não me venham perguntar do que é que eles, Miguelistas, viviam: na altura, ainda não se branqueavam capitais, não se usava o Futebol como cortina do Tráfico da Droga, o Tráfico de Armas era limitado à Alemanha Nazi, sob o disfarce da Cruz Vermelha. Certa, a única fonte que se lhes conhece era uma renda, recebida na Rua António Maria Cardoso, até 25 de Abril de 1974, por causa de uns inquilinos discretos, chamados PIDE, a Polícia Política do Regime, e até eram gente pacata, só se ouvindo gritos quando davam choques eléctricos nos genitais, arrancavam unhas, moíam à cacetada os interrogados, ou mandavam, para os anjinhos, de quando em vez, um deles. Afora isso, foram sempre gente certa, pagadora, e permitiram comprar muitos dos sorvetes que D. Duarte Pio chupava.<BR/>Vem tudo isto a propósito de mais uma cretinice da Socratina -- que, violando toda a História de Portugal, sobrepondo-se às decisões radicais da Carta Constitucional, e dos Actos de Banimento da Primeira República, esquecendo o que o exilado D. Manuel II tinha respondido aos Integralistas Lusitanos, de que "a coisa monárquica estava encerrada em Portugal" -- D. Manuel II foi dos poucos decentes, de entre a longa linhagem de gebos bragantina: bibliófilo e esteta, casado com a lindíssima Maria Augusta de Hohenzollern, cedo percebeu, no seu exílio inglês, que não se podia pretender ser Rei de um país já então completamente desintegrado das suas raízes -- e, dizia eu de que, a Socratina, ultrapassando mesmo, as ingerências do Estado Novo, decidiu, de um dia para o outro, que D. Duarte Pio, Senhor de Santar e Senhorio da PIDE, passava de "pretendente" a... HERDEIRO do Trono de Portugal.<BR/><BR/>Muito gostava eu de que a Sonsa, que nos governa, explicasse este pequeno milagre da Fé. Suponho que seja o seu pequeno "Simplex" monárquico, mas saiu-lhe, e saiu-se, mal. Por mais que ela se abespinhe e ponha em pontas, não há "herdeiros" do Trono de Portugal, há "pretendentes", e, no caso vertente, o Pretendente da Fraca Figura. Por oposição, daqui saúdo D. Juan Carlos de Bourbon, estadista exemplar, e figura maior do séc. XX, restaurador da Democracia em España, símbolo tutelar do desenvolvimento de um dos países mais prósperos da União Europeia. Arranjem-me um rei desses, e até eu o reconheço já amanhã.<BR/><BR/>Perguntem ao Sr. Dom Duarte Pio se sabe o que é feito dos seus antigos inquilinos da PIDE. Parece que, em substituição, e o valor não veio a lume, mas lembro-me de ser, há uns anitos, coisa já a rondar os 5 000 €. E quem paga?... Pois paga o Estado Português, eu e você. leitor, uma renda, superior a 5 000 €, ao ex-senhorio da PIDE. Dá vontade de perguntar se um gajo, que nunca sentiu o cheiro dos seus inquilinos, seria capaz de reconhecer, pelo olfacto, os seus 10 000 000 de pretensos súbditos. Quanto a mim... não.<BR/>De armas na mão, a minha família combateu os antepassados desse... cavalheiro; cosidos com as sombras, foram diversas vezes vítimas das perseguições dos seus inquilinos da Rua António Maria Cardoso.<BR/><BR/>Nessa tradição, é assim que aqui lhe pinto hoje o retrato. É pessoa que não me merece qualquer respeito, excepto alguns vagos juízos patéticos, sobre mais uma das muitas peças do nosso grande património histórico degradado: para todos os efeitos não passa de mais um fóssil, de inteligência duvidosa, que descende, em teoria, e em linha directa, através de duas bastardias, de Eudes, e de Hugo Capeto, Conde de Paris, o que, para os apreciadores dessas coisas, não passa de uma mera curiosidade genealógica, e, a mim, não consegue arrancar-me, sequer, o ar crispado e sisudo com que estive a redigir este texto.<BR/><BR/>Muito boa noite.Arrebentahttps://www.blogger.com/profile/08776498949900520753noreply@blogger.com